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COMUNIDADES DE VIDA CRISTÃ DO BRASIL
REUNIÃO ORIENTADA
JUNHO/2020
Queridos companheiros de caminhada,
Esta proposta de reflexão Comunitária que encaminhamos às Comunidades CVX de todo o Brasil surge
como fruto de nosso último Encontro Nacional, em 2019. Em Brasília, ficou claro à comunidade ali reunida,
o desejo e a necessidade de retorno às nossas origens espirituais, os EE.EE., que nos convocam a ter os
olhos postos na pessoa de Jesus Cristo e, com Ele e Nele, encontrarmos respostas aos desafios que
encontramos em nossa caminhada.
Desde março, quando a OMS declarou a existência de uma pandemia, vimos a humanidade sucumbir a um
vírus que desconhece fronteiras. Mais intensamente temos vivenciado desde então o medo, a incerteza, a
insegurança, o silêncio das mortes... Mas, vivemos também a fé que nos é dada como dom de Deus e que
desfrutamos da graça de partilhá-la em comunidade. Descobrimos novas formas de estarmos juntos e, sem
dúvida, muito temos a agradecer pela experiência de viver tudo isso em uma comunidade de vida e fé.
Um dos momentos mais marcantes dos últimos meses sem dúvida foi a figura do Papa Francisco, na Praça
de São Pedro vazia em uma tarde tristemente chuvosa, rezando por vítimas e combatentes da COVID-19,
no dia 27 de março. Ele será o nosso ponto de partida. Colocamos como TEXTO ILUMINADOR para essa
proposta a homilia então lida pelo Papa e cujo que segue anexo a este. O TEXTO BÍBLICO que conduzirá
nossa reflexão será o da tempestade acalmada, relatada pelo Evangelho de São Marcos, capítulo 4,
versículos 35-41.
O isolamento social fez com que nos reinventássemos para que conseguíssemos nos reunir. Sabemos que
nem todas as comunidades possuem as mesmas facilidades para encontros virtuais. Mas sabemos também
que o Espírito é pródigo e tem nos ajudado a encontrar soluções para que não nos percamos. Gostaríamos
muito de poder repetir com essa proposta o que foi vivido em Brasília quando experimentamos a dinâmica
do discernimento realizada na Assembleia Mundial de Buenos Aires. Infelizmente, sabemos que isso não
será possível na sua plenitude. Por isso, a dinâmica que vamos propor deve ser usada por cada comunidade
na medida em que conseguir se reunir, tomando o tempo que for necessário, sendo este uma ou mais
reuniões. Propomos também que enquanto durar a reflexão dos textos sejam eles também tomados por
cada membro como oração pessoal no intervalo entre as reuniões, na medida em que isso for também
possível.
Sugerimos que este material seja enviado a todos os membros da comunidade para leitura e oração ainda
antes da reunião (ou reuniões) que a comunidade fizer sobre o mesmo.
Que o Espírito do Senhor nos conduza e que a Virgem Maria nos coloque junto com Seu Filho para que
possamos, ao final dessa jornada, receber como frutos os dons que nos irmanam nesta Comunidade de
Vida Cristã do Brasil.
Com nosso afeto,
Equipe de Formação Nacional
�DICAS DE
O propósito deste material é refletirmos como Comunidade Nacional sobre a realidade atual em um
cenário em que a humanidade como um todo, e a sociedade brasileira em particular, enfrenta uma crise
sem precedentes. Vivemos neste momento diversas crises: sanitária, política, social e ética. Nossas
respostas às interpelações que delas decorrem devem ser testemunho da nossa espiritualidade e
experiência comunitária. Portanto, o que se busca como fruto dessa proposta de Reunião Orientada
para todas as comunidades do Brasil são pistas que nos revelem possibilidades de uma caminhada
comum nos diversos níveis da CVX (local, regional ou nacional).
Cada comunidade deverá encontrar, a partir de sua própria dinâmica, a melhor forma de realizar as
reflexões que serão propostas. Trabalharemos o texto bíblico que nos conta o episódio da tempestade
acalmada (Mc 5, 35-41). Algumas sugestões:
a. Cada membro pode rezar individualmente o texto e as proposições colocadas, buscando deixar para
a reunião da comunidade o maior tempo possível para a partilha, cuidando que esta seja mais de
moções que de interpretação textual ou exegese.
b. Caso seja necessário, a comunidade pode estender a reflexão por mais de 1 reunião.
c. Criar uma dinâmica diferente do habitual para a partilha. Por exemplo, cada membro, a partir de
sua oração pessoal, pode escolher um objeto simbolize o fruto de sua oração e iniciar sua partilha
apresentando-o aos demais.
O fruto das reflexões comunitárias deverá ser recolhido e partilhado com a Comunidade Nacional,
para que nos reconheçamos como companheiros que partilham uma Missão Comum. A Equipe de
Formação Nacional e o CEN estão estudando uma forma de celebrarmos juntos todos os frutos que o
Senhor nos concederá.
�“POR QUE SOIS TÃO MEDROSOS? AINDA NÃO TENDES FÉ?”
Proposta para reflexão sobre o Evangelho de São Marcos, capítulo 4, versículos 35-41
1. Oração Inicial
Conforme o costume da comunidade
2. TEXTO BÍBLICO (Mc 4, 35-41)
Ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado do mar”. Então, eles deixaram a
multidão e subiram na barca, onde Jesus já se encontrava. E outras barcas estavam com ele.
Começou a soprar um vento muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que ela já estava
se enchendo de água. Jesus estava na parte trás da barca, dormindo com a cabeça num travesseiro. Os
discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, não te importa que nós pereçamos?” Então, Jesus se levantou
e ameaçou o vento e disse ao mar: “Cala-te! Acalme-se!” O vento parou e tudo ficou calmo. Depois, Jesus
perguntou aos discípulos: “Por que vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?”
Os discípulos ficaram muito cheios de medo e diziam uns aos outros: “Quem é esse homem, a quem até o
vento e o mar obedecem?”
3. DINÂMICA
A proposta é refletir sobre o texto a partir dos 4 elementos que compõem a narrativa: a tempestade, a
barca, os discípulos e Jesus. Para cada um será feita uma introdução à qual deve seguir um momento
de oração. Após este momento, a comunidade partilhará, ouvindo cada um de seus membros. Ao
finalizar a partilha, deve ser feito um momento de silêncio em que ecoe no coração de cada um o que
o outro disse. Pode-se ouvir uma pequena música neste tempo, que não deve ser superior a 10 minutos.
A seguir, a comunidade deve fazer uma nova rodada de partilha ainda sobre aquele elemento. Terminar
com uma oração de agradecimento e um registro das moções surgidas na partilha.
3.1. A tempestade
São Marcos nos conta uma noite de tempestade. Ventos, ondas fortes, escuro, ruídos... um cenário
de terror e medo. Vivemos também tempestades da alma, provocadas por situações internas e
externas a cada um de nós. Sentimos todos o medo da morte, especialmente neste momento em
que se luta contra um inimigo invisível e cruel. Alguns vivem a incerteza do desemprego, a tristeza
da solidão, o escuro da desolação interior.
A partir do texto lido, vou refletir:
Qual é a tempestade que enfrento hoje? Quais são os meus medos, as minhas inseguranças, os
meus desalentos? O que mais me dói, o que mais me questiona, o que mais desejo ver
transformado?
3.2. A barca
A barca era o veículo que levaria o grupo à outra margem. Tinha, portanto, força propulsora em
suas velas e direcionamento com o seu leme. Era o espaço que os acomodava e que vencia as águas
do lago, em dias de calmaria ou não. Podemos considerá-la como o espaço de acolhimento e
movimentação daquele grupo. Contudo, em meio a uma forte tempestade, pode se partir se não
tiver estrutura suficiente para enfrentá-la. Ou pode apenas balançar, tremer, rasgar suas velas, mas
ser capaz de resistir e ver chegar novamente a calmaria.
�A partir do texto lido, vou refletir:
Em que barca eu me encontro? Quais são os espaços de acolhimento e propulsão que
possuo/frequento hoje? Para onde me levam? Como se comportam em meio a uma
tempestade?
