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10
-
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AM2018 | DOCUMENTO FINAL (PRÉ-PUBLICAÇÃO)
XVII Assembleia Mundial da Comunidade de Vida Cristã Buenos Aires, Argentina 2018
CVX, um presente para a Igreja e para o mundo "Quantos pães
tendes? ... Ide verificar." (Mc 6:38)
Nós caminhamos juntos desejando uma maior profundidade e integração na vivência do nosso carisma da CVX no
mundo de hoje e o Senhor nos chamou para APROFUNDAR, COMPARTILHAR e AVANÇAR.
1. Nós viajamos para o "fim do mundo", Buenos Aires, em busca do espírito missionário e do zelo que
transformaram o Papa Francisco e que tem animado nossa Igreja. A nossa viagem, seguindo os passos de Bergoglio,
nos levou ao Colégio Máximo de S. José, onde foi originalmente iniciada e desenvolvida a sua visão pastoral entre o
povo das paróquias do Bairro de São Miguel.
2. Também fomos conduzidos a uma experiência da Igreja na América Latina, que oferece um modelo de
evangelização em nosso mundo cada vez mais secular, vendo as possibilidades de libertar as pessoas para
escolherem a Cristo. Vimos o Espírito trabalhando na renovação, dinamização e missão dos leigos.
3. Uma vez chegados, nos reunimos como uma comunidade mundial com o desejo de crescer em gratidão pelos dons
recebidos da nossa comunidade e estilo de vida; e assim aprofundar nossa responsabilidade de deixar que o Senhor
multiplique os pães que recebemos e aumente nosso impacto no mundo. Descobrimos o significado apostólico de
nosso modo de proceder como uma comunidade leiga inaciana e os dons que temos para oferecer a um mundo que
está gemendo em dores de parto1 por espiritualidade e transcendência.
PREPARAÇÃO PARA A ASSEMBLÉIA
4. [três realidades contextuais] Nossa Assembleia foi convocada em meio a três realidades contextuais: o 50º
aniversário da renovação que levou à CVX, um papado que renova a Igreja e o apelo renovado para os leigos em
nosso mundo atual.2 Esses contextos revelaram um tempo de “Kairós”, no qual pudemos refletir mais profundamente
sobre nossa identidade e missão como corpo apostólico e discernente leigo, através dos pães que somos convidados a
oferecer para serem multiplicados.
5. [História da Missão e Identidade] Viajamos a Assembleia conscientes de nossa história de missão e atentos às
nossas prioridades. A mais recente Assembleia Mundial, celebrada no Líbano em 2013, esclareceu nossas
orientações para ação em nossas quatro fronteiras discernidas: família, globalização e pobreza, ecologia e juventude.
O elo entre missão e identidade ficou evidente em Nairóbi em 2003, quando confirmamos nosso chamado para ser
um corpo apostólico inaciano laico com o DEAA (Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar) como nossa maneira de
proceder.
6. [Sinais dos tempos] Nós viajamos em meio a tempos voláteis e complexos na história do nosso mundo,
caracterizados por uma crescente polarização, um aprofundamento da crise ecológica e uma relutância em receber o
outro. Essas dificuldades atrasaram alguns delegados e impediram que outros chegassem. Nosso mundo faz nossos
corações doerem, mas nós nos inspiramos na Trindade que contempla o mundo na Encarnação e confiamos no
Espírito que pairava nas trevas sobre as águas do caos original no Livro do Gênesis. Admiramos o Espírito
trabalhando em como a CVX Síria esteve conosco em oração e afeto fraterno, mesmo quando o visto de seu
1
2
cf. Romanos 8:22
Veja Proyectos nº 168 e Carta do Presidente nº 4. Veja também Evangelium Gaudium
1
�delegado foi concedido somente quando estávamos já na última parte da Assembleia. Procuramos nos colocar nas
mãos do Espírito, cheios de confiança e esperança de que poderíamos buscar nosso caminho para o futuro que apenas
víamos veladamente.3
TORNANDO-SE ASSEMBLEIA
7. [Acolhendo novas comunidades] Fomos recebidos calorosamente com grande generosidade pela ARUPA, a
equipe anfitriã da Argentina, Uruguai e Paraguai. Suas boas-vindas nos ajudaram a entrar na alegria de ser uma
comunidade mundial. Demos boas-vindas também às novas comunidades nacionais da Letônia, Ilhas Maurício e
Vietnã na Comunidade Mundial, acrescentando ao presente comunitário que a CVX oferece ao nosso mundo.
Estiveram presentes em nossa Assembleia 63 das 67 comunidades afiliadas e oito comunidades observadoras. No
total, foram 204 participantes, incluindo 51 jesuítas, o que reflete nossos fortes laços espirituais e de colaboração
com a Companhia de Jesus. A Assembleia observou que o ressurgimento da CVX em sociedades altamente
secularizadas como a Holanda e a Suécia confirma que o mundo anseia por experiências comunitárias profundas que
ofereçam oportunidades de evangelização.
8. [Saudações Papais] A Assembleia recebeu com gratidão e encontrou inspiração na saudação surpresa do Papa
Francisco. Ele nos lembrou que a humilde ação de graças por nossos dons leva à responsabilidade de sair ao encontro
dos demais. No centro de nossa espiritualidade se encontram as duas dimensões: contemplação e ação, “porque só
podemos entrar no coração de Deus através das chagas de Cristo, e sabemos que Cristo está ferido nos famintos,
nos analfabetos, nos descartados, nos velhos, nos doentes, nos encarcerados e em toda carne humana vulnerável.”4
9. [Cumprimentos dos Dicastérios] O Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a
Vida, saudou-nos com ideias extraídas da Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate. Ele nos convidou a reproduzir
em nossas vidas os vários aspectos da vida terrena de Jesus, a fim de harmonizar toda a nossa vida com a missão que
recebemos de Deus. Sua saudação ecoou a necessidade de identidade e missão para aquele que deseja seguir a Cristo
e encarnar a Deus em nosso mundo hoje.
10. [Viagem com uma Igreja Missionária] O tempo de Kairós em nossa Igreja nos chama a ser discípulos
missionários para o nosso mundo através de um encontro com Jesus que nos abre ao amor do Pai. 5 Austen Ivereigh,
biógrafo do Papa Francisco, compartilhou sua perspectiva de que entrar neste espírito missionário significa: ser
Cristo em nosso mundo ferido ajudando as pessoas a se reconectarem com a criação e o mundo como criaturas de
Deus; experimentar a família e a comunidade, que são os laços de confiança e amor incondicional que constroem
resiliência, caráter e autoestima; e ajudar as pessoas a encontrarem abrigo. Esta jornada nos convida a deixar a
realidade e o Espírito Santo nos guiar em nossa missão
11. [A viagem é a experiência] Entramos em uma experiência concreta de uma igreja missionária através de um
encontro com as famílias e membros da comunidade paroquial no bairro de San Miguel. Tivemos a oportunidade de
compartilhar nossas vidas uns com os outros. A Assembleia foi tocada pela alegria da acolhida com a qual foi
recebida, e inspirada pelo espírito generoso que anima a vida da comunidade, apesar das realidades difíceis que eles
também compartilharam. Fomos lembrados de que “a jornada é a experiência”.
12. [História da Graça] Maria Magdalena Palencia Gomez, da CVX México, partilhou conosco sobre o caminho
como uma comunidade de discernimento apostólica inaciana leiga, desde o desafio de Pio XII às Congregações
Marianas de passar por um processo de renovação até nossa história presente. Seu relato da nossa história nos
lembrou como o Espírito esteve consistentemente presente conosco, guiando-nos e inspirando-nos pacientemente,
enquanto Deus tem trabalhado para nos moldar e formar em uma comunidade a serviço do Reino de Deus.
3
cf. 1 Cor. 13:12
Carta do Papa Francisco ao Sr. Mauricio Lopez Oropeza, Presidente da Comunidade Mundial da Vida Cristã.
5
Austen Ivereigh, “A Opção de Francisco: Evangelizando um Mundo em Fluxo.”
4
2
�13. [Nosso nome como identidade e missão] Além de nossa história da graça, Magdalena também compartilhou
várias histórias-chave e reflexões que nos lembraram de nossa identidade como Comunidade de Vida Cristã, nome
que Pe. Arrupe comentou que fora dado pelo Senhor à CVX e que contem a missão de nossa comunidade ao
vinculá-lo ao chamado de Abraão, cuja aliança e missão foram estabelecidas através do nome que Deus lhe deu.
Fomos lembrados de que nossa identidade e missão são um dom que Deus nos confiou. Temos esclarecido e
respondidos a esta graça através dos anos, sempre navegando na tensão entre os sussurros do Bom Espírito e os
obstáculos e divisões introduzidas pelo mau espírito.
14. [Ser uma Comunidade de Discernimento para a Reconciliação] Nosso Assistente Eclesiástico Mundial, Pe.
Arturo Sosa, S.J., convidou-nos a ver o nosso ser comunidade de discernimento como um dom para o
desenvolvimento de um laicato capaz do discernimento individual e comunitário. Esse discernimento pode ser
compartilhado com a Igreja e se tornar uma ferramenta de sabedoria para a ação no mundo. Formar nossos membros
em oração constante e serviço generoso facilitará o vínculo entre a reconciliação individual e nossa capacidade de
nos tornarmos agentes de reconciliação.
15. [Magis vivendo em permanente tensão] Padre Sosa, SJ tocou na tensão que surge quando aprofundamos nossas
relações. Ele também se referiu ao Magis como viver a tensão permanente de ser puxado para Deus e para o mundo
ao mesmo tempo.6 Nós precisaremos navegar essa tensão em nosso discernimento comunitário, enquanto
permanecemos muito atentos às obras do mau espírito, que pode facilmente transformar tensão em conflito.
16. [Compartilhando para criar a comunidade] O mosaico tecido pelos vários aportes nos ajudou a crescer em
nosso espírito comunitário e nos revitalizou na importância de sermos comunidade. Abrimos-nos mais
profundamente ao dom do nosso estilo de vida, compartilhando abertamente em pequenos grupos ao longo do
processo de discernimento da Assembleia. Nós fomos despertados para a beleza de discernir juntos como um corpo
apostólico de discernimento leigo e inaciano.
DISCERNIR COMO CORPO APOSTÓLICO
17. [Partilha Espiritual e Discernimento Apostólico] Os delegados foram convidados a fazer parte de um processo
formal de discernimento comunitário enraizado nos Exercícios Espirituais através da partilha espiritual. Durante
cinco dias, todas as manhãs e tardes, seguimos uma sequência de três etapas: oração individual, partilha em pequenos
grupos (em três rodadas, permitindo-nos reconhecer nossas moções e responder ao que ouvíamos uns dos outros) e
plenário. Enquanto a dinâmica dos Exercícios Espirituais proporcionava a base, a partilha espiritual era uma doce
lembrança, como se estivéssemos em casa, no nosso pequeno grupo. O processo foi facilitado pela equipe do
ESDAC7, que forneceu os pontos da oração e nos guiou criativamente para que cada grupo pudesse oferecer sua
própria visão para toda a Assembleia.
18. [Confiança de Abraão em Deus] Enquanto a Assembleia avançava no processo de discernimento, Abraão
ressurgiu como uma referência. Quando Deus o chamou, Abrão não apenas mudou seu nome para Abraão, mas foi
guiado por Deus para fora de sua zona de conforto sem saber para onde estava indo. A única garantia de Abraão: sua
fé em Deus. Como Abraão, começamos o processo apenas com a nossa confiança no Espírito, que nos ajuda a
encontrar sentido no meio do caos. Da mesma forma que cada um de nós confia no Espírito cada vez que fazemos os
Exercícios Espirituais, a Assembleia como um todo se sentiu chamada a respeitar o processo e confiar na direção do
Espírito.
19. [Alegrias e conflitos] Com o passar dos dias, começamos a perceber que o processo de discernimento
comunitário é desafiador: requer paciência e abertura de coração. Enfrentamos obstáculos, resistências e dores, mas
percebemos que eles são parte integrante do processo a ser compreendido à luz da Paixão, Morte e Ressurreição de
Cristo. Como peregrinos que viajam para territórios desconhecidos, sentimo-nos chamados a partilhar humildemente
com os nossos companheiros da CVX a nossa própria experiência e os frutos que recebemos:
6
Cf. Congregação Geral Jesuíta 35, 8.
3
�a. Nós aprendemos que é difícil crescer em indiferença. Durante o processo de discernimento, nos
deparamos com várias dificuldades, seja na maneira como o processo funcionava ou com o que exatamente
nos era solicitado; às vezes, parecia não haver clareza suficiente. Isso deu origem à frustração, falta de
significado e à desolação. Percebemos que é doloroso deixar de lado nossos apegos e focar nossos corações
no bem maior, que muito lentamente surge da partilha no grupo. Nesse processo, aprendemos uns com os
outros a sermos humildes e pacientes.
b. Experimentamos um crescente sentimento de íntima conexão espiritual entre nós, à medida que nossa
partilha se aprofundava mais e mais, transcendendo nossas histórias pessoais, realidades locais e dificuldades
de linguagem. Embora às vezes nós resistíssemos a ser mais pessoais em nossa partilha, fomos capazes de
gradualmente abrir nossos corações uns aos outros; Nós rimos, choramos e sonhamos juntos. Nesse
processo, nos tornamos uma comunidade de amigos no Senhor.
c. Sentimo-nos liberados em reconhecer nossas fragilidades e imperfeições. Em algum momento,
percebemos que, para caminharmos verdadeiramente juntos, teríamos que ser honestos sobre tudo o que
impede que o Espírito flua livremente em nossas comunidades. Nós encenamos e contemplamos as várias
paralisações que inibem nossa vida comunitária, a fim de reconhecer como nossas comunidades podem
facilmente se fechar em si mesmas, tornando-se autocentradas; como elas podem ser apanhadas em uma teia
de interesses próprios egoístas, sendo vítimas de divisão e conflito; como elas podem deixar morrer a paixão
de anunciar o Reino e perder o brilho que atrai os outros para o nosso estilo de vida. Nesse processo,
aprendemos como o poder da verdade e da reconciliação vivido em comunidade pode ser profundamente
libertador.
d. Passamos do medo e da dúvida para a união de corações e mentes. Enquanto os dias transcorriam, apesar
das dificuldades em se ajustar ao processo, e apesar dos ocasionais momentos de desolação, começamos a
sentir juntos a paz genuína. Ao longo da Assembleia, fomos sustentados pelas orações da Comunidade
Mundial que sentimos, especialmente nos períodos particularmente difíceis. Esta corrente invisível, mas
poderosa, acabou por irromper em profunda gratidão, consolação, alegria, esperança e desejo pelo futuro.
Nesse processo, provamos brevemente a paz que somente o Cristo ressuscitado pode nos dar.
e. Percebemos que podemos tomar decisões juntos. À medida que os membros no pequeno grupo
começaram a se familiarizar uns com os outros, ficou mais fácil identificar pontos de convergência em nossa
partilha e encontrar uma resposta comum para as questões propostas para nosso discernimento. Nesse
processo, aprendemos a mesclar nossa diversidade em algo maior do que apenas a soma das partes.