3.3. Os discípulos
O grupo de discípulos de Jesus era bastante diferente entre si. Mesmo aqueles que tinham algum
parentesco mostram personalidades totalmente diversas. Eram certamente homens que buscavam
algo mais e que encontraram em Jesus um sentido para suas vidas. Suas características humanas
são mostradas muitas vezes nos Evangelhos: sentem medo, sentem fome, não sabem como
proceder em situações mais complicadas, algumas vezes parecem impetuosos, ambiciosos,
descrentes... mas, junto do Mestre vivem a experiência da comunidade que se reúne em torno do
Senhor e, com os olhos postos Nele, aprendem uma nova forma de viver e se colocar no mundo. E,
mais ainda, movidos pelo Espírito Santo, construirão o que conhecemos hoje como Igreja.
A partir o texto lido, vou refletir:
Que discípulo eu sou? Quais minhas forças e fraquezas? Que outros discípulos caminham
comigo? Que comunidade me acolhe? Como comunitariamente construímos a Igreja?
3.4. Jesus
O Senhor dorme na parte de trás do barco. Aparentemente, não vê a chuva, não ouve o vento, não
se aterroriza com as ondas. Ao ser chamado, compreende o temor de seus amigos e acalma o mar
e o vento. E se surpreende por ver o medo entre eles. “Ainda não tendes fé?” A pergunta e Jesus,
deixa os discípulos confusos e provoca uma conversa entre eles. São essas perguntas e gestos de
Jesus que vai transformando aqueles homens e farão deles os que primeiro viverão a certeza do
legado deixando pelo Mestre antes de subir aos céus: “Vão e façam com que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os
a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”
(Mt, 28, 19-20).
A partir do texto lido, vou refletir:
Onde está Jesus na minha vida hoje? Se Ele dorme, porque não O chamo? Ainda não tenho fé?
Como posso ajudá-Lo a acalmar as tempestades em que me encontro? Como vivo o legado
que Ele me deixa?
4. ENCERRAMENTO
A comunidade deverá fazer um propósito escolhendo um versículo do Evangelho que o represente.
Esse versículo deverá ser registrado e assumido pela comunidade como um símbolo ou marca deste
momento. No tempo oportuno, toda a CVX Nacional será convidada a partilhá-lo com os demais.
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Liturgia e celebrações | Liturgia y celebraciones
Subject
The topic of the resource
Liturgia | Liturgia
Música | Música
Espiritualidade | Espiritualidad
Bíblia | Biblia
Description
An account of the resource
Material para vivência celebrativa. Roteiros de celebrações, lucernários, ofício divino, novenas, tríduos, vigílias, canções, músicas, cifras, partituras, gravações.
Material para vivir la celebración. Itinerarios de celebraciones, lucernarios, oficio divino, novenas, triduo, vigilias, cantos, música, partituras, grabaciones.
Language
A language of the resource
es
pt
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
“Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?"<br /><p>REUNIÃO ORIENTADA</p>
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Equipe de Formação Nacional da CVX Brasil
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
Junho 2020
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
O propósito deste material é refletirmos como Comunidade Nacional sobre a realidade atual (pandemia COVID-19 e Corona Virus) em um cenário em que a humanidade como um todo, e a sociedade brasileira em particular, enfrenta uma crise sem precedentes. Vivemos neste momento diversas crises: sanitária, política, social e ética. Nossas respostas às interpelações que delas decorrem devem ser testemunho da nossa espiritualidade e experiência comunitária. Portanto, o que se busca como fruto dessa proposta de Reunião Orientada para todas as comunidades do Brasil são pistas que nos revelem possibilidades de uma caminhada comum nos diversos níveis da CVX (local, regional ou nacional).
Language
A language of the resource
pt-BR
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CVX Brasil
Contributor
An entity responsible for making contributions to the resource
Equipe de Formação Nacional da CVX Brasil
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF e DOC
Type
The nature or genre of the resource
Roterio de Reunião
Covid-19
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Isolamento Social
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12 de junho de 2021
Festa do Imaculado Coração de Maria
Oficina de Discernimento em Comum
Folha de oração para preparar nosso encontro
Texto: Lucas, 2, 41-51
"Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo
ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em
Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele
estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de
um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o
encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o
acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e
interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da
sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E
sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu
andávamos à tua procura, cheios de aflição”. Respondeu-lhes ele: “Por
que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu
Pai?” Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida,
desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas
essas coisas no seu coração."
A imagem
A Sagrada Família é como uma comunidade, eles estão em Nazaré há anos, mas as novidades
acontecem com o passar do tempo. Maria e José não podem enquadrar Jesus em uma imagem
fixa de Deus, mas vão descobrindo sua vida divina, ainda que na perplexidade, na perda e na
novidade. Maria guarda tudo em seu coração.
A Graça que peço:
Senhor, dê-me um conhecimento interno de como tem sido meu relacionamento contigo desde
o início da pandemia, tanto pessoalmente quanto em comunidade, para que possas renovar em
mim o desejo de amar-te e seguir-te.
Pistas para oração:
•
•
•
•
Aproveito para respirar e reconhecer que estou sempre na presença de Deus e peço à
Nossa Senhora para me acompanhar neste momento de oração.
Imagino o texto do Evangelho: vejo as pessoas, ouço o que dizem ... como se estivesse
presente.
Que experiências de mudança, de novidade, de crise na minha maneira de conhecer
Deus, tenho vivido?
Como me tem transformado pessoal e comunitariamente, em consolação ou em
desolação?
O que guardei no coração dessas experiências com Deus?
�Colóquio:
Coloco diante do Senhor o que senti em oração e compartilho com Ele. Eu
ouço o que Ele me diz. Eu também peço a Nossa Senhora para que me
coloque hoje com o seu Filho e eu concluo com uma ave-maria.
Para compartilhar no grupo no dia do encontro:
Posso escrever no coração uma palavra ou símbolo que expresse o que eu
aprendi, como me sinto e como posso ajudar outras pessoas a partir do
relacionamento com Jesus que vivi nesta oração.
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12 de junio 2021
Fiesta del Inmaculado Corazón de María
Taller de Discernimiento en Común
Hoja de Oración para preparar nuestro encuentro
Texto: Lucas, 2, 41-51
"Sus padres iban todos los años a Jerusalén a la fiesta de la Pascua. Cuando tuvo doce años, subieron
ellos como de costumbre a la fiesta y, al volverse, pasados los días, el niño Jesús se quedó en
Jerusalén, sin saberlo sus padres. Pero creyendo que estaría en la caravana, hicieron un día de
camino, y le buscaban entre los parientes y conocidos, pero al no encontrarle, se volvieron a Jerusalén
en su busca. Y sucedió que, al cabo de tres días, le encontraron en el Templo sentado en medio de
los maestros, escuchándoles y preguntándoles; todos los que le oían, estaban estupefactos por su
inteligencia y sus respuestas. Cuando le vieron, quedaron sorprendidos, y su madre le dijo: «Hijo,
¿por qué nos has hecho esto? Mira, tu padre y yo, angustiados, te andábamos buscando.» El les dijo:
«Y ¿por qué me buscabais? ¿No sabíais que yo debía estar en la casa de mi Padre?» Pero ellos no
comprendieron la respuesta que les dio. Bajó con ellos y vino a Nazaret, y vivía sujeto a ellos. Su
madre
conservaba
cuidadosamente
todas
las
cosas
en
su
corazón."
La imagen
La Sagrada familia, es como una comunidad, llevan años de andadura en Nazaret, pero las
novedades suceden según pasa el tiempo. María y José no pueden encerrar a Jesús en una imagen
fija de Dios, sino que van descubriendo su vida divina, aún en el desconcierto, la pérdida y la
novedad. María lo guarda todo en su corazón.
La Gracia que pido:
Señor, dame conocimiento interno de cómo ha sido mi relación contigo desde el comienzo de la
pandemia, tanto personalmente como en comunidad, para que puedas renovar en mi el deseo de
amarte y seguirte.
Pistas para la Oración:
Tomo tiempo para respirar y reconocer que siempre estoy en presencia de Dios y le pido a Nuestra
Señora que me acompañe en este momento de oración.
Imagino el texto del evangelio: veo las personas, oigo lo que dicen… como si estuviera presente.
¿Qué experiencias de cambios, de novedad, de crisis en mi manera de conocer a Dios he vivido?