20. [O Tesouro do Discernimento Comunitário] No conjunto, os delegados à Assembleia experimentaram o
discernimento comunitário como meio de aprofundar nossa vocação de corpo apostólico leigo inaciano. Enquanto o
Princípio Geral nº 8 nos exorta a não conhecer limites em nosso chamado apostólico, o Princípio Geral nº 2 é muito
claro na necessidade de respeitar "a singularidade de cada vocação pessoal [que] nos permite sermos abertos e
livres, sempre à disposição de Deus". O discernimento comunitário, orante e em turnos sucessivos permite que
nossos movimentos espirituais sejam gradualmente convergidos ao longo do processo. Isso nos permite crescer em
confiança e propriedade de nossas decisões coletivas. É um processo que requer humildade e perseverança, porque as
resistências podem parecer difíceis de superar. No entanto, os frutos - laços comunitários mais fortes, maior clareza
sobre o caminho a seguir - são preciosos demais para não serem colhidos. Pouco a pouco fomos nos abrindo para a
graça de caminharmos juntos. Percebemos que o processo em si mesmo é uma graça - a jornada é realmente parte da
experiência.
4
�FRUTOS DE NOSSO DISCERNIMENTO APOSTÓLICO
21. [O que recebemos] Chegamos a Buenos Aires desejando maior profundidade e integração para viver nosso
carisma CVX no mundo de hoje. Deixamos a Assembleia sentindo-nos profundamente gratos e consolados por um
bem tão grande recebido. Sentimos pesar pelas nossas paralisias. Foi-nos oferecido um caminho para uma profunda
conversão interna. Ao nos sentirmos reconciliados uns com os outros e com a nossa história, com o coração cheio de
imensa alegria, nos tornamos verdadeiros amigos no Senhor, companheiros em uma jornada, revitalizados para a
Missão. Sentimo-nos confirmados em nosso chamado para ser um corpo apostólico inaciano na Igreja.
22. [Onde nos sentimos chamados] Nosso crescente discernimento nos levou a refletir sobre a questão: "Como
comunidade CVX, somos chamados hoje a ...?" Entre as muitas respostas que foram oferecidas, três janelas
principais foram abertas:
i.
Sentimo-nos chamados a APROFUNDAR nossa identidade, através de uma conversão interior que nos
permita ser mais fiéis e zelosos com o nosso carisma em todas as suas dimensões;
ii.
Sentimo-nos chamados a COMPARTILHAR humildemente com os outros o dom da espiritualidade
inaciana vivida em nossa vocação leiga. Consideramos o discernimento, as ferramentas e métodos inacianos
como dons preciosos que não podemos guardar somente para nós mesmos;
iii.
Sentimo-nos chamados a AVANÇAR no serviço aos mais necessitados e a semear a misericórdia, a alegria e
a esperança no mundo, a fim de seguir Jesus mais de perto e trabalhar com ele na construção do Reino.
23. [Como viveremos nosso chamado] O processo de discernimento comunitário realizado em Buenos Aires nos
deu uma nova compreensão da CVX como corpo apostólico leigo inaciano e nos inspirou a assumir nossa
responsabilidade financeira de maneira mais proativa. Quando aplicado em nossas comunidades nacionais, o
processo de discernimento comunitário pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade de nosso
chamado apostólico ao Reino. Pode também jogar a semente para nos ajudar a compreender sobre o modo de viver o
chamado à Missão, que é específica - e profética - da nossa vocação laical. Para tanto, a Assembleia recomenda que
o Ex-Co amplie, desenvolva e faça evoluir este processo para uso nos vários âmbitos de nossa Comunidade Mundial.
Convidamos também as comunidades nacionais, através de seus delegados que retornam da Assembleia, a
compartilhar os métodos e frutos deste processo para facilitar uma maior profundidade e integração de nosso carisma
na vida apostólica de nossas comunidades.
5
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
Language
A language of the resource
pt
es
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Title
A name given to the resource
Documento Final da Assembleia Mundial 2018 <br /><br /><em>CVX, um presente para a Igreja e para o mundo "Quantos pães tendes? ... Ide verificar." (Mc 6:38)</em>
Description
An account of the resource
AM2018 | DOCUMENTO FINAL (PRÉ-PUBLICAÇÃO)
XVII Assembleia Mundial da Comunidade de Vida Cristã Buenos Aires, Argentina 2018
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Comunidade de Vida Cristã. Assembleia Mundial
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Texto
Subject
The topic of the resource
Assembleia Mundial CVX
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Buenos Aires, Argentina
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Comunidade de Vida Cristã - CVX /CLC
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Documento Constitutivo
-
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e383756a65739573fb0d72d6b08dfe39
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Enlace entre el Consejo Ejecutivo y la
Comunidad Mundial de Vida Cristiana
PROYECTOS
De regreso de la Asamblea Mundial
Nº 170, Septiembre 2018
Original: francés
El documento final de la Asamblea Mundial de Buenos Aires no es ... final.
Y quizás ni siquiera deberíamos hablar de un documento, sino más bien de una narración.
Así que tienen ustedes dos excelentes razones para entrar en la lectura con curiosidad.
Creemos que la intuición inicial ha sido una inspiración
La Asamblea Mundial 2018 comenzó a tomar forma -al menos en el espíritu de los miembros del ExCo
2013-2018-, cuando identificamos una gracia digna de ser pedida con fe y determinación: "Deseamos
mayor profundidad e integración en la vivencia de nuestro carisma CVX en el mundo de hoy".
¿¡Profundizar e integrar lo que ya había sido identificado con fuerza suficiente como para ser
considerado nuestro carisma!? Esta propuesta fue audaz porque nos exponía al reproche de una
repetición vacía, incluso narcisista.
Sin embargo, hemos abordado la propuesta como una gracia a pedir, sintiendo que el Espíritu tenía
cosas que decir ahora a la CVX sobre su identidad, su vocación y su misión como comunidad ignaciana
apostólica de laicos.
El Espíritu trabajó en nosotros y le hemos dejado actuar... con todas nuestras fuerzas
Nos hemos atrevido a afirmar que la CVX es un regalo para la Iglesia y el mundo. Faltaba todavía
afrontar con seriedad la cuestión de saber qué significa eso y, especialmente, qué implicaciones puede
tener.
En el contexto de los repetidos llamamientos del Papa Francisco, por supuesto nos sentimos muy
tocados por el tema del discernimiento y más particularmente por el discernimiento comunitario.
Más que tratar del "tema", quisimos intentar un discernimiento comunitario en tiempo real, con 204
delegados de más de setenta países. Teníamos un plan metodológico claro, pero sin red de seguridad.
Todos o casi todos nos hemos enfrentado a resistencias, momentos de duda y, por lo tanto, a la
tentación de recuperar el control. Pero la Asamblea como tal hizo un acto de fe extraordinario y se ha
mantenido constante hasta el final, depositando su confianza en Dios. Ciertamente, hemos
experimentado lo que rezamos tan a menudo: "Tomad Señor y recibid toda nuestra libertad, nuestra
memoria, nuestra inteligencia y toda nuestra voluntad".
El "documento final" es atípico, pero coherente con la intuición inicial y los hechos que
experimentamos
El documento final de cada Asamblea Mundial nos abre al futuro, por supuesto. Dicho esto, el
documento que nos ayudará a aprovechar el impulso dado por la Asamblea de Buenos Aires es menos
"final" que nunca. Si tenemos razones para creer que el Espíritu ha soplado, será necesario tiempo para
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA
1
�dejar que el texto se desarrolle. Esto implicará un esfuerzo de inteligencia, tan atípico como el propio
documento.
Se trata de una narración. La narración de un caminar que, incluso antes de alcanzar un destino, es un
evento en sí mismo; es decir, una experiencia llena de significado. La palabra "experiencia" se repite 12
veces en el texto de modos distintos. Es por eso que invitamos a leer el texto en comunidad,
preferiblemente escuchando el testimonio en viva voz de vuestros delegados. De hecho, es aconsejable
leer las palabras escogidas y leer también entre líneas. Les invitamos a poner el texto en perspectiva,
leyendo nuevamente la Carta Convocatoria y los Proyectos 168 y 169. Estos documentos preparatorios
arrojan luz sobre todo el proceso, tanto por su continuidad como por los ajustes realizados.
Y otras herramientas por venir…
Para respaldar el indispensable ejercicio de relectura, el ExCo recién elegido publicará un Suplemento
de Progressio. Este suplemento (No. 74) incluirá no solo las ponencias de los oradores invitados, sino
también una relectura fundamental del proceso y de los elementos de la metodología que se siguió para
el discernimiento comunitario.
Además, a modo de preparación para el Día Mundial del 25 de marzo de 2019, el próximo número de
Proyectos (No. 171) invitará a toda la comunidad a participar activamente en el esfuerzo de
comprensión del llamado escuchado durante la Asamblea Mundial. Se trata de tomar la medida de una
llamada universal y, al mismo tiempo, comprometerse concretamente en un contexto particular.
Un nuevo Consejo Ejecutivo al servicio de la comunidad mundial
Para presentar el nuevo ExCo, me permito citar libremente a un delegado: "Pedimos a los que van a ser
elegidos que formen un Consejo Ejecutivo que discierne".
Ciertamente que debemos esperar que el equipo sea capaz de discernimiento. Ustedes lo juzgarán a su
tiempo. Pero si tienen sentido de humor y quieren intentar hacer un pronóstico simplemente mirando
las caras, aquí está el ExCo:
De izquierda a derecha:
Alwin & Rojean Macalalad
(Secretarios ejecutivos),
Diego Pereira (Consultor),
Fernando Vidal (Consultor),
Najat Sayegh (Consultora),
Daphne Ho (Consultora),
Catherine Waiyaki
(Secretaria), Ann Marie
Brennan (Vicepresidente),
Aeraele Macalalad , Denis
Dobbelstein (Presidente),
Herminio Rico SJ (Viceasistente eclesiástico).
* no en la imagen: Arturo Sosa
SJ (Asistente eclesiástico)
Con todo el ExCo,
Denis Dobbelstein
Presidente de la CVX mundial
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA
2
�17.ª Asamblea Mundial de la Comunidad de Vida Cristiana
Buenos Aires, Argentina 2018
CVX, un regalo para la Iglesia y para el mundo
‘¿Cuántos panes tienen?... Vayan a ver’ (Mc. 6, 38)
DOCUMENTO FINAL
Hemos caminado juntos, deseando mayor profundidad y integración
en la vivencia de nuestro carisma CVX en el mundo de hoy,
y el Señor nos ha llamado a PROFUNDIZAR, COMPARTIR y SALIR.
1. Caminámos hasta "los confines de la tierra," Buenos Aires, en busca del espíritu misionero y
del celo que ha transformado al Papa Francisco y animado nuestra Iglesia. Nuestro viaje nos llevó
a seguir los pasos de Bergoglio, al Colegio Máximo de San José, donde su visión pastoral fue
originalmente iniciada y desarrollada entre la gente y las parroquias del Barrio de San Miguel.
2. También fuimos conducidos a una experiencia de la Iglesia en América Latina que ofrece un
modelo para la evangelización en nuestro mundo cada vez más secular, visibilizando la posibilidad
de liberar a las personas para que elijan a Cristo. Vimos al Espíritu a trabajar renovando,
dinamizando y misionando alos laicos.
3. Nos reunimos como una sola Comunidad Mundial. Deseábamos crecer en gratitud por el don
de nuestra comunidad y estilo de vida, para así profundizar nuestra responsabilidad de permitir
que el Señor multiplique los panes que hemos recibido, y aumente nuestro impacto en nuestro
mundo. Descubrimos la significancia apostólica de nuestra manera de proceder como comunidad
laica ignaciana y los dones que tenemos para ofrecer a un mundo que gime y sufre dolores1 de
parto por espiritualidad y trascendencia.
PREPARANDONOS PARA LA ASAMBLEA
4. [Tres realidades contextuales] Nuestra Asamblea fue convocada en medio de tres realidades
contextuales: el 50º aniversario de la renovación que condujo a la CVX, un papado renovando la
Iglesia, y el renovado llamado a los laicos en nuestro mundo de hoy.2 Estos contextos revelaron un
kairós en el que podíamos reflexionar más profundamente sobre nuestra identidad y misión como
cuerpo apostólico ignaciano discerniente de laicos, a través de los panes que somos invitados a
oferecer para ser multiplicados.
1
cf. Romanos 8, 22.
Consultar Proyectos 168 y la Carta N.º 4 del presidente de la CVX Mundial. Consultar también Evangelium
Gaudium.
2
1
�5. [Historia de misión e identidad] Caminámos a la Asamblea conscientes de nuestra historia de
misión y atentos a nuestras prioridades. La Asamblea Mundial más reciente, celebrada en El
Líbano en 2013, clarificó nuestras orientaciones para la acción en nuestras cuatro fronteras
discernidas de familia, globalización y pobreza, ecología y juventud. El vínculo entre misión e
identidad se hizo evidente en Nairobi en 2003 cuando confirmamos nuestro llamado a ser un
cuerpo apostólico ignaciano y laico, con el DEAE (Discernir, Enviar, Apoyar, Evaluar) como nuestra
forma de proceder.
6. [Signos de los tiempos] Caminámos en medio de tiempos volátiles y complejos de la historia
de nuestro mundo, caracterizados por una creciente polarización, una crisis ecológica cada vez
más profunda y una falta de voluntad para recibir al otro. Estas dificultades retrasaron a algunos
delegados e impidieron que otros llegaran. Nuestro mundo nos hace doler el corazón, pero
encontramos inspiración en la Trinidad en su Contemplación del mundo en la Encarnación, y
confianza nel Espíritu que flotaba en las tinieblas sobre las aguas del caos original nel Libro del
Génesis. Vimos al Espíritu trabajando en el modo como CVX Siria caminó con nosotros en oración y
afecto fraterno mismo cuando la visa de sus delegados fué otorgada solo en la parte final de la
Asamblea. Buscamos ponernos en las manos del Espíritu, plenos de confianza y esperanza en que
podríamos buscar nuestro camino hacia el futuro, el que sólo vemos veladamente.3
BECOMING THE ASSEMBLY
7. [Recibiendo nuevas comunidades] Fuimos recibidos calurosamente con grande generosidad
por parte de ARUPA, el equipo organizador de Argentina, Uruguay y Paraguay. Su acogida nos
permitió entrar en la alegría de ser una comunidad mundial. También dimos la bienvenida a las
nuevas comunidades nacionales de Letonia, Isla Mauricio y Vietnam a la Comunidad Mundial, lo
que acrecienta el regalo comunitario que la CVX ofrece a nuestro mundo. Estuvieron presentes en
nuestra Asamblea 63 de las 67 comunidades afiliadas y 8 comunidades observadoras. En total,
asistieron 204 participantes, incluyendo a 51 jesuitas, lo que refleja la fuerza de nuestros lazos
espirituales y nuestra colaboración con la Compañía de Jesús. La Asamblea tomó nota del
resurgimiento de la CVX en sociedades altamente secularizadas como Holanda y Suecia,
confirmando que nuestro mundo está hambriento de experiencias comunitarias profundas que
ofrecen oportunidades para la evangelización.
8. [Saludos papales] La Asamblea recibió con gratitud y halló inspiración en el sorpresivo saludo
del Papa Francisco. El nos recordó que la humilde acción de gracias por nuestros dones lleva a la
responsabilidad de salir al encuentro de los demás. En el centro de nuestra espiritualidad se
encuentran las dos dimensiones, contemplación y acción, "porque sólo podemos entrar en el
corazón de Dios a través de las llagas de Cristo, y sabemos que Cristo está llagado en los
hambrientos, los ignorantes, los descartados, los ancianos, los enfermos, los encarcelados, en toda
carne humana vulnerable".4
9. [Saludos del Dicasterio] El Cardenal Kevin Farrell, Prefecto del Dicasterio para los Laicos, la
Vida y la Familia, nos saludó con ideas tomadas de la Exhortación Apostólica Gaudete et Exsultate.