¿Cómo me han transformado personal y comunitariamente, en consolación o en desolación?
¿Qué he guardado en el corazón de estas experiencias con Dios?
Coloquio:
Reúno delante del Señor lo que he sentido en la oración y lo comparto con
Él. Escucho lo que él me dice. También le pido a Nuestra Señora que me
ponga hoy con su Hijo y concluyo con un Ave María
Para compartir en el grupo el día del taller:
Puedo escribir en el corazón alguna palabra o símbolo que exprese lo que
he aprendido, cómo me siento y cómo puedo ayudar a otros desde la
relación con Jesús que he vivido en esta oración.
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Guia para Conversação Espiritual em Grupos
A conversação Espiritual:
Diretrizes para promover a conversação espiritual em um grupo após a oração pessoal:
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
A atitude principal é a escuta ativa, respeitosa e
agradecida.
Em um encontro presencial, quando uma pessoa deseja
falar, ela toma consigo a pena.
A pena ou qualquer outro objeto simbólico para
expressar com um gesto claro que pede a palavra.
Enquanto tem a pena, tem a palavra. Ninguém mais fala.
Isso permite aos mais tímidos buscar suas palavras e,
assim também se expressar.
Em uma reunião virtual, se levanta a mão ou se pede a
vez para falar.
Cada pessoa é uma especialista da sua própria experiência.
Ao nos revezarmos, respeitamos quem tem a palavra e o que se quer compartilhar e
silenciar. Cada participante expressa o que quer e deseja compartilhar, sem se forçar a
mais, escolhendo o que deseja comunicar.
Os momentos de silêncio também são adequados e necessários.
Respeitamos o que é confidencial e não o retiramos do grupo sem a autorização da
pessoa que o expressa.
É bom escolher o que queremos dizer de antemão e descrever sua própria experiência
de forma breve e clara.
O grupo não é o lugar para fazer uma homilia, para impor ideias ou para converter os
outros ao nosso ponto de vista. Nem é o lugar para resolver os problemas dos outros,
fazer terapia ou socorrer ao outro.
É conveniente falar em forma de “eu”, em nome próprio, na primeira pessoa, “acontece
comigo”; melhor do que falar "a gente", "eu conheço alguém que acontece com ele" "o
que acontece com você ...".
Controle de tempo: não é necessário que ninguém conduza o grupo, mas entre os participantes
pode-se escolher um facilitador que lembre do tempo de cada rodada, conforme explicado a
seguir. Assim todos serão iguais na hora de participar e terão o mesmo tempo para falar, ficar
quieto e ouvir.
As três rodadas para compartilhar:
Embora possa parecer um pouco forçado ou artificial no início,
essas três rodadas podem ajudar a aprofundar juntos, deixando um
espaço para cada pessoa do grupo. É como uma escada de três
voltas onde o grupo sobe em escuta, interação e oração. Pensando
em uma hora de reunião de grupo de 5 ou 6 pessoas, ela poderia
ser distribuída da seguinte forma:
�Primeira rodada: (4-5 minutos por pessoa)
Cada participante, por sua vez, compartilha os frutos de sua oração, pode ser com a ajuda das
anotações feitas no final da oração pessoal. Nesta primeira rodada, não reagimos ao que é
compartilhado, a menos que seja necessário pedirmos uma explicação específica. Cada um ouve
ativamente o que os outros desejam compartilhar.
Segunda rodada: (20 minutos)
1. Ao final da primeira rodada, há um momento de silêncio para reflexão sobre o que os demais
falaram. E cada um descobre os ecos, ressonâncias, surpresas, pontos em comum do que ouviu.
Algo que me tocou por dentro, alguma novidade, coincidência, alguma dúvida ...
2. Em seguida, é compartilhado, deixando espaço para o diálogo, procurando não monopolizar
o tema ou o tempo entre os participantes.
3. Ao final desta rodada, pode-se tentar nomear os temas em que houve mais consensos,
coincidências ou diferenças.
Terceira rodada (5-10 minutos)
Este momento seria um convite para transformar o final do encontro em uma oração do grupo.
Quem quiser pode usar da palavra para apresentar ao Senhor em forma de pedido ou ação de
graças aquilo que o tocou ao ouvir os demais.
Reunião plenária:
Após a sessão dos pequenos grupos, há a reunião plenária. Nela podemos compartilhar como
nos sentimos neste momento após a reunião do grupo. Pode ser também que tenha sido
solicitado ao grupo um resultado para partilhar em plenário, para isso será necessário deixar
algum tempo no pequeno grupo para preparar o que se pretende partilhar: se há alguma
pergunta norteadora ou um símbolo ou imagem que resume o que foi dito ou sentido no grupo.
Na reunião plenária, a pena também é usada para favorecer o tempo de uso da palavra e a
escuta ativa de todo o grupo.
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Guía para la conversación espiritual en grupos
La Conversación Espiritual:
Pautas para favorecer la conversación espiritual en un grupo después de la oración personal:
o
La actitud principal es la escucha activa, respetuosa y agradecida.
o
En un encuentro presencial, cuando una persona desea hablar toma consigo la pluma.
La pluma o cualquier otro objecto simbólico para expresar con un gesto claro que pide
la palabra. Mientras tiene la pluma, tiene la palabra. Nadie más habla. Eso permite a los
más tímidos buscar sus palabras y así expresarse también.
o
En un encuentro digital se levanta la mano o se pide turno de palabra.
o
Cada persona es experta de su propia experiencia.
o
Al hablar por turnos, respetamos a quien tiene la palabra y lo que desea compartir y callar. Cada participante expresa
lo que quiere y desea compartir, sin forzarse a más, eligiendo lo que desea comunicar.
o
Los tiempos de silencio son también adecuados y necesarios.
o
Respetamos lo que es confidencial y no lo sacamos del grupo sin el permiso de quien lo expresa.
o
Es bueno elegir lo que queremos decir previamente y describir la propia experiencia de manera breve y clara.
o
El grupo no es el lugar para hacer una homilía, para imponer ideas o convertir a los otros a nuestro punto de vista.
Tampoco es el lugar para resolver los problemas de los demás, hacer terapia o socorrer al otro.
o
Conviene hablar en forma de “yo”, en nombre propio, en primera persona, “a mi me pasa”; mejor que hablar de “la
gente”, “conozco a uno que le pasa” “te pasa que…”.
Control del tiempo: No hace falta que nadie lidere el grupo, pero entre los participantes pueden elegir una persona
facilitadora que recuerde el tiempo para cada ronda, como explicamos a continuación. Así todos son iguales a la hora de
participar y tienen el mismo tiempo para hablar, callar y escuchar.
Las tres rondas para compartir:
Aunque al principio puede parecer un poco forzado o artificial, estas tres rondas pueden ayudar a
profundizar juntos dejando un espacio a cada persona del grupo. Es como una escalera de tres
rondas donde el grupo va subiendo en escucha, interacción y oración. Pensando en una hora de
reunión de grupo de 5 ó 6 personas podría distribuirse así:
Primera ronda: (4-5 minutos por persona)
Cada participante comparte por turnos los frutos de su oración, puede ser con la ayuda de las notas
tomadas al final de la oración personal. Durante esta primera vuelta, no reaccionamos a lo que es
compartido, sino es para pedir alguna explicación concreta. Cada uno escucha activamente a los demás
en lo que quieran compartir.
Segunda ronda: (20 minutos)
1. Al terminar la primera ronda se hace un momento de silencio para reflexionar sobre lo que los demás han dicho. Y
cada uno descubre los ecos, resonancias, sorpresas, puntos en común de lo que ha escuchado. Algo que me tocó
por dentro, alguna novedad, coincidencia, alguna pregunta…
2. Luego se comparte dejando vía libre al diálogo procurando no acaparar el tema o el tiempo entre los participantes.
3. Al terminar esta ronda podéis intentar nombrar los temas en los que ha habido más consenso, coincidencias o
diferencias.
Tercera ronda (5-10 minutos)
Este momento sería una invitación a convertir en oración del grupo el final de la reunión. Quien lo desee puede tomar la
palabra para poner delante del Señor en forma de petición o acción de gracias aquello que le ha movido por dentro al
escuchar a los demás.