Nos invitó a reproducir en nuestra propia vida los diversos aspectos de la vida terrena de Jesús,
para así armonizar toda nuestra vida con la misión que recibimos de Dios. Su saludo hizo eco de la
necesidad de identidad y misión para quien desea seguir a Cristo y encarnar a Dios en el nuestro
mundo hoy.
10. [Caminar con la Iglesia misionera] El kairós en nuestra Iglesia nos llama a ser discípulos
misioneros en nuestro mundo a través de un encuentro con Jesús que nos abre al amor del Padre.
3
4
cf. 1 Cor. 13:12
Carta del Papa Francisco al Sr. Mauricio López Oropeza, presidente de la Comunidad de Vida Cristiana Mundial.
2
�5
Austen Ivereigh, un biógrafo del Papa Francisco, compartió que entrar en este espíritu misionero
significa: ser Cristo en nuestro mundo herido, ayudando a la gente a reconectarse con la creación
y el mundo como criaturas de Dios; experimentar la familia y la comunidad que son los lazos de
confianza y amor incondicional que construyen la resiliencia, el carácter y la autoestima; y ayudar
a la gente a encontrar santuario. Este camino nos invita a dejarnos guiar por la realidad y por el
Espíritu Santo en nuestra misión.
11. [El camino es la experiencia] Entramos en una experiencia concreta de una iglesia misionera
a través de un encuentro con las familias y miembros de la Comunidad Parroquial en el Barrio de
San Miguel. Tuvimos la oportunidad de compartir nuestras vidas unos con otros. La Asamblea se
sintió conmovida por la alegría de la acogida con que fue recibida, e inspirada por el espíritu
generoso que anima la vida de la comunidad a pesar de las difíciles realidades por ellos también
compartidas. Se nos recordó que "el camino es la experiencia."
12. [Historia de gracia] María Magdalena Palencia Gómez, de la CVX México, compartió con
nosotros sobre el camino como comunidad discerniente, apostólica, laica e ignaciana, desde el
desafío de Pío XII a las Congregaciones Marianas a experimentar un proceso de renovación hasta
el presente. Su relato de nuestra historia nos recordó cómo el Espíritu ha estado constantemente
presente entre nosotros, guiándonos e inspirándonos pacientemente, mientras Dios ha trabajado
para moldearnos y formarnos en una comunidad al servicio del Reino de Dios.
13. [Nuestro nombre como identidad y misión] Más allá de nuestra historia de gracia, Magdalena
también compartió varias historias y reflexiones clave que nos recordaron nuestra identidad como
Comunidad de Vida Cristiana, nombre que el P. Arrupe había señalado que era otorgado por el
Señor a la CVX y que contenía en sí mismo la misión de nuestras comunidades. Vinculó esto al
llamado de Abraham, cuya alianza y misión fue establecida a través del nombre que Dios le dio. Se
nos recordó que nuestra identidad y misión son un don que Dios nos ha confiado. Hemos
clarificado y respondido a esta gracia a través de los años, siempre navegando en la tensión entre
los impulsos del Buen Espíritu y los obstáculos y divisiones introducidos por el Mal Espíritu.
14. [Ser una comunidad de discernimiento para la reconciliación] Nuestro Asistente Eclesiástico
Mundial, P. Arturo Sosa, S.J., nos invitó a ver nuestro ser comunidad de discernimiento como un
don para desarrollar un laicado capaz de discernimiento individual y comunitario. Este
discernimiento puede ser compartido con la Iglesia y convertirse en una herramienta de sabiduría
para la acción en el mundo. Formar a nuestros miembros en la oración constante y en el servicio
generoso facilitará el vínculo entre la reconciliación personal y nuestra capacidad de convertirnos
en agentes de reconciliación.
15. [Magis como modo de vivir en permanente tensión] El P. Sosa señaló la tensión que surge a
medida que profundizamos nuestras relaciones. También se refirió al magis como vivir en la
tensión permanente de ser tironeado al mismo tiempo tanto hacia Dios como hacia el mundo. 6
Tendremos que navegar esta tensión en nuestro discernimiento comunitario mientras
permanecemos muy atentos al obrar del Mal Espíritu, que fácilmente puede convertir la tensión
en conflicto.
16. [Compartir para crear comunidad] El tapiz tejido por los diversos aportes nos ayudó a crecer
en nuestro espíritu comunitario y nos revitalizó en la importancia de ser comunidad. Nos abrimos
más profundamente al don de nuestro estilo de vida, compartiendo abiertamente en pequeños
grupos a lo largo del proceso de discernimiento de la Asamblea. Fuimos despertados a la belleza
de discernir juntos como un cuerpo apostólico laico ignaciano discerniente.
5
6
Austen Ivereigh, “La opción de Francisco: evangelizar en mundo convulso”.
Cf. 35.ª Congregación General de la Compañía de Jesús, Decreto 2, § 8.
3
�DISCERNIENDO COMO CUERPO APOSTÓLICO
17. [Conversación espiritual y discernimiento apostólico] Los delegados fueron invitados a ser
parte de un proceso formal de discernimiento comunitario fundado en los Ejercicios Espirituales a
través de la conversación espiritual. Durante cinco días, cada mañana y cada tarde, seguimos una
secuencia de tres pasos: oración individual, compartir en pequeños grupos (en tres rondas, lo que
nos permitió ser movidos por, y responder, a lo que habíamos escuchado de los demás) y luego en
plenario. Mientras que la dinámica de los Ejercicios Espirituales proporcionaba el marco, la
conversación espiritual era un dulce recordatorio del compartir habitual en nuestro pequeño
grupo. El proceso fue facilitado por el equipo ESDAC7, que proporcionó consignas para la oración y
nos guio creativamente para que cada grupo ofreciera su propia visión a toda la Asamblea.
18. [La confianza de Abraham en Dios] En el momento en que la Asamblea se dedicó al proceso
de discernimiento, Abraham resurgió como referencia. Cuando Dios lo llama, Abram no sólo ve su
nombre cambiado a Abraham, sino que es guiado por Dios fuera de su zona de confort, sin saber
hacia dónde se dirige. La única seguridad de Abraham: su fe en Dios. Como Abraham,
comenzamos el proceso sólo con nuestra confianza en el Espíritu, que nos ayuda a encontrar
sentido en medio del caos. Al igual que cada uno de nosotros confía en el Espíritu cada vez que
hacemos los Ejercicios Espirituales, la Asamblea en su conjunto se sintió llamada a respetar el
proceso y confiar en la dirección del Espíritu.
19. [Alegrías y luchas] A medida que pasaban los días, empezamos a darnos cuenta de que el
proceso de discernimiento comunitario es un desafío: requiere paciencia y apertura de corazón.
Nos enfrentamos a obstáculos, resistencias y dolor en todo momento, pero nos dimos cuenta de
que éstos son parte integral del proceso, entendido a la luz de la Pasión, Muerte y Resurrección de
Cristo. Como peregrinos que viajamos a territorios desconocidos, nos sentimos llamados a
compartir humildemente con nuestros compañeros de CVX nuestra propia experiencia y los frutos
que hemos recibido:
a. Aprendimos que es difícil crecer en indiferencia. Durante el proceso de discernimiento,
nos enfrentamos a varias dificultades, ya sea con el funcionamiento del proceso o con lo
que se nos pedía exactamente; a veces, parecía que no había suficiente claridad. Esto dio
lugar a la frustración, la falta de sentido y la desolación. Tomamos conciencia de que es
doloroso dejar de lado nuestros apegos y centrar nuestros corazones en el bien mayor,
que muy lentamente emerge del compartir del grupo. En ese proceso, aprendimos unos
de otros a ser humildes y pacientes.
b. Experimentamos un creciente sentido de íntima conexión espiritual entre nosotros, a
medida que nuestro compartir fue cada vez más profundo, trascendiendo nuestras
historias personales, realidades locales y dificultades lingüísticas. Aunque a veces nos
resistíamos a ser más personales al compartir, poco a poco fuimos abriendo nuestros
corazones; reímos, lloramos y soñamos juntos. En ese proceso, nos convertimos en una
comunidad de amigos en el Señor.
c. Nos sentimos liberados al reconocer nuestras debilidades e imperfecciones. En cierto
momento, nos dimos cuenta de que, para caminar juntos de verdad, teníamos que ser
honestos sobre todo lo que impide que el Espíritu fluya libremente en nuestras
comunidades. Representamos y contemplamos las diversas parálisis que inhiben nuestra
vida comunitaria, para reconocer cómo nuestras comunidades pueden encerrarse
fácilmente en sí mismas, volverse egocéntricas; cómo pueden ser atrapadas en una red de
intereses egoístas, caer presas de la división y el conflicto; cómo pueden dejar morir la
pasión por el anuncio del Reino y perder el brillo que atrae a otros a nuestro estilo de vida.
7
Exercices Spirituels pour un Discernement Apostolique Communautaire, http://www.esdac.net/
4
�En ese proceso, aprendimos cómo el poder de la verdad y la reconciliación vividas en
comunidad puede ser profundamente liberador.
d. Pasamos del miedo y la duda a la unión de corazones y mentes. A medida que
transcurrían los días, a pesar de las dificultades para adaptarnos al proceso y los
ocasionales brotes de desolación, comenzamos a sentir juntos una paz genuina. A lo largo
de toda la Asamblea fuimos sostenidos por las oraciones de la comunidad mundial, que
hemos sentido especialmente en períodos particularmente difíciles. Finalmente, esta
corriente invisible pero poderosa estalló en profunda gratitud, consuelo, alegría,
esperanza y deseo para el futuro. En ese proceso, gustamos brevemente la paz que sólo el
Cristo Resucitado puede darnos.
e. Nos dimos cuenta de que podemos tomar decisiones juntos. A medida que cada
miembro del pequeño grupo comenzó a familiarizarse con los demás, se hizo más fácil
identificar puntos de convergencia en nuestro compartir y encontrar una respuesta común
a las preguntas propuestas para nuestro discernimiento. En ese proceso, aprendimos a
fusionar nuestra diversidad en algo más que la suma de las partes.
20. [El tesoro del discernimiento comunitario] En general, los delegados a la Asamblea
experimentaron el discernimiento comunitario como la manera de profundizar nuestra vocación
como cuerpo apostólico laico ignaciano. Mientras que el Principio General 8 nos exhorta a no
establecer límites en nuestro llamado apostólico, el Principio General 2 es muy claro en la
necesidad de respetar "la singularidad de cada vocación personal [que] nos permite estar abiertos
y libres, siempre a disposición de Dios". El discernimiento comunitario, orante y en rondas
sucesivas, permite que nuestros movimientos espirituales converjan gradualmente a lo largo del
proceso. Esto nos habilita a crecer en confianza y apropiación de nuestras decisiones colectivas. Es
un proceso que requiere humildad y perseverancia porque las resistencias pueden parecer difíciles
de superar. Sin embargo, los frutos —vínculos comunitarios más fuertes, mayor claridad en la ruta
a seguir— son demasiado valiosos para no ser cosechados. Poco a poco nos fuimos abriendo a la
gracia de caminar juntos. Nos dimos cuenta de que el proceso en sí mismo es una gracia — el
camino es verdaderamente parte de la experiencia.
FRUTOS DE NUESTRO DISCERNIMIENTO APOSTÓLICO
21. [Lo que recibimos] Llegamos a Buenos Aires deseando mayor profundidad e integración en la
vivencia de nuestro carisma CVX en el mundo de hoy. Dejamos la Asamblea sintiéndonos
profundamente agradecidos y consolados por tanto bien recibido. Sentimos pena por nuestras
parálisis. Se nos ofreció un camino para una profunda conversión interna. Mientras nos sentíamos
reconciliados unos con otros y con nuestra historia, nuestros corazones colmados de inmensa
alegría, nos hicimos verdaderos amigos en el Señor, compañeros de camino, revitalizados para la
misión. Nos sentimos confirmados en nuestro llamado a ser un cuerpo apostólico laico ignaciano
en la Iglesia.
22. [A dónde nos sentimos llamados] En la evolución de nuestro discernimiento, reflexionamos
sobre la pregunta: “¿Como comunidad CVX, estamos llamados hoy a...?” Entre las muchas
respuestas que se ofrecieron, se abrieron tres ventanas principales:
i.
Nos sentimos llamados a PROFUNDIZAR nuestra identidad, a través de una
conversión interior que nos permita ser más fieles y cuidar mejor nuestro carisma
en todas sus dimensiones;
ii. Nos sentimos llamados a COMPARTIR humildemente con los demás el don de la
espiritualidad ignaciana vivida en nuestra vocación laical. Consideramos el
discernimiento, las herramientas y métodos ignacianos como dones preciosos
que no podemos guardar para nosotros mismos;
5
�iii. Nos sentimos llamados a SALIR para servir a los más necesitados y a sembrar las
semillas de misericordia, alegría y esperanza en el mundo para seguir más de
cerca a Jesús y trabajar con él en la construcción del Reino.
23. [Cómo viviremos nuestro llamado] El proceso de discernimiento comunitario celebrado en
Buenos Aires nos dio una nueva comprensión de la CVX como cuerpo apostólico laico ignaciano, y
nos inspiró a asumir nuestra responsabilidad financiera de una manera más proactiva. Cuando se
traduce a nuestras comunidades nacionales, el proceso de discernimiento comunitario puede ser
una herramienta poderosa para mejorar la calidad de nuestro llamado apostólico al Reino.
También puede sembrar la semilla que nos ayude a entender la verdadera manera de vivir nuestra
llamada a la Misión, que es específica —y profética— de nuestra vocación laical. Por lo tanto, la
Asamblea recomienda que el Consejo Ejecutivo Mundial amplíe, desarrolle y haga evolucionar este
proceso para su utilización en los distintos niveles de nuestra comunidad mundial. Hacemos
también un llamado a las comunidades nacionales, a través de sus delegados que regresan de la
Asamblea, a compartir los métodos y frutos de este proceso para facilitar una mayor profundidad
e integración de nuestro carisma en la vida apostólica de nuestras comunidades.
6
�
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Comunidade de Vida Cristã (CVX)
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<span>El boletín <em>Proyectos</em> aparece cuatro veces al año, y sirve de vínculo entre el Consejo Ejecutivo Mundial (ExCo) y cada comunidad nacional.</span>
[pt] O boletim <em>Proyectos</em>, publicado quatro vezes por ano, serve de ligação entre o Conselho Executivo Mundial (ExCo) e cada comunidade nacional.
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Proyectos 170
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De regreso de la Asamblea Mundial. 17.ª Asamblea Mundial de la Comunidad de Vida Cristiana. Buenos Aires, Argentina 2018: Documento final.
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2018-09
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Dobbelstein, Denis
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
-
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df19a4bca4e68473257455f1040532aa
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Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
PROJETOS
Dia Mundial da CVX 2018:
“Cuidar nosso presente e oferecê-lo com mais generosidade e alegria”
N.º 169, dezembro 2017
Queridos amigos no Senhor,
1. O tema de nossa próxima Assembleia Mundial nos
convida a olhar a CVX como um presente. Um presente
é algo que se pode receber ou se pode dar, ou, como no
caso de nossa experiência de graça na CVX, recebe-se
para dar: “O que vocês receberam grátis, deem-no
gratuitamente” (Mt 10, 8). Na preparação para a
Assembleia nos é pedido reconhecer com maior
profundidade e gratidão o que nos foi dado e estar mais
dispostos a compartilhá-lo através do serviço, na Igreja
e no mundo.