Reunión plenaria:
Tras la sesión de los pequeños grupos, hay la reunión plenaria. En ella podemos compartir cómo nos sentimos en este
momento tras la reunión de grupo. También puede ser que se les haya pedido un resultado al grupo para compartir en el
plenario, para ello habrá que dejar un tiempo en el grupito para preparar aquello que se quiere compartir: si hay alguna
pregunta guía, o un símbolo o imagen que resuma lo que se ha dicho o sentido en el grupo. En la reunión plenaria también
se usa la pluma para favorecer el turno de palabra y la escucha activa de todo el grupo.
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Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
CENAL — CVX América Latina
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
Material produzido pelo CENAL (Conselhos Executivos Nacionais da CVX na América Latina)
Material producido por CENAL (Consejos Ejecutivos Nacionales de CVX en América Latina)
Language
A language of the resource
es
pt
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CENAL
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
<p>Taller CVX - CENAL: Formación en el Discernimiento Comunitario</p>
<p>Workshop CVX – CENAL: em discernimento comunitário</p>
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
CENAL
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
12 de junho de 2021
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
Material utilizado como apoio ao Workshop da CVX Latinoamericana sobre Discernimento Comunitário, promovido pelo CENAL e conduzido pela Sra. Françoise Uylenbroek, que foi facilitadora da Assembleia Mundial CVX em Buenos Aires e por pe. José de Pablo, sj, Vice-Assistente Mundial da CVX. Ambos membros da equipe do ESDAC (<em>Ejercicios Espirituales para el Discernimiento Apostólico en Común</em>)<br /><br />Material utilizado en el Taller CVX Latinoamericana sobre Discernimiento Comunitario, promovido por CENAL y dirigido por la Sra. Françoise Uylenbroek, quien fue la facilitadora de la Asamblea Mundial CVX en Buenos Aires y el Pe. José de Pablo, sj, Vice Asistente Adjunto Mundial de CVX. Ambos miembros del equipo de ESDAC (Ejercicios Espirituales para el Discernimiento Apostólico en Común)<br />
Language
A language of the resource
es
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CENAL
Contributor
An entity responsible for making contributions to the resource
CENAL
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF e PPT
Rights
Information about rights held in and over the resource
© Esdac Taller CVX CENAL 2021
DEAA | DEAE
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Oficina | Taller
-
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DISCERNIMENTO
COMUNITÁRIO
O QUE É DISCERNIR ?
Discernir é buscar continuamente a verdade divina em nossa vida. É um deixar-se
conduzir pelo Espírito. Esta busca pode ser aplicada na vida particular ou a de um grupo. É
um processo de busca orante para perceber e interpretar as origem das diversas moções que
experimentamos, e para determinar e seguir a direção na forma como o Espírito de verdade
nos move aqui e agora.
Saber discernir é saber tomar consciência do que convém fazer e de que modo fazêlo, a fim de que nossa existência esteja constantemente sob o impulso do Espírito e assim
façamos “ sempre o que agrada ao Pai.” Este Espírito está presente dentro de nós como um
dom e que atua na história, transcende nossas faculdades naturais e nos fala em uma
multiplicidade de formas no cotidiano de nossa vida.
Quando fazemos o discernimento numa dimensão comunitária, queremos propor a
um grupo ou comunidade, desejando descobrir um estilo de vida, fazendo opções
apostólicas e assumindo os compromissos que convém assumir para realizar as
transformações sociais, políticas, religiosas ou econômicas que uma realidade nos parecem
necessárias, com urgência em cada caso.
O discernimento pessoal e comunitário é uma oração e uma atitude constante de
exame e de projeção de nossa vida. Cada um de nós deverá converter-se em um órgão de
discernimento para busca orante do desígnio do Senhor. Para caminhar para esta meta, cada
membro de uma CVX é preciso que tenha uma experiência genuína do discernimento
pessoal, aberto incondicionalmente à direção do Espírito. Será preciso que haja no grupo
todo um ideal comum, unido à vontade decidida de entender-se, de trabalhar, de crescer
juntos sob ação vivificante do Espírito, de alcançar a concórdia no pluralismo, como fruto
dos impulsos divinos.
Cristo, mediante seu Espírito, conduz a Igreja e o mundo para a salvação. Ao fundar
a Igreja, Ele não a criou como uma obra independente e terminada, não lhe deu soluções
prontas, mas entregou-lhe seu Espírito que a continua criando, conduzindo e ajudando até
o final dos tempos. Em um momento de profunda mudança, como o presente, o Espírito
Santo suscita com maior intensidade e profusão seus carismas. Isso vale para todos os
grupos eclesiais, como a nossa CVX.
OBSTÁCULOS AO DISCERNIMENTO
Há, porém, em nós outras forças que anuviam a razão e suscitam desejos contrários
ao Espírito, desviando a retidão do nosso agir. São Paulo nos diz, em Rom.7,15,
“Realmente não compreendo meu modo de proceder, pois não faço o que quero mas o que
aborreço.” Na mesma carta, (Rom. 12,2), São Paulo nos adverte: “Não vos ajusteis a este
mundo, mas transformai-vos interiormente renovando vossa mentalidade, a fim de discernir
qual é a vontade de Desus.” Na carta aos Tes. 5,19-21, São Paulo nos pede que não
extingamos o Espírito. Também nos recomenda que examinemos todas as coisas , retendo
o que é bom.
Estas reflexões de São Paulo sobre o discernimento nos deixam inquietos sobre o
modo de realizá-lo na prática. Não se deve descobrir uma receita infalível. Nas coisas de
Deus o mais importante não são os métodos, mas a atitude interior que nos dispõe a abrir-
�nos a sua irrupção imprevisível. Esta atitude implica um processo de purificação no qual
deveremos utilizar os meios a nosso alcance.
Exige, sobretudo, que nos ponhamos em um clima de fé e de oração que permite
descobrir a ação de Deus na trama dos acontecimentos humanos. Este clima deverá
acompanhar todo o processo de discernimento, já que a resposta continua à palavra do
Senhor nos interpela de tantas e tão variadas formas e nos convida a sermos cooperadores
de sua obra salvífica.
É na oração que se alcançará progressivamente pobreza e liberdade interior, isto é, o
desprendimento de todo apego, preconceito e paixão, o desprendimento da auto-suficiência,
da disposição de impor e do temor de ser vencido.
ALGUMAS CONDIÇÕES REQUERIDAS PARA O DISCERNIMENTO
Para que um grupo ou comunidade possa viver a experiência do discernimento
comunitário, ou pelo menos para poder dela se aproximar progressivamente, é necessário
que sejam preenchidas algumas condições. Algumas são, ao mesmo tempo, ponto de
partida que deve ser assegurado e ponto de chegada que supõe longo caminho. Todas elas
podem ser aprofundadas nos Exercícios Espirituais, que nos levam a plena realização da
união com Deus, num constante progresso espiritual, como começo seguro de todo o
processo.
1ª) A Existência de Uma Comunidade
Um verdadeiro intercâmbio não poderá ser desenvolvido a não ser que o grupo ou
comunidade se situe a um nível mínimo de comunhão entre os membros. Pode acontecer
que no início tenha antagonismos de temperamento, alguns bloqueios pessoais que
dificultem a comunhão.
2ª) Um Acordo de Base:
Para que uma comunidade ou grupo seja capaz de discernimento é necessário
assegurar um certo acordo entre os membros a respeito de certos pontos que parecem
essenciais:
a) Que tenha a Experiência própria da Espiritualidade de Santo Inácio. Isto é, a de Santo
Inácio e de seus companheiros, compreendida, vivida e expressada pelo discernimento
deste grupo. Um grupo de homens que deve testemunhar uma vida recebida e uma
missão que supere suas próprias preferências.
b) A orientação Apostólica da Comunidade. Isto é, o modo concreto com o qual este grupo
ou comunidade percebe a experiência inaciana na sua realidade. Esta visão apostólica
da comunidade ou grupo reveste-se de modalidades diversas segundo, os
temperamentos, as opções, as circunstâncias, mas formando um corpo que possa
superar o de cada um e tornando-se próprio a todo grupo.
c) O reconhecimento das tarefas de cada um. Não há dinamismo apostólico se a
comunidade não se considera co-responsável das tarefas de seus membros. Isto implica
que cada um se considere enviado pela sua comunidade em sua própria tarefa e possa
de um modo ou de outro testemunhar este mandato.
d) Uma vontade de entender-se para procurar reduzir as dificuldades. Um convite para que
cada um se desapaixonar por meio de uma conversão pessoal, procurando exercitar-se
na comunicação, sabendo ouvir, debater e rezar.
3ª) Aceitação das Experiências de Uma Partilha:
�A comunidade ou grupo deve aceitar as condições que se impõem a toda vida de grupo.
Essas exigências são, entre outras:
a) Verdade: Que cada membro do grupo tenha desejo e vontade de ser ele mesmo, de
ser verdadeiro, de não se refugiar sob um personagem e de poder encontrar sua
identidade.
b) Expressão: Que todos expressem o que pensam e o que sentem procurando superar
as próprias dificuldades de se manifestarem, distender os bloqueios interiores com
humildade, calma e procurando facilitar a expressão dos outros.
c) Saber escutar os outros: Com paciência, sem interromper. Esforçar-se para
compreender opiniões divergentes procurando penetrá-las a partir da compreensão
de quem as propõe. Que cada um se sinta acolhido na sua particularidade. Que seja
instaurado um clima de atenção benévola que leve cada um a se exprimir cada vez
mais livremente e sempre mais profundamente.
d) Vulnerabilidade pacífica: Consentir a ser exposto ao conhecimento de outros.
Aceitar ser ferido, contestado, colocado em questão. Tudo isto sem entrar em
pânico, sem permanecer caído, destruído. Manter com o grupo a troca de idéias e os
encontros, mostrando que deseja ir ao fundo das questões.
e) Espírito de fé: O respeito às condições de vida do grupo recebe um dimensão nova
da fé que nos faz compreender como o Espírito Santo age diferentemente em cada
um e que o conjunto dos intercâmbios no seio do grupo permite uma realização
pessoal que não poderia se realizar fora deste diálogo.
O PROCESSO DE DISCERNIMENTO
À medida que progride este processo de libertação interior, nosso espírito vai se
abrindo à Verdade e tornando-se mais capaz de interpretar as coisas à luz do Espírito, em
seu verdadeiro valor. Será o ambiente apto para:
• Precisar a matéria da opção;
• Recolher todos os dados possíveis;
• Esclarecer os critérios de escolha;
• Interpretar os fatos e impulsos que cada um percebeu em seu contato com
Senhor e os que lhe oferece a experiência da vida, tratando de descobrir quais provém
realmente de Deus e quais não.
• Colocar-se de forma pessoal e comunitária na presença de Deus e fazer um
esforço para chegar a uma verdadeira indiferença sobre o objeto a ser discernido. A oração
se faz necessária para a purificação dos afetos desordenados.
Cada vez que uma comunidade ou grupo exerce o discernimento sobre algo que
lhe diz respeito, a primeira tarefa será a de criar o verdadeiro espírito de comunidade
dialogante, em clima de oração e de reflexão, de sinceridade e de comunhão. É necessário
também tornar mais vigoroso o vínculo de um carisma participado e uma visão
concordante de missão.(Exemplo: Fazer parte plenamente do grupo CVX.) Tudo isso ajuda
a livre expressão, a escuta respeitosa do outro, e a vulnerabilidade para deixar-se atingir e
enriquecer pela verdade que nos chega dos demais.
Depois de uma análise serena, chegará o momento de se tomar uma decisão
segundo o que aparece como vontade de Deus. Nem sempre será possível a unanimidade
após o processo de discernimento, mas haverá sempre disposição para rever o Espírito que
�se manifesta ao grupo, orientando-o para uma opção e para cooperar docilmente com sua
ação.
Entretanto, uma vez tomada a decisão, esta estará sujeita a revisão quando aparecem
novos dados, já que toda experiência de busca alimenta-se com o encontro, e o encontro é o
ponto de partida para uma busca ulterior.
A CONFIRMAÇÃO DIVINA DO DISCERNIMENTO RETO
Ao término de cada decisão será preciso um esforço para encontrar a confirmação
da escolha feita. Esta confirmação, solicitada em súplica, nos chegará:
• Na manifestação interior do Senhor, mediante a paz e a alegria no Espírito
Santo.
• Na autenticação do discernimento pela autoridade.
• Na conformidade manifesta pela comunidade que experimenta quietude e
satisfação apesar das diferenças.
• Na própria experiência da vida que constata a sabedoria da opção.
O Espírito do amor manifesta-se então fazendo a pessoa sentir uma alegria interior
e uma paz profunda, que são provenientes da serena convicção de haver respondido ao
chamado do Senhor, mas que não excluem a dor e exigência do compromisso pessoal.
(Gál.5,22.)
Apesar de todas essas reflexões, devemos estar conscientes de que o discernimento
escapa em grande parte a nossa previsão humana, pois em definitivo é um dom do Espírito
que sopra onde quer. Cabe-nos auscultar atentamente sua voz e deixar-nos conduzir por ela,
em uma aventura de fé que se apoia na plena confiança no Senhor.
BIBLIOGRAFIA
• Ignatiana Nº 10 – Discernimento Comunitário, Edições Loyola 19977.
• Costa,Pe.Maurício SJ. Palestra Sobre o Discernimento Comunitário a Comunidade da
Cúria Geral, 1999.
• Exercícios Espirituais de Santo Inácio, Edições Loyola, 1985.
• Diego, Luís SJ. O Discernimento Espiritual Comunitário, Centro Inaciano de
Espiritualidade, João Pessoa, 1991.
• Kolvenbach, Peter Hans SJ. Discernimento Apostólico Comum, Roma, 5 de Novembro
de 1986.
�
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[C]</span> <strong>Dimensão apostólica</strong> | <strong>Dimensión apostólica<br /></strong>
Subject
The topic of the resource
Dimensão apostólica | Dimensión apostólica
Missão apostólica | Misión apostólica
Fronteiras apostólicas | Fronteras apostólicas
Description
An account of the resource
[pt] Atividades apostólicas, campos de atividade, fronteiras apostólicas (ecologia, família, globalização e pobreza, juventude).
[es] Actividades apostólicas, campos de actividad, fronteras apostólicas (ecología, familia, globalización y pobreza, juventud).
Language
A language of the resource
pt
es
Rights
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<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt">CC BY-SA</a>
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Discernimento Comunitário
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã (CVX)
Description
An account of the resource
Texto de reflexão sobre o discernimento comunitário. Conceito, obstáculos e condições para o discernimento realizado em e por uma comunidade.
Language
A language of the resource
pt-BR
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
-
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Title
A name given to the resource
Liturgia e celebrações | Liturgia y celebraciones
Subject
The topic of the resource
Liturgia | Liturgia
Música | Música
Espiritualidade | Espiritualidad
Bíblia | Biblia
Description
An account of the resource
Material para vivência celebrativa. Roteiros de celebrações, lucernários, ofício divino, novenas, tríduos, vigílias, canções, músicas, cifras, partituras, gravações.
Material para vivir la celebración. Itinerarios de celebraciones, lucernarios, oficio divino, novenas, triduo, vigilias, cantos, música, partituras, grabaciones.
Language
A language of the resource
es
pt
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Title
A name given to the resource
Discernimento das preferências apostólicas
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Araujo, Onofre
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Description
An account of the resource
Roteiro para reflexão e discernimento comunitário da preferência apostólica na Regional Bahia
Language
A language of the resource
pt-BR
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Regional Bahia
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
Texto
Type
The nature or genre of the resource
Roteiro
Dimensão apostólica | Dimensión apostólica
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Preferência Apostólica
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AM2018 | DOCUMENTO FINAL (PRÉ-PUBLICAÇÃO)
XVII Assembleia Mundial da Comunidade de Vida Cristã Buenos Aires, Argentina 2018
CVX, um presente para a Igreja e para o mundo "Quantos pães
tendes? ... Ide verificar." (Mc 6:38)
Nós caminhamos juntos desejando uma maior profundidade e integração na vivência do nosso carisma da CVX no
mundo de hoje e o Senhor nos chamou para APROFUNDAR, COMPARTILHAR e AVANÇAR.