Nossa atenção se orienta em duas direções: rumo à nossa historia, um olhar que nos recorda quem somos e
fortalece nossas bases, e rumo ao futuro, seguindo a visão do Papa Francisco, abertos aos desafios de ser
testemunhas e dar-nos a nós mesmos de uma forma mais generosa e eficaz apostolicamente.
I. Cuidar o presente da CVX
2. Recebemos nosso presente pouco a pouco, através de uma longa história cheia de bênçãos durante 50 anos.
Chegou a ter a forma que tem hoje passo a passo, mediante a experiência reflexionada de tantos membros
da CVX, em um lento descobrimento de riquezas e desvelamento de implicações. Agora podemos olhar
para trás e ver como pouco a pouco foi se encontrando o equilíbrio dos elementos principais de nosso
carisma. Recordemos alguns dos pontos mais destacados desse desenvolvimento. Vejamos alguns dos
“pães que temos”, que fazem referência a passagem da Bíblia que nos inspira para Buenos Aires 2018:
Nova identidade, respondendo ao chamado do Vaticano II: fortalecimento do carácter laico, com um
novo nome e novos Princípios Gerais.
Voltar aos Exercícios Espirituais (Manila, 1976), como inspiração e como prática vivida pessoalmente e
em nossos pequenos grupos, e também proposta para outras pessoas como ministério. Os Exercícios se
converteram “na fonte específica e no instrumento característico de nossa espiritualidade” (PG 5).
Afirmação do valor testemunhal da Comunidade, avançando desde o modelo federativo à aceitação e
confirmação do chamado a ser uma comunidade mundial (Providence, 1982).
Descobrimento da dimensão intrinsecamente missionária da CVX (Hong Kong, 1994), que se deve viver
principalmente em nossa vida cotidiana. Isso se desenvolveu logo no discernimento de uma missão
comum (Itaicí, 1998) e no recebimento do clamado a converter-nos em um corpo apostólico laico
inaciano, que compartilha a responsabilidade da missão, pratica o método de discernimento, envio, apoio
e avaliação (Nairóbi, 2003) e deseja estar presente no mundo como uma comunidade profética (Fátima,
2008). Na última Assembleia Mundial (Líbano, 2013) escolheram-se algumas fronteiras como critérios
para o discernimento apostólico de toda a Comunidade.
3. Contar com uma história tão carregada de presentes como a nossa requer de responsabilidade e fidelidade
criativa. Somos responsáveis por manter nossa tradição, de cultivá-la enquanto exploramos seus
componentes em maior profundidade e de transmiti-la integramente aos novos membros de nossa
Comunidade. Temos o dever de dar a conhecer esta forma de viver, para que aqueles que buscam esta
maneira de seguir a Cristo e que se identificam com esta vocação possam encontrá-la e ter acesso a ela.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
1
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
4. Na atualidade, nos referimos com frequência aos “três pilares” (Espiritualidade, Comunidade e Missão) para
sintetizar as dimensões Fundamentais de nosso carisma, forjado ao longo de nossa história. Devemos avaliar se
cada um destes pilares, assim como também todos eles em conjunto, está profundamente integrado e continua
vivo e forte em todos os aspectos da CVX. Queremos evitar as leituras superficiais de nossa história, que
possam considerar os pilares simplesmente como passos em uma sequência cronológica ou uma justaposição de
níveis em uma hierarquia que atribui mais valor a uns que a outros. Esta tríade deve formar um círculo
dinâmico, que se reforça contínua e reciprocamente, cujo poder integrado se expressa tangivelmente na vida de
cada membro da CVX, de cada comunidade e de todo o Corpo. Esta é “a maior profundidade e integração para
viver o carisma CVX” que estabelecemos como a graça desejada para nossa próxima Assembleia Mundial.
5. Perguntas para a avaliação
a. Todos os atuais membros tem pleno conhecimento deste presente vasto e integral, composto pelos
principais documentos e pela história de CVX? As bases de nosso carisma continuam sendo estudadas,
assimiladas e considerados como fonte de sabedoria e inspiração?
b. O compromisso com a CVX se expressa na vida cotidiana de todos os membros e continua enraizando-se e
nutrindo-se da prática frequente dos Exercícios Espirituais?
c. Estes três pilares são vividos em profundidade e com uma integração total a todos s níveis?
Como preparação para nossa próxima Assembleia Mundial, uma das tarefas dos delegados será avaliar a
maneira em que sua Comunidade Nacional cuida do presente que recebemos como CVX. Em sua viagem a
Buenos Aires, os delegados deverão levar essa informação, que será a base do discernimento comunitário ao
que estaremos convidados a participar na Assembleia.
II. Preparar-nos para oferecer nosso presente com mais generosidade e alegria
6. A fidelidade criativa exige que façamos algo mais que conservar o presente. Convida-nos a usar a imaginação e
a generosidade para desenvolvê-lo, para torna-lo ainda mais valioso e frutífero, seguindo o exemplo do
“servidor bom e fiel” da parábola dos talentos (Mt 25, 21-23). Também exige que estejamos atentos aos sinais
dos tempos, buscando sempre com disposição e indiferença, desejando e elegendo “quanto o ajudem para seu
fim” (EE. EE. 23) a que o presente de nosso carisma dê mais frutos, concretamente, em cada lugar e cada
momento.
7. Hoje em dia vivemos um momento especial, um momento “Kairós”, pela forma na qual o Papa Francisco está
impulsionando uma renovação da Igreja, como se descreveu no Projetos 168 (especialmente os números 8-17),
aos que fazemos referencia aqui. A CVX se sente desafiada, de muitas formas, pela visão e pela ação do Papa
Francisco. Consegue sinalizar os pedidos constantes do Papa a usar o discernimento, a aprender a discernir, a
ensinar a discernir, que não podemos ouvir sem sentir-nos clamados a agir. A escolha de Buenos Aires teve
muito que ver com o desejo de responder ao Papa Francisco, de encontrar no lugar de suas raízes pastorais o
mesmo Espírito e a mesma luz que possam guiar a CVX a por seu presente a serviço do projeto de renovação
do Papa.
8. A inspiração do Papa Francisco nos deve guiar na preparação para a Assembleia. Suas ações são eloquentes.
Suas palavras são profundas. Lemo-las novamente com atenção, deixando que nos confrontem e desafiem
guiados por perguntas como estas:
a. Como a CVX deve ouvir e receber estas sugestões e chamados, uma Comunidade Apostólica Inaciana
Leiga?
b. Como nos sentimos desafiados pelo sonho do Papa Francisco para a Igreja?
Propomos quatro textos principais do magistério de Francisco, até agora, e oferecemos para cada um uma
sugestão de vinculação com um aspecto central do carisma da CVX, como se indica no Principio Geral 4.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA
2
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
9. Evangelização e renovação – Evangelium Gaudium1. Esta Exortação desafia à Igreja a sair de si mesma, a “sair
da própria comodidade e atrever-se a chegar a todas as periferias que necessitam a luz do Evangelho” (EG 20).
E, para sua missão evangelizadora, o Papa Francisco quer que todos possam “encontrar na Igreja uma
espiritualidade que os cure, os liberte, os encha de vida e de paz ao mesmo tempo em que os convoque à
comunhão solidária e à fecundidade missionária” (EG 89), uma frase na que facilmente vemos ressoar nossos
três pilares. Testemunho apostólico e serviço eficazes e integração da vida cristã com as diferentes dimensões
da vida é precisamente o que a CVX deseja para seus membros: “Para preparar mais eficazmente a nossos
membros para o testemunho e o serviço apostólico, especialmente nos ambientes cotidianos, reunimos em
comunidades pessoas que sentem uma necessidade mais premente de unir sua vida humana em todas suas
dimensões com a plenitude de sua fe cristã segundo nosso carisma” (PG 4).
2
10. Ecologia, justiça e pobreza – Laudato Si . Esta Encíclica propõe uma nova “ecologia integral”, que responde de
uma forma coerente aos dois maiores desafios de nosso mundo hoje em dia: “Não há duas crises separadas,
uma ambiental e outra social, senão uma só e complexa crise socioambiental” (LS 139). Por isso, “não
podemos deixar de reconhecer que um verdadeiro enfoque ecológico se converte sempre em um enfoque
social, que deve integrar a justiça nas discussões sobre o ambiente, para escutar tanto o clamor da terra como o
clamor dos pobres” (LS 49). O cuidado da criação, a opção pelos pobres e um estilo de vida simples são
elementos fundamentais do estilo de vida CVX: “Nosso propósito é chegar a ser cristãos comprometidos,
dando testemunho na Igreja e na sociedade dos valores humanos e evangélicos essenciais para… a
integridade da criação. Com particular urgência sentimos a necessidade de trabalhar pela justiça, com uma
opção preferencial pelos pobres e um estilo de vida simples que expresse nossa liberdade e nossa
solidariedade com eles” (PG 4).
11. Família – Amoris Laetitia3. Esta Exortação desafia às famílias da CVX a aprofundar sua experiência de amor
na família e também convida à CVX a ser agentes desta nova pastoral familiar. Como associação leiga de fiéis,
o bem-estar das “diversas realidades familiares” (Documento Final do Líbano) sempre tem que estar no centro
de nossas preocupações. “Nosso propósito é chegar a ser cristãos comprometidos, dando testemunho na Igreja
e na sociedade dos valores humanos e evangélicos essenciais para… o bem-estar da família” (PG 4).
12. Jovens – Documento preparatório para o Sínodo dos Bispos 20184 (não é do Papa Francisco diretamente, mas
está de acordo com sus ideias). O cuidado dos jovens e a importância do discernimento vocacional sério, para
todas as vocações, também são elementos constitutivos da CVX: “Nossa Comunidade é formada por cristãos
homens e mulheres, adultos e jovens… que reconheceram na Comunidade de Vida Cristã sua particular
vocação na Igreja” (PG 4).
13. Uma palavra esteve sempre presente nos títulos de todos os documentos mais importantes do Papa Francisco:
¡Alegria! (“Laudato si” é em si mesmo um grito de alegria.) Sem dúvidas, isso não foi casualidade. Há uma
ênfase intencional nesta ideia, como um resumo de seus sonhos e seu estilo. É como uma palavra código para
esta novidade que está tentando gerar na Igreja. Significa muito mais que estar contente; implica a plenitude da
vida e a liberdade, a que “Enche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus” (EG 1). É uma
palavra que pode servir-nos como critério de discernimento:
a. Fazer parte da CVX é uma experiência de alegria para mim?
b. Encontramos e compartilhamos alegria em nossa Comunidade CVX, em todos os níveis?
c. A CVX é um testemunho vivo de alegria?
d. Por último, uma pergunta vinculada mais diretamente com nossa preparação para a Assembleia Mundial:
Como a alegria proposta pelo Papa Francisco desafia à CVX?
Não pode haver nenhum presente verdadeiro, que se dê ou se receba, sem alegria!
1
2
3
4
http://bit.ly/EvangeliiGaudium-sp
http://bit.ly/LaudatoSi-sp
http://bit.ly/AmorisLaetitia-sp
http://bit.ly/YouthSynodPrepDoc-sp
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA
3
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
14. Sugestões para a celebração do Dia Mundial da CVX 2018
a. O Dia Mundial da CVX 2018 cai na metade da celebração de nosso 50º aniversário. Pode ser a oportunidade
de celebrar as muitas formas na qual nossa Comunidade (nacional o local) foi abençoada. Propomos-lhes
que seja uma oportunidade de concentrar a atenção da Comunidade na próxima Assembleia Mundial em
Buenos Aires e na resposta da CVX aos convites do Papa Francisco.
b. Animar a que nossos membros e nossas comunidades apropriem-se dos documentos do Papa Francisco
anteriormente citados. Por exemplo, fazer uma apresentação criativa de cada um, ou de alguns deles, para
gerar o desejo de lê-los e discuti-los com más profundidade, seguindo as perguntas guias que sugerimos.
c. Esta celebração também é a ocasião perfeita para apresentar a toda a Comunidade Nacional os delegados à
Assembleia Mundial, e para que os delegados sejam enviados em missão por sua Comunidade. Espera-se
que os delegados recolham as reações da Comunidade, as diferentes propostas para a preparação e toda a
informação relacionada para a Assembleia. Também poderia ser anunciado os candidatos para o Novo
Conselho Executivo Mundial.
d. E, com certeza, é também uma excelente oportunidade para motivar e rezar por todos os membros que
seguem e participam, na forma que cada um pode, nas tarefas para nossa Assembleia Mundial 2018, um
evento tão importante para toda a Comunidade.
Unidos no desfrute e na gratidão pelo nosso presente,
Herminio Rico SJ, Vice-assistente Eclesiástico
Ann Marie Brennan, Consultora
Najat Sayegh, Secretária
Com e em representação do Concelho Executivo Mundial da CVX
-----Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA
4
�
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bdd7044b3efe3853abf41a64c2ab9ba4
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<strong>Proyectos </strong>| <strong>Projetos</strong>
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Comunidade de Vida Cristã (CVX)
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<span>El boletín <em>Proyectos</em> aparece cuatro veces al año, y sirve de vínculo entre el Consejo Ejecutivo Mundial (ExCo) y cada comunidad nacional.</span>
[pt] O boletim <em>Proyectos</em>, publicado quatro vezes por ano, serve de ligação entre o Conselho Executivo Mundial (ExCo) e cada comunidade nacional.
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Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Projetos 169
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2017-12
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Dia Mundial da CVX, 2018
“Cuidar nosso presente e oferecê-lo com mais generosidade e alegria”
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Conselho Executivo Mundial da CVX
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Traduzido do espanhol
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Tradução para o português da versão em espanhol: José Pires Cardoso
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Dia Mundial CVX
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f58ed862006fa335f5b655c1c3ae17bf
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Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
PROJETOS: Nossa próxima Assembleia Mundial CVX — “celebração,
consolidação e renovação da CVX”
Nº.168, Setembro de 2017
Original: inglês
Queridos amigos no Senhor,
1. Saudações de parte do
parte do Exco Mundial
CVX. Em
aproximadamente 10
meses celebraremos nossa
próxima Assembleia
Mundial e é tempo de
preparar-nos para este
grande acontecimento na
vida da CVX.1
2. Nossas Escrituras e a própria
Igreja estão repletas de exemplos
de "tempos de preparação", por
exemplo a Quaresma, o Advento
e outros. Nós iniciamos agora, também, uma época de preparação especial, ao
empreendermos nossa travessia rumo a nossa próxima Assembleia Mundial CVX. Neste
sentido, nossa Assembleia já começou. Portanto, nos detemos, fazemos uma pausa, fazemos
um balanço e olhamos ao redor, ou seja, buscamos "fazer-nos sensíveis aos sinais dos tempos
e aos movimentos do Espírito Santo" (PG6).
3. Recordamos, em primeiro lugar, a imagem representada por Santo Inácio na "Contemplação
da Encarnação", cujo eco ressoa no Preâmbulo de nossos Princípios Gerais. Vemos as Três
Pessoas Divinas que nos olham, se condoem da situação do mundo e decidem fazer a
redenção do gênero humano. Observamos também o grande desejo de Deus de
comprometer-se intimamente conosco como causa e colaboradores em Sua Grande Missão.