1. Nós viajamos para o "fim do mundo", Buenos Aires, em busca do espírito missionário e do zelo que
transformaram o Papa Francisco e que tem animado nossa Igreja. A nossa viagem, seguindo os passos de Bergoglio,
nos levou ao Colégio Máximo de S. José, onde foi originalmente iniciada e desenvolvida a sua visão pastoral entre o
povo das paróquias do Bairro de São Miguel.
2. Também fomos conduzidos a uma experiência da Igreja na América Latina, que oferece um modelo de
evangelização em nosso mundo cada vez mais secular, vendo as possibilidades de libertar as pessoas para
escolherem a Cristo. Vimos o Espírito trabalhando na renovação, dinamização e missão dos leigos.
3. Uma vez chegados, nos reunimos como uma comunidade mundial com o desejo de crescer em gratidão pelos dons
recebidos da nossa comunidade e estilo de vida; e assim aprofundar nossa responsabilidade de deixar que o Senhor
multiplique os pães que recebemos e aumente nosso impacto no mundo. Descobrimos o significado apostólico de
nosso modo de proceder como uma comunidade leiga inaciana e os dons que temos para oferecer a um mundo que
está gemendo em dores de parto1 por espiritualidade e transcendência.
PREPARAÇÃO PARA A ASSEMBLÉIA
4. [três realidades contextuais] Nossa Assembleia foi convocada em meio a três realidades contextuais: o 50º
aniversário da renovação que levou à CVX, um papado que renova a Igreja e o apelo renovado para os leigos em
nosso mundo atual.2 Esses contextos revelaram um tempo de “Kairós”, no qual pudemos refletir mais profundamente
sobre nossa identidade e missão como corpo apostólico e discernente leigo, através dos pães que somos convidados a
oferecer para serem multiplicados.
5. [História da Missão e Identidade] Viajamos a Assembleia conscientes de nossa história de missão e atentos às
nossas prioridades. A mais recente Assembleia Mundial, celebrada no Líbano em 2013, esclareceu nossas
orientações para ação em nossas quatro fronteiras discernidas: família, globalização e pobreza, ecologia e juventude.
O elo entre missão e identidade ficou evidente em Nairóbi em 2003, quando confirmamos nosso chamado para ser
um corpo apostólico inaciano laico com o DEAA (Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar) como nossa maneira de
proceder.
6. [Sinais dos tempos] Nós viajamos em meio a tempos voláteis e complexos na história do nosso mundo,
caracterizados por uma crescente polarização, um aprofundamento da crise ecológica e uma relutância em receber o
outro. Essas dificuldades atrasaram alguns delegados e impediram que outros chegassem. Nosso mundo faz nossos
corações doerem, mas nós nos inspiramos na Trindade que contempla o mundo na Encarnação e confiamos no
Espírito que pairava nas trevas sobre as águas do caos original no Livro do Gênesis. Admiramos o Espírito
trabalhando em como a CVX Síria esteve conosco em oração e afeto fraterno, mesmo quando o visto de seu
1
2
cf. Romanos 8:22
Veja Proyectos nº 168 e Carta do Presidente nº 4. Veja também Evangelium Gaudium
1
�delegado foi concedido somente quando estávamos já na última parte da Assembleia. Procuramos nos colocar nas
mãos do Espírito, cheios de confiança e esperança de que poderíamos buscar nosso caminho para o futuro que apenas
víamos veladamente.3
TORNANDO-SE ASSEMBLEIA
7. [Acolhendo novas comunidades] Fomos recebidos calorosamente com grande generosidade pela ARUPA, a
equipe anfitriã da Argentina, Uruguai e Paraguai. Suas boas-vindas nos ajudaram a entrar na alegria de ser uma
comunidade mundial. Demos boas-vindas também às novas comunidades nacionais da Letônia, Ilhas Maurício e
Vietnã na Comunidade Mundial, acrescentando ao presente comunitário que a CVX oferece ao nosso mundo.
Estiveram presentes em nossa Assembleia 63 das 67 comunidades afiliadas e oito comunidades observadoras. No
total, foram 204 participantes, incluindo 51 jesuítas, o que reflete nossos fortes laços espirituais e de colaboração
com a Companhia de Jesus. A Assembleia observou que o ressurgimento da CVX em sociedades altamente
secularizadas como a Holanda e a Suécia confirma que o mundo anseia por experiências comunitárias profundas que
ofereçam oportunidades de evangelização.
8. [Saudações Papais] A Assembleia recebeu com gratidão e encontrou inspiração na saudação surpresa do Papa
Francisco. Ele nos lembrou que a humilde ação de graças por nossos dons leva à responsabilidade de sair ao encontro
dos demais. No centro de nossa espiritualidade se encontram as duas dimensões: contemplação e ação, “porque só
podemos entrar no coração de Deus através das chagas de Cristo, e sabemos que Cristo está ferido nos famintos,
nos analfabetos, nos descartados, nos velhos, nos doentes, nos encarcerados e em toda carne humana vulnerável.”4
9. [Cumprimentos dos Dicastérios] O Cardeal Kevin Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a
Vida, saudou-nos com ideias extraídas da Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate. Ele nos convidou a reproduzir
em nossas vidas os vários aspectos da vida terrena de Jesus, a fim de harmonizar toda a nossa vida com a missão que
recebemos de Deus. Sua saudação ecoou a necessidade de identidade e missão para aquele que deseja seguir a Cristo
e encarnar a Deus em nosso mundo hoje.
10. [Viagem com uma Igreja Missionária] O tempo de Kairós em nossa Igreja nos chama a ser discípulos
missionários para o nosso mundo através de um encontro com Jesus que nos abre ao amor do Pai. 5 Austen Ivereigh,
biógrafo do Papa Francisco, compartilhou sua perspectiva de que entrar neste espírito missionário significa: ser
Cristo em nosso mundo ferido ajudando as pessoas a se reconectarem com a criação e o mundo como criaturas de
Deus; experimentar a família e a comunidade, que são os laços de confiança e amor incondicional que constroem
resiliência, caráter e autoestima; e ajudar as pessoas a encontrarem abrigo. Esta jornada nos convida a deixar a
realidade e o Espírito Santo nos guiar em nossa missão
11. [A viagem é a experiência] Entramos em uma experiência concreta de uma igreja missionária através de um
encontro com as famílias e membros da comunidade paroquial no bairro de San Miguel. Tivemos a oportunidade de
compartilhar nossas vidas uns com os outros. A Assembleia foi tocada pela alegria da acolhida com a qual foi
recebida, e inspirada pelo espírito generoso que anima a vida da comunidade, apesar das realidades difíceis que eles
também compartilharam. Fomos lembrados de que “a jornada é a experiência”.
12. [História da Graça] Maria Magdalena Palencia Gomez, da CVX México, partilhou conosco sobre o caminho
como uma comunidade de discernimento apostólica inaciana leiga, desde o desafio de Pio XII às Congregações
Marianas de passar por um processo de renovação até nossa história presente. Seu relato da nossa história nos
lembrou como o Espírito esteve consistentemente presente conosco, guiando-nos e inspirando-nos pacientemente,
enquanto Deus tem trabalhado para nos moldar e formar em uma comunidade a serviço do Reino de Deus.
3
cf. 1 Cor. 13:12
Carta do Papa Francisco ao Sr. Mauricio Lopez Oropeza, Presidente da Comunidade Mundial da Vida Cristã.
5
Austen Ivereigh, “A Opção de Francisco: Evangelizando um Mundo em Fluxo.”
4
2
�13. [Nosso nome como identidade e missão] Além de nossa história da graça, Magdalena também compartilhou
várias histórias-chave e reflexões que nos lembraram de nossa identidade como Comunidade de Vida Cristã, nome
que Pe. Arrupe comentou que fora dado pelo Senhor à CVX e que contem a missão de nossa comunidade ao
vinculá-lo ao chamado de Abraão, cuja aliança e missão foram estabelecidas através do nome que Deus lhe deu.
Fomos lembrados de que nossa identidade e missão são um dom que Deus nos confiou. Temos esclarecido e
respondidos a esta graça através dos anos, sempre navegando na tensão entre os sussurros do Bom Espírito e os
obstáculos e divisões introduzidas pelo mau espírito.
14. [Ser uma Comunidade de Discernimento para a Reconciliação] Nosso Assistente Eclesiástico Mundial, Pe.
Arturo Sosa, S.J., convidou-nos a ver o nosso ser comunidade de discernimento como um dom para o
desenvolvimento de um laicato capaz do discernimento individual e comunitário. Esse discernimento pode ser
compartilhado com a Igreja e se tornar uma ferramenta de sabedoria para a ação no mundo. Formar nossos membros
em oração constante e serviço generoso facilitará o vínculo entre a reconciliação individual e nossa capacidade de
nos tornarmos agentes de reconciliação.
15. [Magis vivendo em permanente tensão] Padre Sosa, SJ tocou na tensão que surge quando aprofundamos nossas
relações. Ele também se referiu ao Magis como viver a tensão permanente de ser puxado para Deus e para o mundo
ao mesmo tempo.6 Nós precisaremos navegar essa tensão em nosso discernimento comunitário, enquanto
permanecemos muito atentos às obras do mau espírito, que pode facilmente transformar tensão em conflito.
16. [Compartilhando para criar a comunidade] O mosaico tecido pelos vários aportes nos ajudou a crescer em
nosso espírito comunitário e nos revitalizou na importância de sermos comunidade. Abrimos-nos mais
profundamente ao dom do nosso estilo de vida, compartilhando abertamente em pequenos grupos ao longo do
processo de discernimento da Assembleia. Nós fomos despertados para a beleza de discernir juntos como um corpo
apostólico de discernimento leigo e inaciano.
DISCERNIR COMO CORPO APOSTÓLICO
17. [Partilha Espiritual e Discernimento Apostólico] Os delegados foram convidados a fazer parte de um processo
formal de discernimento comunitário enraizado nos Exercícios Espirituais através da partilha espiritual. Durante
cinco dias, todas as manhãs e tardes, seguimos uma sequência de três etapas: oração individual, partilha em pequenos
grupos (em três rodadas, permitindo-nos reconhecer nossas moções e responder ao que ouvíamos uns dos outros) e
plenário. Enquanto a dinâmica dos Exercícios Espirituais proporcionava a base, a partilha espiritual era uma doce
lembrança, como se estivéssemos em casa, no nosso pequeno grupo. O processo foi facilitado pela equipe do
ESDAC7, que forneceu os pontos da oração e nos guiou criativamente para que cada grupo pudesse oferecer sua
própria visão para toda a Assembleia.
18. [Confiança de Abraão em Deus] Enquanto a Assembleia avançava no processo de discernimento, Abraão
ressurgiu como uma referência. Quando Deus o chamou, Abrão não apenas mudou seu nome para Abraão, mas foi
guiado por Deus para fora de sua zona de conforto sem saber para onde estava indo. A única garantia de Abraão: sua
fé em Deus. Como Abraão, começamos o processo apenas com a nossa confiança no Espírito, que nos ajuda a
encontrar sentido no meio do caos. Da mesma forma que cada um de nós confia no Espírito cada vez que fazemos os
Exercícios Espirituais, a Assembleia como um todo se sentiu chamada a respeitar o processo e confiar na direção do
Espírito.
19. [Alegrias e conflitos] Com o passar dos dias, começamos a perceber que o processo de discernimento
comunitário é desafiador: requer paciência e abertura de coração. Enfrentamos obstáculos, resistências e dores, mas
percebemos que eles são parte integrante do processo a ser compreendido à luz da Paixão, Morte e Ressurreição de
Cristo. Como peregrinos que viajam para territórios desconhecidos, sentimo-nos chamados a partilhar humildemente
com os nossos companheiros da CVX a nossa própria experiência e os frutos que recebemos:
6
Cf. Congregação Geral Jesuíta 35, 8.
3
�a. Nós aprendemos que é difícil crescer em indiferença. Durante o processo de discernimento, nos
deparamos com várias dificuldades, seja na maneira como o processo funcionava ou com o que exatamente
nos era solicitado; às vezes, parecia não haver clareza suficiente. Isso deu origem à frustração, falta de
significado e à desolação. Percebemos que é doloroso deixar de lado nossos apegos e focar nossos corações
no bem maior, que muito lentamente surge da partilha no grupo. Nesse processo, aprendemos uns com os
outros a sermos humildes e pacientes.
b. Experimentamos um crescente sentimento de íntima conexão espiritual entre nós, à medida que nossa
partilha se aprofundava mais e mais, transcendendo nossas histórias pessoais, realidades locais e dificuldades
de linguagem. Embora às vezes nós resistíssemos a ser mais pessoais em nossa partilha, fomos capazes de
gradualmente abrir nossos corações uns aos outros; Nós rimos, choramos e sonhamos juntos. Nesse
processo, nos tornamos uma comunidade de amigos no Senhor.
c. Sentimo-nos liberados em reconhecer nossas fragilidades e imperfeições. Em algum momento,
percebemos que, para caminharmos verdadeiramente juntos, teríamos que ser honestos sobre tudo o que
impede que o Espírito flua livremente em nossas comunidades. Nós encenamos e contemplamos as várias
paralisações que inibem nossa vida comunitária, a fim de reconhecer como nossas comunidades podem
facilmente se fechar em si mesmas, tornando-se autocentradas; como elas podem ser apanhadas em uma teia
de interesses próprios egoístas, sendo vítimas de divisão e conflito; como elas podem deixar morrer a paixão
de anunciar o Reino e perder o brilho que atrai os outros para o nosso estilo de vida. Nesse processo,
aprendemos como o poder da verdade e da reconciliação vivido em comunidade pode ser profundamente
libertador.
d. Passamos do medo e da dúvida para a união de corações e mentes. Enquanto os dias transcorriam, apesar
das dificuldades em se ajustar ao processo, e apesar dos ocasionais momentos de desolação, começamos a
sentir juntos a paz genuína. Ao longo da Assembleia, fomos sustentados pelas orações da Comunidade
Mundial que sentimos, especialmente nos períodos particularmente difíceis. Esta corrente invisível, mas
poderosa, acabou por irromper em profunda gratidão, consolação, alegria, esperança e desejo pelo futuro.
Nesse processo, provamos brevemente a paz que somente o Cristo ressuscitado pode nos dar.
e. Percebemos que podemos tomar decisões juntos. À medida que os membros no pequeno grupo
começaram a se familiarizar uns com os outros, ficou mais fácil identificar pontos de convergência em nossa
partilha e encontrar uma resposta comum para as questões propostas para nosso discernimento. Nesse
processo, aprendemos a mesclar nossa diversidade em algo maior do que apenas a soma das partes.
20. [O Tesouro do Discernimento Comunitário] No conjunto, os delegados à Assembleia experimentaram o
discernimento comunitário como meio de aprofundar nossa vocação de corpo apostólico leigo inaciano. Enquanto o
Princípio Geral nº 8 nos exorta a não conhecer limites em nosso chamado apostólico, o Princípio Geral nº 2 é muito
claro na necessidade de respeitar "a singularidade de cada vocação pessoal [que] nos permite sermos abertos e
livres, sempre à disposição de Deus". O discernimento comunitário, orante e em turnos sucessivos permite que
nossos movimentos espirituais sejam gradualmente convergidos ao longo do processo. Isso nos permite crescer em
confiança e propriedade de nossas decisões coletivas. É um processo que requer humildade e perseverança, porque as
resistências podem parecer difíceis de superar. No entanto, os frutos - laços comunitários mais fortes, maior clareza
sobre o caminho a seguir - são preciosos demais para não serem colhidos. Pouco a pouco fomos nos abrindo para a
graça de caminharmos juntos. Percebemos que o processo em si mesmo é uma graça - a jornada é realmente parte da
experiência.
4
�FRUTOS DE NOSSO DISCERNIMENTO APOSTÓLICO
21. [O que recebemos] Chegamos a Buenos Aires desejando maior profundidade e integração para viver nosso
carisma CVX no mundo de hoje. Deixamos a Assembleia sentindo-nos profundamente gratos e consolados por um
bem tão grande recebido. Sentimos pesar pelas nossas paralisias. Foi-nos oferecido um caminho para uma profunda
conversão interna. Ao nos sentirmos reconciliados uns com os outros e com a nossa história, com o coração cheio de
imensa alegria, nos tornamos verdadeiros amigos no Senhor, companheiros em uma jornada, revitalizados para a
Missão. Sentimo-nos confirmados em nosso chamado para ser um corpo apostólico inaciano na Igreja.