4. Em segundo lugar, nos sentimos confrontados por uma série de realidades contextuais de
nosso presente que sentimos que ressoarão com nossa Comunidade Mundial CVX. Estas
realidades, coletivamente, parecem conter as sementes para uma renovação mais profunda
de nossa comunidade mundial CVX, nossas vocações pessoais na vida e para o
fortalecimento de nossa presença apostólica no mundo.
1
Veja a carta nº 4 do Presidente da CVX – Convocatória da Assembleia Mundial da CVX, Buenos Aires, 2018:
http://bit.ly/Convocation-spPDF
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA-COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
1
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
Primeira realidade contextual - Nosso 50º aniversário
5. A primeira realidade é a celebração do 50º aniversário da CVX desde sua renovação em 1967;
um marco significativo e um tempo de gratidão, celebração e, no sentido inaciano, de revisão e
avaliação. Como nos animam nossos próprios Princípios Gerais (PG.2), buscamos cooperar com
o Espírito Santo inscrito em nossos corações, expressando-nos sempre de um modo novo em
cada tempo e em cada situação.
6. Os temas profundos de celebração se refletem nas graças tão significativas que a CVX
recebeu durante os últimos 50 anos. Estas graças se relacionam especialmente com seu
crescimento em identidade, comunidade, missão e discernimento. Tomemo-nos o tempo
para refletir sobre seu significado especial para nós, em todos os níveis da CVX, e segundo o
vivemos em nossas próprias circunstâncias.
7. Além disso, o tempo de celebração pelas bênçãos passadas é também um bom momento
para uma avaliação honesta de como vimos caminhando. Portanto, voltamos nossa vista
atrás rumo nossa historia de graça para poder discernir nosso futuro com maior ousadia e
avançar mais seguramente na companhia e missão do Senhor.
Segunda realidade contextual - um papado que renova a Igreja
8. O papado do Papa Francisco nos convida a uma nova visão, profundidade e experiência do
catolicismo contemporâneo, o qual pede uma verdadeira conversão da forma em que nós, a
Igreja, estamos presentes para nós mesmos e para o mundo. Várias de suas mensagens
papais buscam incidir rumo a reformas significativas na teologia, na eclesiologia, e
especialmente na prática pastoral. Desejamos, com alegria e esperança, unir-nos ao Papa
Francisco e à Igreja nestas reformas profundas.
9. Sobretudo, escutamos o Papa Francisco falar da colegialidade e de uma perspectiva
missionária mais visível no mundo que se aventure às periferias onde nós, os leigos, estamos
especialmente presentes. Convoca-nos, como igreja, a cumprir com um papel semelhante ao
de um "hospital de campanha", e a viver a "opção pelos pobres". Fala amiúde da misericórdia,
da alegria, da inclusão, do cuidado com a terra e de conduzir a própria vida a partir do
discernimento e da conversão permanentes.
10. O Papa Francisco fez também um chamado renovado aos leigos de maneira fundamental,
retomando os temas do Vaticano II2 (em espírito, se bem que nem sempre por referência
direta) e acrescentando sua perspectiva contemporânea. Mais que nunca, nos sentimos
chamados a um tempo de "sentir com a Igreja", a um "sensus fidelium"3, no qual nós (CVX)
possamos discernir e fazer eleições válidas segundo a vontade de Deus quanto à modesta
participação que nos corresponde para o bem da Igreja e do mundo.
2
3
Por exemplo: em "Gaudium et Spes" e o "Decreto sobre o Apostolado dos Leigos"
Regras para sentir com a Igreja (Exercícios Espirituais de Santo Inácio 352 e outros)
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA-COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
2
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
Terceira realidade contextual – o chamado renovado aos leigos em nosso mundo de hoje.
(i) Renovação do laicato
11. De especial interesse e inspiração são para nós as opiniões do Papa Francisco sobre o laicato. o
Papa Francisco pede um "novo despertar" que tenha firmeza em como nós, os leigos, somos
também destinados por nosso batismo a participar no oficio sacerdotal, profético e real de
Cristo. Depois de tudo, nossos próprios apostolados nos são encomendados pelo próprio
Senhor, para levar Sua salvação e amizade a cada canto do mundo e a cada aspecto da vida.
12. O Papa tem palavras particularmente fortes para o "pecado do clericalismo" e nossa
necessidade coletiva (ou seja: clerical e laical) de reforma. Quaisquer que sejam as reformas
que se planejam para a hierarquia eclesiástica, se aplicam igualmente a nós como leigos que
podemos ser claros cúmplices em um serviço a uma igreja autorreferencial, em lugar de
envolver-nos em uma visão mais missionária no mundo. Nosso mundo como leigos é o das
famílias, das escolas, das paróquias, da participação política, da profissão, do trabalho, da
cultura e outros. O chamado do Papa para todos (sacerdotes, religiosos e leigos) é a
comprometer-nos mais profunda e humildemente com espírito de serviço colaborativo desde
nossas respectivas vocações e campos missionários.
13. Como leigos, em que medida apreciamos nossa vocação laical CVX? Como membros CVX,
somos particularmente benditos com os dons, as intuições e as graças dos exercícios
espirituais de Santo Inácio, sempre relevantes. Com estes dons, nos sentimos preparados e
equipados, de uma maneira particular, para responder ao desafio do Papa Francisco a viver o
mais plenamente possível a missão laical no mundo de hoje; conscientes de que, ao longo do
caminho, nos encontraremos com o chamado a uma conversão pessoal cada vez mais
profunda.
(ii) Nosso mundo hoje
14. Não é necessário citar aqui a interminável ladainha dos males do mundo. Nossos meios de
comunicação estão saturados deles. Basta dizer que é improvável que, nunca antes como o
somos agora, havíamos sido confrontados coletivamente por situações de guerra, fome,
migração massiva, polarização da riqueza, rupturas familiares, ignorância do meio ambiente, e
a negação dos direitos humanos básicos.
15. Basta com uma olhada a nossos sítios web e documentos da CVX mundial para dar-nos conta
de quantos entre nossos membros da CVX estão vivendo estas problemáticas em suas próprias
vidas cotidianas. Apesar de que alguns de nós temos a sorte de viver em grande parte livres de
muitas destas dificuldades, todos nós somos chamados a enfrentá-las de acordo com a nossa
Fé e segundo o Mandato de nossa Assembleia no Líbano.
16. Como podemos responder a estas grandes necessidades do nosso mundo? Uma vez mais,
recordamos o quão bem situados que, nós como leigos, estamos, que vivemos um carisma
CVX/Inaciano, para levar a mensagem de Cristo e Sua missão a todas as partes do mundo.
Desejamos cooperar ao máximo com este novo despertar do lugar central e do papel da
vocação laical, e trabalhar em colaboração com toda a Igreja na missão global de Cristo.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA-COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
3
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
Um momento de "Kairós"
17. As considerações anteriores sugerem conjuntamente que estamos vivendo um momento de
"Kairós" no tempo4. As definições do dicionário apontam: um momento de "Kairós" é o ser
confrontados por um tempo particularmente correto, crítico, oportuno e apropriado para
optar deliberadamente por uma ação para conseguir um fim desejável. As circunstâncias e a
dinâmica de nosso tempo parecem sugerir que agora estamos vivendo um "momento" assim.
Portanto, aspiramos responder a este momento com um espírito de revisão, consolidação e do
compromisso mais radical, tanto no âmbito pessoal como no coletivo, como uma comunidade
global. Nossa próxima Assembleia Mundial nos oferece uma oportunidade propicia para isto.
"O itinerário rumo a nossa Assembleia Mundial CVX - e dois "movimentos"
18. Mais acima, descrevemos três amplas realidades contextuais. Agora, reapresentamos também,
como recordatório e como já se apresentaram em nossa carta Convocatória, três luzes que
esperamos ajudar a iluminar nosso itinerário e a experiência de nossa próxima Assembleia
Mundial:
a) O Tema: "CVX, um presente para a Igreja e para o Mundo".
b) O texto da Escritura: "Quantos pães têm? ... Vão e vejam" (Mc 6:38) "
c) A graça: "Desejamos maior profundidade e integração na vivência de nosso carisma CVX
no mundo de hoje".
19. Além disse, e no contexto anterior, também já propusemos dois movimentos básicos (veja-se a
carta convocatória) que agora também reapresentamos aqui:
a) 1º Movimento - Revisão e renovação na vivência de nosso Carisma CVX: Ao refletir e
revisar as muitas graças recebidas através de, e inerentes a, nossa vocação CVX
desejamos viver uma maior profundidade e integração de nosso estilo de vida segundo
nosso carisma CVX. Ou seja, desejamos uma integração em nossa vida pessoal e
comunitária dos três pilares da CVX: a Espiritualidade, a Comunidade e a Missão.
Desejamos viver o mais plenamente possível o convite do Papa Francisco a um novo
despertar laical e a um compromisso pessoal com a missão de Cristo em nossa vida
cotidiana, e o processo implícito de oração, ação e conversão contínuas.
b) 2° Movimento - viver nosso Carisma CVX no mundo de hoje: Desejamos uma maior
profundidade de nosso compromisso no mundo, pessoal e coletivamente, de acordo com
nosso carisma CVX e segundo nossas circunstancias de vida. Ao fazê-lo, respondemos às
indicações do Papa Francisco, o espírito do Vaticano II e nossos próprios Princípios Gerais,
que nos recordam que "O espírito... estimula-nos a reconhecer nossas graves
responsabilidades, ajuda-nos a buscar constantemente as respostas às necessidades de
nossos tempos... "(PG 2).
4
Veja a carta nº 4 do Presidente da CVX – Convocatória da Assembleia Mundial da CVX, Buenos Aires, 2018:
http://bit.ly/Convocation-spPDF
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA-COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
4
�Enlace entre o Conselho Executivo e a
Comunidade Mundial de Vida Cristã
20. Neste número de Projetos, ampliaremos um pouco o primeiro movimento. No próximo
(Projetos 169), ampliaremos o segundo movimento.
21. Sugestão para a reflexão sobre o "primeiro movimento". Como parte de nosso itinerário
rumo a nossa próxima Assembleia Mundial CVX, consideremos:
a) Nossa historia: Repassemos nossa experiência das graças recebidas ao longo de nossos 50
anos de história, tal como as vivemos nos diferentes níveis da CVX, ou seja, a nível
mundial, nacional, na comunidade local, nos grupos e no pessoal. Apesar de ter
compartilhado algumas percepções comuns no âmbito global, poderia haver variações
consideráveis nos outros âmbitos, já que as graças são recebidas e vividas segundo o
contexto, seja nacional, local, cultural ou qual seja. Desta maneira, contemplemos a rica
diversidade de vida e ação da CVX em todo o mundo.
b) O renovado apreço de nosso carisma: Conforme as reflexões anteriores, respondamos a
pergunta que Cristo nos fez: "Quantos pães têm? Vão e vejam". Peçamos a graça de um
apreço pessoal renovado por nosso carisma.
c) Vida renovada de nosso carisma: Como podemos viver pessoalmente com mais
profundidade nossa vocação e nossa missão em nossa vida cotidiana? (Esta reflexão é
um preâmbulo ao Projetos 169)
22. Esperamos que as reflexões anteriores e as do Projetos 169 nos ajudem a preparar-nos para
nossa próxima Assembleia Mundial e qualquer outro discernimento sobre os horizontes da
CVX. Instamos-lhes ao compromisso mais pleno no itinerário que temos por diante. Os
preparativos para a Assembleia Mundial continuam; por o tanto, nos dará muita alegria que
nos façam chegar quaisquer ideias ou inspirações. Favor enviar-nos seus comentários a nosso
Secretario Executivo, Alwin Macalalad5 antes de 30 de novembro de 2017.
23. Aguardamos com grande confiança o que nos espera e nos inspiramos nas palavras de São
Paulo: "Glória àquele cujo poder, que obra em nós, pode fazer infinitamente mais do que
podemos pedir ou imaginar" (Efésios 3: 20).
Unidos na oração e na ação,
Chris Hogan, Consultor & Mauricio López, Presidente
Com e em representação do Conselho Executivo Mundial CVX
------
Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
5
exsec@cvx-clc.net
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA-COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
5
�
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2017-09
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Nossa próxima Assembleia Mundial CVX — “celebração, consolidação e renovação da CVX”
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Assembleia Mundial CVX
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Tradução para o português da versão em espanhol: José Pires Cardoso
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
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PROJETOS
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires.
N.º 172, Junho 2019
O ExCo Mundial reunido em Namur, Bélgica, durante a Páscoa da Ressurreição
A Assembleia Mundial revelou que é possível escutar ao Senhor enquanto realizamos nossos
deveres; portanto, fomos conduzidos pelo mesmo desejo. Trabalhar duramente como
Conselho Executivo não nos impede de agir como uma comunidade em discernimento,
pequena, porém universal. Ainda que soe lógico, isso requer uma conversão, especialmente
para aqueles que têm responsabilidade.
Da mesma forma que os discípulos de Emaús, uma vez mais tivemos a experiência da
presença de Deus ao refletirmos sobre os acontecimentos, à luz das Escrituras e nas
celebrações da Eucaristia. Pedimos ao Senhor que nos contasse mais a respeito da
Assembleia Mundial, além da narrativa do documento final; tratando de ver as perspectivas
prometedoras propostas no simples, porém profundo chamado de Buenos Aires. Temos
razões para afirmar que verdadeiramente cremos no que aconteceu em Buenos Aires.
Se você busca uma visão ou um plano estratégico a longo prazo, então, com certeza, vai
querer ler a segunda parte da presente carta. Contudo, não podemos deixar de dizer-lhe,
antes de tudo, que nossos corações ardiam, enquanto o Senhor nos falava!
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires. Temos boas razões para crer nisso,
porém é um ato de fé. Não importa o obvio que possa parecer, experimentamos o
discernimento comunitário como o valioso dom de Deus para a CVX de hoje. É um
dom que temos que aprofundar e compartilhar à medida que vamos avançando. Dito ao
revés também funciona: é um dom que nos urge ao avançar e, ao fazê-lo, nos chama a
aprofundar no carisma para compartilhá-lo. De fato, os três verbos não se referem a um
processo linear, mas sim, é um modo integrado de vida.
A CVX está presente em muitas fronteiras e, onde quer que nos encontremos, queremos
sentir-nos em casa. O “magis” que podemos oferecer em cada campo da missão é
compartilhar nossa fé na presença ativa de Deus e nossa forma de buscar a Deus em
tudo. A experiência em nossa assembleia em Buenos Aires é transversal e totalmente
relevante nas fronteiras. Dado que a Assembleia Mundial se reuniu em uma grande
tenda (barraca), queremos repetir – sempre que seja possível – a dinâmica do
discernimento comunitário, em lugar de utilizar palavras sobre o discernimento, queremos
mover a tenda (barraca), isto é, criar espaços de transcendência onde estamos
comprometidos concretamente. Mediante a criação de espaços sagrados para
reconhecer e responder aos movimentos interiores do Espírito, confiamos que o Espírito
nos guie rumo a uma maior união com Cristo e um maior amor a Deus e aos demais.
Buenos Aires é transversal a todos nossos compromissos, pessoais e comunitários. Por
isso nos atrevemos a dizer que o chamado de Buenos Aires é verdadeiro e profundamente
apostólico.
É um chamado. Buenos Aires está acontecendo. Buenos Aires se desenvolverá se
verdadeiramente cremos que Deus continua falando conosco.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
1
�Esta é uma carta coral, formada por diferentes expressões expressadas pelos membros do
ExCo Mundial em cada uma das seguintes seis partes de nossa “profissão de fé”.
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires, porque...
No coração da experiência houve um milagre moderno. E fomos testemunhas dele.
A comunidade ainda que diversa, rezava como uma só.
O coração da CVX Mundial se comoveu pela dor, amor e fé dos vizinhos do Bairro de São
Miguel.
Fomos honestos e livres para ver nossos pecados e paralisias comunitárias.
O Espírito Santo inspirou-nos para tentar coisas que só o amor de Deus pode conseguir.
Fomos enviados ao mundo sem seguir um tom próprio das negociações.
O Espírito Santo nos convida a oferecer-nos mediante nosso dom mais profundo.
O Senhor nos falou com uma mensagem clara e forte.
Resistimos à tentação de criar uma “doutrina”; porém estivemos abertos à purificação e
conversão do coração.
Fizemos uma experiência de integração e recebemos a graça que pedíamos: houve uma
reconexão entre as pessoas, identidade e missão.
Uma “sarça ardente”, uma experiência de “tirar as sandálias”.
O Espírito Santo vive!
Buenos Aires é uma revolução copernicana, um chamado a olhar nossa identidade de um
modo novo. Além de ser uma comunidade de discernimento e serviço, somos chamados a
oferecer-nos a nós mesmos, enquanto compartilhamos o caminho com outros.
O discernimento comunitário é o valioso dom de Deus para a CVX de Hoje.
No mundo de pós-verdades, o discernimento é uma urgência.
O Papa Francisco disse: ”O povo necessita acolhida, integração, acompanhamento e
discernimento, porém o discernimento é a dimensão menos desenvolvida na Igreja”.
Deus nos mostrou que o discernimento comunitário está no centro de nossa missão. Não é só
um meio, mas sim um elemento central do que somos e nossa forma de proceder.
O discernimento comunitário oferece unidade no propósito.
Em uma época de incerteza e sociedade de risco, necessitamos desenvolver uma democracia
de discernimento.
A libertação dos pobres começa pela libertação da consciência. O discernimento é uma
ferramenta para o modo mais profundo de libertação.
O discernimento comunitário nos inclui a todos.
Geremos processos e experiências de discernimento com o povo em todos os lugares
onde haja medo, divisão, dúvida, dor, conflito, mal-entendidos, exclusão, abusos, fracasso,
falta de sentido... Em qualquer lugar onde se tenha perdido a liberdade e o amor.
Somos chamados a abrir espaços de discernimento comunitários em todos os lugares do
mundo de hoje no qual nos encontremos. Permitamos que apenas nossa presença seja um
convite ao discernimento comunitário. Podemos irradiar uma abertura à santidade.
O discernimento cria reconciliação.
Acreditamos que se insistirmos em conectar-nos com o Espírito Santo, podemos escutar seus
movimentos em nossos corações e ser conduzidos ao amor e ao fazer de Cristo.
Aprofundar, compartilhar e avançar. Ou: Avança! Compartilha e aprofunda!
É cíclico, um espiral ascendente, cada parte leva ao crescimento de outra.
Avançar, Compartilhar e Aprofundar são pontos de acesso do caminho para o qual somos
chamados a partir de nossas próprias circunstâncias particulares. Comecemos por onde já
estamos.
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2
�“Queremos avançar, porém desta maneira”, disse um delegado na Assembleia, sinalizando à
tenda do plenário.
O documento final não indica passos específicos. Não trata sobre passos específicos,
porém sobre a escuta segundo cada realidade. O documento final não está terminado.
Ponhamo-nos em contato com a Realidade. É a realidade que inspira o Papa Francisco a
renovar a Igreja.
Ajudemos a que cada um esteja atento àqueles que estão mais próximos na vida diária.
Para realmente ter um impacto no mundo, comecemos na realidade onde estamos, com o que
temos.
Sejamos uma verdadeira comunidade laica inaciana.
Nosso carisma CVX é um dom para ser valorizado, nutrido e cuidado, para compartilhar com
outros e revelar a paz, a alegria e o amor de Cristo.
Buenos Aires é um chamado a uma conexão profunda com Cristo e ao ímpeto apostólico.
Somos chamados a viver intimamente com Jesus na missão.
Buenos Aires é transversal e totalmente relevante em todas as fronteiras.
Fomos enviados a discernir juntos nas fronteiras.
Veremos uma floração, de campos apostólicos, de fronteiras.
O chamado de Buenos Aires é tanto uma forma de buscar e encontrar onde mais nos
necessitam, como uma maneira de estar em qualquer fronteira à qual somos chamados.
Se formos suficientemente corajosos, saberemos que nossa maneira de ser É missão, e
nossas vidas terão que voltar-se com audácia, desta maneira, a todas as periferias onde o
Espírito está agindo.
A diversidade e a fragilidade das famílias requerem mais oportunidades para o discernimento.
A migração e a mobilidade humana necessitam construir pontes de discernimento
compartilhadas com a nova sociedade que estamos criando.
Pedimos a graça de incorporar melhor nosso carisma. Como acréscimo, recebemos uma
mensagem clara sobre a unidade dentro de uma CVX diversificada.
“No centro de vossa espiritualidade inaciana está este desejo de ser contemplativos na
ação. Contemplação e ação, as duas dimensões juntas, porque só podemos entrar no
coração de Deus através das feridas de Cristo, e sabemos que Cristo está ferido nos
famintos, nos que carecem de educação, nos descartados, nos anciãos, nos doentes, nos
encarcerados, em toda carne humana vulnerável.”1
Queremos mover a tenda, isto é, criar espaços de transcendência onde estamos mais
concretamente comprometidos.
Criemos espaços sagrados onde estamos.
Criemos encontros e praças abertas.
Movamos a tenda e estejamos com
aqueles que entrem, em vez de estar
repartindo folhetos com as instruções para
construir uma tenda perfeita.
Todos nós “agora”; não necessitamos esperar
a perfeição.
Onde quer que estejamos, somos
chamados
a
abrir
espaços
de
discernimento. Onde quer que vivamos,
vivemos desta maneira. Cada vez que
vamos, o caminho se transforma.
Necessitamos mais uma experiência de conversão que de perfeição ou de redigir documentos
perfeitos.
1
Da carta do Papa Francisco à Assembleia Mundial da CVX em Buenos Aires (http://bit.ly/Suplemento74)
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3
�Buenos Aires está acontecendo
O mistério ainda está se desfraldando. Continua a longa conversação com o Espírito.
As verdadeiras fronteiras nos levam a caminhos desconhecidos, guiados somente pela luz
do Espírito. Este é um convite e a graça a qual somos chamados a realizar juntos.
Quando Deus fala, necessitamos tempo para compreender, converter-nos e aceitar.
O convite é claro, sejamos testemunhas.
Estamos nas mãos de Deus, que nem sempre é um lugar cômodo, mas, em última instância,
um lugar de responsabilidade.
Se respondermos ao chamado, algo “grande” acontecerá; é o Espírito quem está criando
uma onda profunda que nem lançamos e nem controlamos.
Buenos Aires ainda segue acontecendo, o que nos leva de novo ao ato de fé: cremos que
Deus falou à CVX em Buenos Aires.
Rojean e Alwin Macalalad, Manuel Martinez,
Daphne Ho, Fernando Vidal, Diego Pereira, Najat Sayeg,
Catheriine Waiyaki, Ann Marie Brennan, Denis Dobbelstein
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4
�Caso você queira ler mais sobre as perspectivas que temos:
Em Buenos Aires revisamos nosso carisma, para atrever-nos a nomear e dizer com confiança
que a CVX em si é um dom para a Igreja e o Mundo. A questão era fundamental e universal.
Assim que sabíamos que não seria um discernimento clássico (ou seja, um discernimento que
conduz a uma eleição entre opções, uma eleição). O milagre desta Assembleia é que nos
atrevemos a escutar o Espírito Santo em comunidade, sem nenhuma ideia pré-concebida com
relação à resposta. Foi um discernimento que começou com uma graça desejada e conduziu a
uma expressão renovada de nossa identidade e chamado. Por isso podemos falar de uma
experiência fundante, que se difundirá especialmente por meio do testemunho e o convite a
viver a mesma aproximação.
Desse modo, cada comunidade – seja ela local, regional, nacional ou continental – é chamada
a dar continuidade à experiência de discernimento comunitário nos contextos mais
convencionais, no qual se trata agora de fazer eleição em relação a uma questão específica,
seja dentro da própria CVX ou na missão em qualquer fronteira. Contudo, não interpretemos
mal: Buenos Aires confirmou o desejo apostólico da CVX sem nenhuma ambiguidade. Ao ter o
discernimento comunitário como um dom e um chamado, não estávamos olhando a CVX de
uma maneira narcisista. Pelo contrário, a CVX declara seu desejo de avançar de uma maneira
que seja fiel a sua vocação mais profunda.
Buenos Aires não adiciona nem elimina nada das intuições das Assembleias anteriores.
Contudo, escutamos um chamado muito forte: o chamado a oferecer o mais valioso que
temos. Não exclusivamente a espiritualidade inaciana, o espírito de comunidade ou o impulso
missionário: porém uma melhor integração das três dimensões. Este é o enorme potencial
profético desta Assembleia. Além disso, ao sermos chamados a dar-nos, nós mesmos, com
nosso desejo e nossa capacidade de ver o misterioso vínculo entre carisma, vocação e
missão, o Espírito nos fez vislumbrar como um “bônus”, por superabundância, o vínculo
fundamental que gradualmente fará da CVX um verdadeiro corpo apostólico de leigos
inacianos. Isto é o que um de nós resumiu com esta clara fórmula: “o discernimento
comunitário oferece unidade no propósito”.
Cremos que levará tempo assumir ao chamado e abrir nosso potencial. Definitivamente muito
mais de cinco anos. Entretanto, para evitar dar a (falsa) impressão de que temos que prepararnos durante muito tempo antes de seguir adiante, propomos intercambiar constantemente a
ordem dos três verbos utilizados no documento final da Assembleia Mundial. Inclusive
sugerimos que se busquem sinônimos que expressem melhor o que significa: “aprofundar,
compartilhar e avançar” para cada comunidade.
Todavia, se é necessário falar sobre o ExCo, devem saber que DESEJAMOS dedicar TODO nosso
mandato para ajudar diretamente e envidar TODOS os esforços nas perspectivas que
respondam ao chamado de Buenos Aires.
2
O discernimento comunitário em um modo de vida que é essencialmente
apostólico. O discernimento comunitário se concilia perfeitamente com o iceberg2
apresentado por Franklin Ibañez, em Beirute. É uma atitude para cultivar em todos
os níveis – a partir do nível “A” –, em nossas famílias, em nossos entornos
profissionais, em todos os lugares onde estamos servindo.
Compartilhar nosso dom, em todas as fronteiras já identificadas ou
emergentes. Mais do que nunca, somos chamados a questionar o que significa ser
leigo e inaciano em nossos campos de missão presentes e futuros. Não se trata de
ser original por prazer ou desafio, mas sim porque consideramos que é nossa
responsabilidade a promoção das “ferramentas” que ajudam a ser contemplativos
na ação. Não é um tesouro para tão somente apreciar, mas sim um dom para
compartilhar, atrevendo-nos a ser criativos no trabalho pastoral.
“Desafios para a missão CVX” Franklin Ibañez. Suplemento Progressio nº 70 (http://bit.ly/suplemento70)
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5
�
Uma visão inter-geracional para compartilhar nosso carisma. Se levamos em
conta a urgência e o desafio para transmitir nosso carisma às gerações futuras,
nosso compromisso com os jovens se converte em uma necessidade mais clara
para transformar o chamado de Buenos Aires em uma realidade. Se cremos que a
CVX é um dom para a Igreja e para o Mundo, é a próxima geração que nos “julgará”
com relação a nossa capacidade para transmitir o fogo.
Formação para o discernimento comunitário. A formação é um requisito básico
para a vitalidade e sustentabilidade de nossa comunidade. Entretanto, somos
chamados a levar com o espírito de Buenos Aires este serviço à comunidade, com o
objetivo de promover a capacidade de nossos membros para converter-se em
agentes de mudança. O ExCo pode mobilizar meios técnicos para facilitar o
intercâmbio de conhecimentos. Também enfocar-se-á prioritariamente em ressaltar
as ferramentas de formação que ajudam as comunidades locais a aproveitar ao
máximo o DEAA3 e ajudam a seus membros a converter-se com autoconfiança em
praticantes do discernimento comunitário como um serviço à Igreja.
A colaboração como uma forma natural de proceder. Queremos desenvolver
colaborações centrando-nos naquelas que oferecem o melhor potencial para fazer
do chamado de Buenos Aires uma realidade. A colaboração não é um tema para
ser explorado de maneira teórica, porém é o modo necessário com que a CVX faz
as coisas neste “kairós” da Igreja.
A Comunicação em si mesma não pode conceber-se simplesmente como um meio
para a vida da CVX. Inclusive a comunicação dirigida principalmente a nossos
membros se revisará em profundidade para promover o surgimento de um corpo
apostólico.
Queremos olhar além do horizonte, ou seja, projetar-nos em um futuro razoavelmente
previsível ainda que não se possa garantir. Será um futuro dentro de 10 ou, inclusive, 20 anos,
que possamos contemplar à CVX convertida em um jogador chave devido a sua capacidade
para sustentar discernimentos comunitários. Há muitas incógnitas no caminho, mas
certamente devemos preparar o cenário agora para que aqueles que nos sucedam possam
continuar o trabalho com confiança e entusiasmo.
-----Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
3
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6
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<strong>Proyectos </strong>| <strong>Projetos</strong>
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Comunidade de Vida Cristã (CVX)
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<span>El boletín <em>Proyectos</em> aparece cuatro veces al año, y sirve de vínculo entre el Consejo Ejecutivo Mundial (ExCo) y cada comunidad nacional.</span>
[pt] O boletim <em>Proyectos</em>, publicado quatro vezes por ano, serve de ligação entre o Conselho Executivo Mundial (ExCo) e cada comunidade nacional.
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Espanhol: <a href="http://www.cvx-clc.net/l-sp/projects.php" target="_blank" title="Proyectos" rel="noreferrer noopener">http://www.cvx-clc.net/l-sp/projects.php</a> <br /><br />Português: Tradução realizada por membro da CVX Brasil
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Conselho Executivo Mundial da CVX (ExCo)
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Projetos 172:<br />Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires
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Junho 2019
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O ExCo Mundial reunido em Namur, Bélgica, durante a Páscoa da Ressurreição faz lembrança e reflete a Assembleia Mundial Buenos Aires 2018
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Tradução de José Pires
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
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Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
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<span style="color:#aeb6bf;">[M]</span> <strong>Magistério da Igreja</strong> | <strong>Magisterio de la Iglesia</strong>
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Magistério eclesiástico
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Documentos conciliares, documentos pontifícios, sínodos, conferências episcopais, CELAM, CNBB.
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A opção de Francisco: evangelizar um mundo em fluxo
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Conferência durante a Assembleia Mundial 2018 sobre Papa Francisco
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Ivereigh, Austen
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Conferência realizada durante a Assembleia Mundial Buenos Aires 2018
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CVX Portugal
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2018-06-24
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The nature or genre of the resource
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Subject
The topic of the resource
Igreja Católica
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Português
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Evangelização
Francisco, Papa
Magistério pontifício
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4296c342252cea724c190c983704a9ee
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a rt i g o
Exercícios Espirituais adaptados
ao discernimento em comum1
Franck Janin, SJ
José de Pablo, SJ
Franck Janin é padre Jesuíta, Presidente da Conferência Europeia de Provinciais
Jesuítas (JCEP), Bruxelas, e
membro da equipe de ESDAC.
José de Pablo é padre Jesuíta,
Sócio do Presidente da JCEP,
Bruxelas, e membro da equipe
de ESDAC.
1. Este artigo foi publicado originalmente em Manresa 90 (2018)
63-72. Nós o publicamos com
autorização de José de Pablo.
T
oda adaptação dos Exercícios Espirituais à prática do discernimento em comum tem em suas raízes dois pressupostos básicos.
Primeiro, da mesma maneira que Deus guia a uma pessoa, pode guiar
a um grupo de pessoas; e o segundo, o Espírito Santo se dá a todos e
atua nos corações de todos. A proposta metodológica desenvolvida
pelo ESDAC (Exercices Spirituels pour un Discernement Apostolique
en Commun) coincide nestes pressupostos para grupos que, especificamente, têm em comum um projeto, um propósito, um objetivo
para os que buscam encontrar a vontade de Deus. Depois de um
processo de amadurecimento de quase cinquenta anos de experiência,
a proposta de ESDAC se entende a si mesma como uma mais entre
outras possíveis. Veremos aqui um pouco de sua história e as duas
chaves de sua pedagogia para o discernimento a partir dos Exercícios
Espirituais: a conversação espiritual e os modos de eleição.
Um grupo, como um só corpo, isto é, como uma pessoa corporativa, pode entender-se como um sujeito de oração e discernimento, como qualquer exercitante que se mobiliza, buscando com
indiferença as luzes que iluminam o caminho pelo qual Deus quer
conduzi-lo. Podemos ampliar este primeiro pressuposto, recordando
que o grupo também é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus
Nosso Senhor [EE 23]. Como pessoa corporativa, também passa
por experiências de graça e de pecado. Em sua vida como grupo,
tem momentos de consolação e desolação, recebe chamados e faz
eleições. Em conjunto, pode reconhecer períodos de vida, de morte
e de ressurreição. Em seu processo de discernimento, o grupo é uma
pessoa corporativa, corpo de Cristo (1Cor 12,27).
Afirmar que a presença do Espírito Santo deu-se a todos por
igual pode parecer uma coisa óbvia, mas com muita frequência
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
59
�sentimos que se deu mais a uns do que a outros. Inclusive em primeira
pessoa: que se deu a mim mais que a outros. Porém, na proposta de
ESDAC não há gurus, nem visionários; todo o acompanhamento
se faz em equipe. A figura do diretor que dá os Exercícios é, neste
caso, uma equipe, que parte do princípio de que o Espírito Santo
está ativo em cada um dos membros do grupo. Portanto, é crucial
escutar a todos e dar espaço a cada um para que possa contribuir com
o conjunto. É por meio da escuta ativa da ação do Espírito em cada
membro do grupo que se pode entender como ele habita e conduz
ao grupo como um todo. Trata-se de encontrar juntos a Sabedoria
de Deus que é um Espírito “inteligente, santo, único, multiforme,
sutil, ágil, perspicaz, sem mancha, lúcido, invulnerável, amigo do
bem, agudo…” (Sab 7,22).
Um itinerário grupal
As raízes de ESDAC encontram-se na instituição de um grupo de jesuítas canadenses e norte-americanos, que junto com uma
equipe de colaboradores compreenderam que tanto a pedagogia, a
arquitetura e a dinâmica dos Exercícios Espirituais poderiam ser
aplicados aos grupos. A equipe denominou-se Ignatian Spiritual
Exercises for the Corporate Person (ISECP). Seu trabalho começou nos
anos 70, na sequência da Congregação Geral 32 da Companhia de
Jesus, na qual tinha crescido a compreensão e a consciência daquelas
que denominamos estruturas de graça e de pecado. Por exemplo, o
alcance do termo “pecado” como pecado estrutural ampliava o sentido
pessoal para estender-se às formas de organização e de estruturas que
surgiam dos grupos humanos e das sociedades. Da mesma maneira,
os grupos poderiam experimentar que a graça antecede ao pecado e
pode vencê-lo. Diante de tais intuições, o grupo ISECP começou a
reunir-se regularmente em Wernersville (Pennsylvania) para desenvolver os meios de estendê-las a um grupo de Exercícios Espirituais.
Durante dez anos, estas reuniões geraram materiais seguindo os
Exercícios Espirituais para ajudar a grupos que manifestavam desejos
de discernir e tomar decisões em comum. Neste nível, o trabalho do
grupo inicial na América do Norte foi muito interessante. Muitos
outros escreveram sobre o discernimento em comum. Sobre sua
necessidade, relevância, dificuldades e objetivos. Mas, de fato, poucos autores desenvolveram uma pedagogia concreta e prática. Este
60
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�2. ISECP GROUP (James Borbely SJ, Marita Carew, John English
SJ, John Haley, Judith Roemer,
George Schemel SJ), Focusing
Group Energies. Common Ground
for Leadership, Organization, Spirituality, University of Scranton,
Scranton, Pennsylvania 1987.
3. M. BACQ, J. CHARLIER, ET
LE EQUIPE ESDAC. Pratique de
discernement en commun. Manuel
des accompagnateurs. Fidélité,
Bruselas 1994.
grupo, pelo contrário, esforçou-se por desenvolver procedimentos
que tratam de concretizar ao máximo possível as condições para o
discernimento. Por exemplo, inclusive detalhando como e por que
sentar-se em círculo, significando assim a equidistância do Centro
do grupo, que é Cristo. E também introduzindo elementos culturais
dos primeiros moradores do Canadá, que, sentados em círculo, em
suas assembleias, passavam entre si uma pena de águia para expressar
quem teria o uso da palavra e a quem os demais deveriam escutar.
Esta pena permaneceu na tradição de ESDAC e hoje é o símbolo
e a logo da equipe.
Em 1987, o ISECP publicou o livro Focusing Group Energies 2 e,
pouco depois, os jesuítas do sul da Bélgica trouxeram esta pedagogia para a Europa. Depois de um período de testes e de adaptação,
a equipe do ESDAC começa a propor seu método para ajudar as
Comunidades de Vida Cristã (CVX) a discernir sobre o seu futuro.
Esta experiência da Bélgica produziu em 1994 o primeiro livro de
ESDAC3.
O enfoque de ambas as publicações é essencialmente prático e
segue o esquema das quatro semanas dos Exercícios Espirituais de
Santo Inácio. Assim, o convite aos participantes nesta modalidade
de discernimento em comum consiste em percorrer as mesmas meditações e contemplações dos Exercícios, adaptadas ao tempo que
precisem dedicar à sua matéria de eleição. O modo e a ordem dos
Exercícios para o grupo estarão sempre em função da importância
que os membros do grupo desejem dar à matéria da eleição e à disponibilidade de seus integrantes. Nos retiros de ESDAC, alternam-se
os encontros plenários e os pequenos grupos, dependendo do número
de participantes, e são fundamentais os tempos de oração pessoal.
Os pressupostos básicos citados acima tomam corpo na conversação
espiritual, que é a ferramenta básica do discernimento em comum.
A conversação espiritual
A conversação espiritual é aquele diálogo do grupo, no qual
se trata de prestar atenção aos movimentos dos espíritos em cada
participante e no grupo. O sentido de “espiritual” não é que só se
fala de assuntos espirituais (oração, liturgia, sacramentos, bíblia etc.).
Conversar espiritualmente é uma forma de falar juntos, tentando estar
atentos às moções boas e más que se dão em cada pessoa e no grupo.
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
61
�Cada tempo de conversação espiritual é precedido por um longo
tempo de oração pessoal. Para esta oração, distribui-se uma folha
que contém pontos, especificando a matéria para rezar e sua relação
com a matéria própria do discernimento: pedir luz, indiferença,
reconhecer o pecado, a graça etc. A prática da conversação espiritual tem uma metodologia concreta, que se pode sintetizar em três
rodadas ou momentos do grupo. Inicialmente, o grupo escolherá um
moderador e um “guardião” do tempo. Em uma primeira rodada,
cada pessoa pode compartilhar os frutos de sua oração. Aqui é onde
se usava e se usa a pena de águia, para expressar que todos escutarão
atentamente a quem está com a pena. Nesta primeira rodada, não há
interação entre os participantes, exceto no caso de se necessitar de
alguma explicação ou esclarecimento do que foi dito. Em seguida,
se fará alguns minutos de reflexão em silêncio, em que cada participante pode perguntar-se como lhe impactou o que foi partilhado
pelos outros: que ressonâncias afetivas eu encontro, que ideias me
parecem novas, que consequências posso tirar etc.
A segunda rodada é mais parecida com uma conversação espontânea, compartilhando o que se refletiu e recebeu dos outros.
Finalmente, a terceira rodada é uma conversação com o Senhor,
à maneira de um colóquio de grupo. Os participantes, unidos em
oração, dão graças pelos chamados — o que os moveu —, e, assim,
pedem forças ou dão graças, segundo se sintam movidos. O exercício
termina com uma pequena avaliação, à maneira de exame da oração,
em que o grupo repassa os passos dados e como podem melhorar
nos tempos seguintes de conversação espiritual [EE 77].
A atmosfera que cria a conversação espiritual tem seu equivalente no diálogo e no Pressuposto [EE 22] que se dá entre aquele que
dá os Exercícios e aquele que os recebe. Quer dizer: um ambiente
de mútua confiança, para salvar a proposição do próximo antes que
para condená-la. No discernimento comunitário, cada um é quem
discerne e cada um é quem ajuda os demais a encontrarem como o
Espírito está movendo o grupo. É um modo de acompanhamento
mútuo, no qual se exercita uma disposição de abertura ao outro e
uma escuta ativa, sem juízos.
Os frutos da conversação espiritual são os exercícios e aprendizagem da escuta atenta. Um modo de escutar agradecido, sem prejuízos
nem juízos posteriores, mas que presta atenção especial aos movimentos internos daquilo que o outro deseja compartilhar. Também
obriga a aprender a falar de maneira clara e concisa, sem medo de
62
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�expressar os sentimentos mais profundos. Para isso, é imprescindível
chegar à liberdade interior, pelo uso da palavra e pela ação da escuta.
Uma liberdade que é necessária para a indiferença própria de todo
discernimento. E isso se faz compartilhando aquilo que amplia ou
restringe a liberdade de cada um. A conversação espiritual nos faz
conscientes de que nem todos pensam e sentem como eu. Mas assim,
cada pessoa pode constatar como o Espírito lhe convida, através das
palavras do outro, a mover-se, a mudar, a considerar o ponto de vista
do outro e, que pode até deixar de lado suas próprias perspectivas.
A conversação espiritual é um convite à conversão. Revela os
próprios limites, os atalhos que cada um toma, os bloqueios diante
do que o outro compartilha e as dificuldades de cada participante
para abrir-se livremente ao Espírito. A experiência é que na solidão
da oração, as perguntas e também as respostas podem-se construir
individualmente, mas, em um grupo de irmãos iguais, é mais difícil
que alguém se engane a si mesmo. Portanto, o fruto principal ao
qual a conversação espiritual conduz é o agradecimento profundo a
Deus através dos membros do grupo. Revela-nos que temos muito
mais em comum do que inicialmente parecia, que a reconciliação é
possível e que o conjunto do grupo é mais do que a simples soma
dos membros.
A conversação espiritual pode vir a ser desordenada e difícil se
cada um dos participantes não estiver profundamente comprometido em um processo que seja também de discernimento espiritual.
Portanto, quando um grupo se lança na conversação espiritual, cada
membro deve zelar por seu processo de reflexão e oração para colocar-se em sintonia com o Espírito. Isto implica que, previamente,
deve-se entregar aos participantes toda a informação útil e necessária
para o assunto que se quer discernir. Do mesmo modo que quando
se trata de um assunto delicado em uma reunião, é muito conveniente deter-se, refletindo em silêncio por alguns minutos antes de
se lançar a falar; a conversação espiritual pede previamente a oração
pessoal. Quando nos lançamos precipitadamente a discutir um
assunto importante para um grupo, sem pararmos para ponderá-lo
individualmente, o resultado costuma ser que, ao invés de ganhar
tempo, se perde tanto o tempo como a profundidade. Quanto mais
complicado e importante seja um assunto para o grupo, mais tempo
de silêncio e de oração faz-se necessário.
Para tratar em profundidade de um assunto, ESDAC tem especial cuidado com o material que é distribuído para a oração, que tem
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
63
�como fundamento o esquema da oração nos Exercícios Espirituais.
Cada folha para oração contém, de maneira muito sóbria, textos
bíblicos ou textos inspiradores recolhidos de distintas tradições ou
culturas. De início vem a composição de lugar, a graça que queremos
alcançar, os pontos para a oração sobre o tema a ser tratado e um
convite ao colóquio final. Os materiais e atividades deste convite
seguem as quatro Semanas dos Exercícios Espirituais, acrescentando
ou adaptando a cada Semana algumas propostas metodológicas que
podem ajudar o grupo a alcançar o seu objetivo.
As Semanas dos Exercícios
Na Primeira Semana, é importante que cada um se sinta parte
da graça recebida no grupo: sua identidade, sua vocação e sua participação na missão de Cristo. Cada pessoa e o grupo são convidados
a “refletir” sobre seu Princípio e Fundamento” e, assim, vai se dando
um processo a partir da oração pessoal à oração de pessoa corporativa.
Aqui serão muito importantes as dinâmicas sobre a linha temporal
do grupo e o ciclo de vida-morte-ressurreição para identificar o
momento em que o grupo se encontra no presente e como, em sua
própria história, há etapas de graça, pecado e conversão. Além disso,
também é possível que nesta Primeira Semana se possa tratar juntos
de questões como o poder, a liderança e a organização do próprio
grupo. É interessante destacar que quando um grupo entra em uma
dinâmica de discernimento, o faz levando consigo toda a bagagem
das relações interpessoais, dos movimentos interiores, das histórias
passadas e as consequências das decisões anteriores. As obscuridades
e as feridas, assim como os momentos de graça e de confirmação
estarão presentes na hora de discernir em comum e as dinâmicas
estão focadas para dar nomes à história de cada grupo.
A linha temporal da vida de um grupo mostra ser um exercício
muito revelador, que pode ajudar a ter uma visão de conjunto e ser
um elemento catalizador da reconciliação dentro do grupo. Não se
trata de unir dados objetivos externos, mas de que o próprio grupo
vá fazendo sua própria linha temporal à memória de seus eventos
significativos ou da instituição que o reúne. A seleção de eventos
implica um processo de oração pessoal e de conversação espiritual,
pedindo a graça de apreciar a ação de Deus e a de sua graça para
que o grupo o possa seguir melhor. É uma forma de avaliação, mas,
64
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�ao mesmo tempo, pode servir para ver as necessidades do grupo ou
suas prioridades, dentro de um período concreto.
Outro exercício que acompanha todo o processo de discernimento é o ciclo de vida-morte-ressurreição. Em sua base está o desejo de
alcançar o conhecimento interno das dinâmicas de vida, de morte e
de ressurreição que se dão no funcionamento de um grupo. Em uma
explicação demasiado sucinta para o que esta dinâmica proporciona,
trata-se de reconhecer as etapas pelas quais passa um grupo, desde
os seus desejos fundacionais, seus mitos e aspirações primeiras, até a
situação atual de discernimento, para vislumbrar a etapa futura. Mais
do que um círculo fechado, a figura gráfica deste exercício deveria
mostrar um movimento ondulatório: nele há uma ascendência, por
meio da colocação em comum dos desejos iniciais, passando por
diversas etapas da urdidura de seus objetivos, institucionalização,
programação e gestão, entre outras; e há movimentos descendentes,
que vêm pela avaliação e a dúvida aplicadas aos procedimentos, às
ideologias ou à ética do grupo. Trata-se, assim, de tomar consciência
do momento em que o grupo se encontra, não somente a partir de
sua história (linha temporal) mas também a partir de sua vitalidade
em um ciclo de vida, morte e ressurreição.
A Segunda Semana tem como centro o chamado do Rei Eterno.
Aqui, ganha força a vida apostólica do grupo, o chamado original e
os desejos de seguir o Senhor. Nela volta-se aos exercícios descritos
anteriormente para ver o que está vivo no grupo, o que está morto e
o que necessita ressuscitar. Neste momento o grupo se exercita como
grupo nas meditações próprias da Segunda Semana: Encarnação,
Duas Bandeiras, Três Binários (ou Três Tipos de Grupos) e as
Contemplações da Vida de Cristo. E assim também aprende a
formular e compartilhar as consolações e desolações que acontecem
em grupo. O mesmo acontecerá na Terceira e na Quarta Semanas,
mas aí centrando-se respectivamente nas vivências de morte e ressurreição dentro do grupo.
Os tempos de Eleição.
Quanto ao momento de eleição no discernimento comunitário,
à maneira do individual, distinguem-se três tempos possíveis para se
fazer uma boa e sã eleição [EE 169]. O Primeiro Tempo de eleição
supõe para o grupo a mesma clareza e consenso que Inácio propõe
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
65
�nos Exercícios [EE 175]. Assim, Deus pode mover a vontade de
um grupo, de tal forma que não haja dúvida nem possam duvidar
de qual é a Sua vontade. O Segundo Tempo é aquele que depende
da experiência de discernimento dos dias anteriores: de como se
experimentou os movimentos dos diversos espíritos, iluminando ou
obscurecendo a experiência do grupo. Para descobri-lo, é necessário
recapitular a conversação espiritual do grupo. Quando cada um fala
sinceramente sobre o assunto que se quer discernir, o grupo vai descobrindo as moções e o resultado delas na reflexão do próprio grupo.
Como uma pessoa corporativa, o grupo, por si mesmo, pode sentir
que se move em uma ou outra direção. Pode haver momentos de lutas
que podem ser árduos para os integrantes, mas, gradualmente, vão
se encontrando e identificando as consolações e desolações, assim
como a direção a que apontam.
No Terceiro Tempo de eleição, o grupo em seu conjunto está em
situação de tranquilidade, ainda que nem todos os seus membros.
Esta quietude ajuda a confrontar as distintas alternativas sobre a
matéria que se quer discernir. Então, o melhor é usar a mesma metodologia de Santo Inácio, refletindo sobre as vantagens e benefícios
possíveis e também sobre as desvantagens e riscos que se possa correr
ao tomar uma decisão. No entanto, quando se trata de um grupo,
os passos podem ser um pouco mais complexos do que quando se
discerne individualmente. O grupo ISECP sintetizou sua proposta
em sete passos para o discernimento comunitário4.
1. Uma atmosfera de grupo e uma atitude pessoal para explicitar a fé. O grupo necessita ter plena consciência de sua fé,
como condição básica para abrir o tempo de discernimento.
2. Disponibilidade para, na oração, pedir luz e reta intenção,
antes, durante e depois. Os participantes necessitam do
contato com o Senhor de forma individual e grupal no
processo de discernimento. Esta atitude pede um cuidado
e atenção maiores do que em outros momentos de oração
meditativa ou contemplativa.
3. Liberdade interior, que vem da liberdade espiritual. Todos
devem compreender e querer desprender-se de seus afetos
desordenados e de suas ataduras.
4. Informação compartilhada e assimilada. O discernimento
não inclui a necessidade de ter toda a informação concreta
sobre as implicações do que se quer decidir. Nem toda
matéria é apropriada para o discernimento em comum. Há
66
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
4. SCHEMEL, G. J.; ROEMER, J. A.
“Communal Discernment”, Review
for Religious (nov/dic 1981) vol. 40
n. 6. Revisado em julho de 1992.
�temas que são tão corriqueiros, que podem ser geridos no
âmbito puramente administrativo e não devem entrar em
discernimento. Mas aquilo que toca a identidade, a vocação e a missão do grupo, pode sim ser discernido à luz do
Evangelho.
5. Formular a matéria do discernimento da maneira mais
simples possível, de modo que se possa distinguir e separar
as razões a favor e contra. Os que discernem deverão dedicar tempos distintos e declarar separadamente os prós e os
contras da matéria da eleição.
6. Tentar alcançar o consenso. O grupo será convidado a
declarar o grau de consenso que alcançou e os pontos em
comum sobre os quais há desentendimento.
7. Confirmação, como consequência, a partir do interior e do
exterior: o interior significa ter encontrado paz e alegria
no Espírito; o exterior significa ver como o tempo afetará
a decisão [EE 187] e verificar a congruência da decisão em
relação às autoridades legítimas das quais o grupo depende.
No caso de que o grupo esteja articulado sob o voto de obediência da vida religiosa, pode ser de grande ajuda declarar inicialmente
se a decisão é vinculante ou se é uma consulta não vinculante, que,
ao final, depende da autoridade de um Superior para levar a termo
a decisão. Obviamente, o discernimento costuma implicar na eleição
entre duas coisas boas, o que supõe áreas que não se distinguem com
facilidade, onde falta a clareza e a certeza sobre qual será a melhor
opção. Nestes momentos, a figura do Superior pode ser de grande
ajuda para terminar os processos de discernimento. Por outro lado,
normalmente, ninguém quer ser o responsável último por fechar uma
instituição, retirar uma subvenção, abrir um campo de apostolado
conflitivo etc…. Assim, o apoio na oração que o discernimento comunitário supõe, se faz cada vez mais necessário para sentirmos que,
inclusive em nossas inseguranças, estamos seguros nas mãos de Deus.
ESDAC, uma forma, entre outras, de discernir
Na história de cada grupo, haverá momentos em que se experimenta frustração. Todo grupo humano é suscetível de ficar imobilizado por prejuízos, projeções, lutas de poder, inclinações pessoais,
manipulação e silêncios, que contaminam a interação do grupo. O
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
67
�próprio grupo pode parecer o maior obstáculo para que os esforços e
qualidades pessoais possam dar frutos, mas, em tempos de estruturas
pessoais líquidas e de crescente individualismo, parece que a comunidade é o melhor espaço para a escuta de Deus. Ninguém tem os
ouvidos suficientemente grandes para abarcar toda a riqueza daquilo
que Deus tem para nos dizer. Assim, a redescoberta do discernimento
comunitário aparece como uma alternativa à fragmentação pessoal e
à estreiteza do olhar individual, para abrir-nos a novas possibilidades
de coesão, amplitude, profundidade das opções ao nosso alcance na
construção do Reino de Deus.
As ferramentas e recursos do discernimento comunitário propostos por ISECP e ESDAC bebem, principalmente, da fonte dos
Exercícios Espirituais. Além disso, ao longo de anos de experiências,
também beberam de outras fontes, próprias do mundo das organizações corporativas, de distintas escolas de psicologia e das correntes
da Comunicação Não Violenta. Por exemplo, o grupo originário da
América do Norte encontrou inspiração nos trabalhos do pedagogo
brasileiro Paulo Freire e em suas intuições sobre a libertação por meio
do diálogo. A formação dada por ESDAC, baseada sobretudo na
aprendizagem prática, apoia-se também em alguns estudos sobre a
inteligência coletiva e a sociocracia5.
ESDAC já vem aplicando a sua metodologia há mais de 25 anos,
a centenas de grupos diferentes. A gama de possibilidades pode ir
desde um dia de retiro para uma equipe paroquial até a um processo
de três anos de discernimento para todas as comunidades de A Arca
ao redor do mundo. A formação e suas equipes de trabalho estão
se espalhando por vários países, evoluindo continuamente em seus
métodos, mas com os mesmos fundamentos. Cada situação de cada
grupo é única e pede um acompanhamento em equipe, que pode oferecer distintos meios, mas mantendo-se como um pêndulo centrado e
deixando todo o poder nas mãos do grupo. ESDAC é simplesmente
uma forma a mais de ajudar no discernimento comunitário, entre
outras maneiras e escolas que a rica tradição inaciana oferece.
68
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
5. Para saber mais sobre ESDAC
ver <www.esdac.net>.
�Subsídio
Conversação Espiritual1
1. Este é um dos Subsídios dados pela equipe de ESDAC para
a experiência de discernimento na
Assembleia Mundial da CVX. Cf.
artigo nas páginas 71-78.
2. Para compreender o sentido da
pena cf. p. 61 desta edição.
P
ara favorecer a escuta e a expressão em uma partilha.
A atitude principal é uma escuta respeitosa e agradecida.
Aquele que tem a pena em suas mãos não é interrompido2.
Cada pessoa é uma “expert de sua própria experiência”.
Cada um fala por turno. Enquanto tem a pena em suas mãos,
tem a palavra. Não o interrompemos. Compartilhe o que você pode.
Não se entregue mais do que você deseja.
Tempos de silêncio são adequados e necessários.
Respeite o que é confidencial. Fora do grupo, não conte a ninguém o que se disse, a não ser com o consentimento da pessoa que falou.
Descreva sua experiência de maneira breve e clara. O pequeno
grupo de partilha não é o lugar de fazer uma homilia, converter a
outros a seu ponto de vista, impor a outros suas ideias favoritas.
Nem é o lugar para resolver os problemas dos demais ou levarlhes socorro.
Fale em forma de “eu” e não de “as pessoas”. Fale em seu próprio
nome.
O guardião do tempo zela para que, no tempo concedido, cada
um tenha o tempo de expressar-se e para que o grupo faça, se possível,
pelo menos as duas primeiras rodadas de partilha.
As três rodadas para partilhar
Primeira rodada. Cada um partilha por turno os frutos de
sua oração que acaba de viver, eventualmente com a ajuda de notas
tomadas na releitura. Durante esta primeira rodada, não reagimos
ao que é compartilhado, a não ser para pedir algum esclarecimento.
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
69
�Segunda rodada. Faça alguns momentos de reflexão silenciosa
sobre a experiência comum que constitui a “primeira rodada” de
partilha: O que me tocou? O que descobri de novo? Tenho alguma
pergunta? Em seguida, partilhem, deixando espaço livre para as
interações entre vocês. Ao terminar esta rodada, tratem de nomear
o consenso que há atualmente entre vocês.
Terceira rodada. Quem deseja toma a palavra para dialogar com
o Senhor, em relação ao que foi vivido e compartilhado.
70
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[E]</span> <strong>Dimensão espiritual</strong> | <strong>Dimensión espiritual</strong>
Description
An account of the resource
<ul><li>Itens referentes a espiritualidade em geral</li>
<li>Materiais de estudo sobre a espiritualidade inaciana, incluindo os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.</li>
</ul>
Subject
The topic of the resource
Dimensão espiritual | Dimensión espiritual
Espiritualidade inaciana | Espiritualidad Ignaciana
Language
A language of the resource
pt
es
Rights
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<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt" target="_blank" rel="noreferrer noopener">CC BY-SA</a>
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Title
A name given to the resource
Exercícios Espirituais adaptados ao discernimento em comum
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Janin, Franck, SJ; Pablo, José de, SJ
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
setembro 2018
Description
An account of the resource
A proposta metodológica desenvolvida pelo ESDAC (Exercices Spirituels pour un Discernement Apostolique en Commun) coincide nestes pressupostos para grupos que, especificamente, têm em comum um projeto, um propósito, um objetivo para os que buscam encontrar a vontade de Deus. Depois de um processo de
amadurecimento de quase cinquenta anos de experiência, a proposta de ESDAC se entende a si mesma como uma mais entre
outras possíveis. Veremos aqui um pouco de sua história e as duas
chaves de sua pedagogia para o discernimento a partir dos
Exercícios Espirituais: a conversação espiritual e os modos de eleição.
Este método foi aplicado durante a Assembleia Mundial CVX Buenos Aires, 2018.
Language
A language of the resource
pt-BR
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Itaici - Revista de Espiritualidade Inaciana
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Artigo
Source
A related resource from which the described resource is derived
Este artigo foi publicado originalmente em Manresa 90 (2018) 63-72. Publicado na Revista Itaici(113), Setembro de 2018 com autorização de José de Pablo.
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Discernimento espiritual | Discernimiento espiritual
ESDAC
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/1cdb34d08a1d3db2777ebb847554a741.pdf?Expires=1712793600&Signature=e7uA4Ezx9Av%7EelG20LtiXWO4q9cDHB40WvTHQbVg0lomjSK45uLx%7EaU6b1tBFXqHqjaP2rino221q2pcQtjEabFVLFQhVrw5IVWTnlEcxfqnGaCsjRyFtIuM8L%7E5NWmVHitX6bFnmc4Z7dhLGWTAaNbr0ROMU2nhgtoY0yQ4sieWFaZcKqQ73pFaC84DocMukHZG6lO6MBA-ri4st8B5YDNSi3i6WL3QNUp8gLMnL9lAZu6K-Q%7E4F2tel2yGK48KeTxgR8ybVyIk7aHF1Sx6C4Y9n-8l5SinyxphDPD5iZ%7EHO45Z%7EFlp9PfO9dZKnqdJSyql8IFkieLNAe9sYkJArw__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
e9021aa22fc97794295b5e9c4b6212cf
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Title
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<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
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[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
Language
A language of the resource
pt
es
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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A name given to the resource
CVX um presente para igreja e para o mundo: Mensagem do Presidente da CVX Mundial à Assembleia Mundial de Buenos Aires 2018
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An account of the resource
Mensagem do Presidente da CVX à Assembleia Mundial Buenos Aires 2018
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An entity primarily responsible for making the resource
López Oropeza, Mauricio
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A related resource from which the described resource is derived
CVX Portugal
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018-07-22
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PDF
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The nature or genre of the resource
Texto
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CVX Portugal
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The topic of the resource
Assembleia Mundial | Asamblea Mundial
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pt-PT
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
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-
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<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
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Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
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[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
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A name given to the resource
O dom dos 50 anos da CVX
Subject
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Assembleia Mundial CVX
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Conferência sobre os 50 Anos da CVX realizada na Assembleia Mundial CVX Buenos Aires 2018
Creator
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Palencia Gómez, Maria Magdalena
Source
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CVX Portugal
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018-07-25
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Language
A language of the resource
Português
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The nature or genre of the resource
Texto
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
História da CVX
-
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��
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<span style="color:#aeb6bf;">[M]</span> <strong>Magistério da Igreja</strong> | <strong>Magisterio de la Iglesia</strong>
Subject
The topic of the resource
Magistério eclesiástico
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Documentos conciliares, documentos pontifícios, sínodos, conferências episcopais, CELAM, CNBB.
Principalmente links para recursos na Internet.
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Carta do Papa Francisco à Assembleia Mundial 2018 da CVX
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Papa Francisco à Assembleia Mundial 2018 da CVX
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Papa Francisco
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CVX Portugal
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9 de junho de 2018
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The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Texto
Identifier
An unambiguous reference to the resource within a given context
Carta do Papa Francisco para a CVX na Assembleia Mundial Buenos Aires 2018
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã (CVX)
Language
A language of the resource
pt-PT
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Francisco, Papa