22. [Onde nos sentimos chamados] Nosso crescente discernimento nos levou a refletir sobre a questão: "Como
comunidade CVX, somos chamados hoje a ...?" Entre as muitas respostas que foram oferecidas, três janelas
principais foram abertas:
i.
Sentimo-nos chamados a APROFUNDAR nossa identidade, através de uma conversão interior que nos
permita ser mais fiéis e zelosos com o nosso carisma em todas as suas dimensões;
ii.
Sentimo-nos chamados a COMPARTILHAR humildemente com os outros o dom da espiritualidade
inaciana vivida em nossa vocação leiga. Consideramos o discernimento, as ferramentas e métodos inacianos
como dons preciosos que não podemos guardar somente para nós mesmos;
iii.
Sentimo-nos chamados a AVANÇAR no serviço aos mais necessitados e a semear a misericórdia, a alegria e
a esperança no mundo, a fim de seguir Jesus mais de perto e trabalhar com ele na construção do Reino.
23. [Como viveremos nosso chamado] O processo de discernimento comunitário realizado em Buenos Aires nos
deu uma nova compreensão da CVX como corpo apostólico leigo inaciano e nos inspirou a assumir nossa
responsabilidade financeira de maneira mais proativa. Quando aplicado em nossas comunidades nacionais, o
processo de discernimento comunitário pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade de nosso
chamado apostólico ao Reino. Pode também jogar a semente para nos ajudar a compreender sobre o modo de viver o
chamado à Missão, que é específica - e profética - da nossa vocação laical. Para tanto, a Assembleia recomenda que
o Ex-Co amplie, desenvolva e faça evoluir este processo para uso nos vários âmbitos de nossa Comunidade Mundial.
Convidamos também as comunidades nacionais, através de seus delegados que retornam da Assembleia, a
compartilhar os métodos e frutos deste processo para facilitar uma maior profundidade e integração de nosso carisma
na vida apostólica de nossas comunidades.
5
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
Language
A language of the resource
pt
es
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Title
A name given to the resource
Documento Final da Assembleia Mundial 2018 <br /><br /><em>CVX, um presente para a Igreja e para o mundo "Quantos pães tendes? ... Ide verificar." (Mc 6:38)</em>
Description
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AM2018 | DOCUMENTO FINAL (PRÉ-PUBLICAÇÃO)
XVII Assembleia Mundial da Comunidade de Vida Cristã Buenos Aires, Argentina 2018
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Comunidade de Vida Cristã. Assembleia Mundial
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
2018
Type
The nature or genre of the resource
Texto
Subject
The topic of the resource
Assembleia Mundial CVX
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
Buenos Aires, Argentina
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Comunidade de Vida Cristã - CVX /CLC
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Documento Constitutivo
-
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a rt i g o
Exercícios Espirituais adaptados
ao discernimento em comum1
Franck Janin, SJ
José de Pablo, SJ
Franck Janin é padre Jesuíta, Presidente da Conferência Europeia de Provinciais
Jesuítas (JCEP), Bruxelas, e
membro da equipe de ESDAC.
José de Pablo é padre Jesuíta,
Sócio do Presidente da JCEP,
Bruxelas, e membro da equipe
de ESDAC.
1. Este artigo foi publicado originalmente em Manresa 90 (2018)
63-72. Nós o publicamos com
autorização de José de Pablo.
T
oda adaptação dos Exercícios Espirituais à prática do discernimento em comum tem em suas raízes dois pressupostos básicos.
Primeiro, da mesma maneira que Deus guia a uma pessoa, pode guiar
a um grupo de pessoas; e o segundo, o Espírito Santo se dá a todos e
atua nos corações de todos. A proposta metodológica desenvolvida
pelo ESDAC (Exercices Spirituels pour un Discernement Apostolique
en Commun) coincide nestes pressupostos para grupos que, especificamente, têm em comum um projeto, um propósito, um objetivo
para os que buscam encontrar a vontade de Deus. Depois de um
processo de amadurecimento de quase cinquenta anos de experiência,
a proposta de ESDAC se entende a si mesma como uma mais entre
outras possíveis. Veremos aqui um pouco de sua história e as duas
chaves de sua pedagogia para o discernimento a partir dos Exercícios
Espirituais: a conversação espiritual e os modos de eleição.
Um grupo, como um só corpo, isto é, como uma pessoa corporativa, pode entender-se como um sujeito de oração e discernimento, como qualquer exercitante que se mobiliza, buscando com
indiferença as luzes que iluminam o caminho pelo qual Deus quer
conduzi-lo. Podemos ampliar este primeiro pressuposto, recordando
que o grupo também é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus
Nosso Senhor [EE 23]. Como pessoa corporativa, também passa
por experiências de graça e de pecado. Em sua vida como grupo,
tem momentos de consolação e desolação, recebe chamados e faz
eleições. Em conjunto, pode reconhecer períodos de vida, de morte
e de ressurreição. Em seu processo de discernimento, o grupo é uma
pessoa corporativa, corpo de Cristo (1Cor 12,27).
Afirmar que a presença do Espírito Santo deu-se a todos por
igual pode parecer uma coisa óbvia, mas com muita frequência
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
59
�sentimos que se deu mais a uns do que a outros. Inclusive em primeira
pessoa: que se deu a mim mais que a outros. Porém, na proposta de
ESDAC não há gurus, nem visionários; todo o acompanhamento
se faz em equipe. A figura do diretor que dá os Exercícios é, neste
caso, uma equipe, que parte do princípio de que o Espírito Santo
está ativo em cada um dos membros do grupo. Portanto, é crucial
escutar a todos e dar espaço a cada um para que possa contribuir com
o conjunto. É por meio da escuta ativa da ação do Espírito em cada
membro do grupo que se pode entender como ele habita e conduz
ao grupo como um todo. Trata-se de encontrar juntos a Sabedoria
de Deus que é um Espírito “inteligente, santo, único, multiforme,
sutil, ágil, perspicaz, sem mancha, lúcido, invulnerável, amigo do
bem, agudo…” (Sab 7,22).
Um itinerário grupal
As raízes de ESDAC encontram-se na instituição de um grupo de jesuítas canadenses e norte-americanos, que junto com uma
equipe de colaboradores compreenderam que tanto a pedagogia, a
arquitetura e a dinâmica dos Exercícios Espirituais poderiam ser
aplicados aos grupos. A equipe denominou-se Ignatian Spiritual
Exercises for the Corporate Person (ISECP). Seu trabalho começou nos
anos 70, na sequência da Congregação Geral 32 da Companhia de
Jesus, na qual tinha crescido a compreensão e a consciência daquelas
que denominamos estruturas de graça e de pecado. Por exemplo, o
alcance do termo “pecado” como pecado estrutural ampliava o sentido
pessoal para estender-se às formas de organização e de estruturas que
surgiam dos grupos humanos e das sociedades. Da mesma maneira,
os grupos poderiam experimentar que a graça antecede ao pecado e
pode vencê-lo. Diante de tais intuições, o grupo ISECP começou a
reunir-se regularmente em Wernersville (Pennsylvania) para desenvolver os meios de estendê-las a um grupo de Exercícios Espirituais.
Durante dez anos, estas reuniões geraram materiais seguindo os
Exercícios Espirituais para ajudar a grupos que manifestavam desejos
de discernir e tomar decisões em comum. Neste nível, o trabalho do
grupo inicial na América do Norte foi muito interessante. Muitos
outros escreveram sobre o discernimento em comum. Sobre sua
necessidade, relevância, dificuldades e objetivos. Mas, de fato, poucos autores desenvolveram uma pedagogia concreta e prática. Este
60
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�2. ISECP GROUP (James Borbely SJ, Marita Carew, John English
SJ, John Haley, Judith Roemer,
George Schemel SJ), Focusing
Group Energies. Common Ground
for Leadership, Organization, Spirituality, University of Scranton,
Scranton, Pennsylvania 1987.
3. M. BACQ, J. CHARLIER, ET
LE EQUIPE ESDAC. Pratique de
discernement en commun. Manuel
des accompagnateurs. Fidélité,
Bruselas 1994.
grupo, pelo contrário, esforçou-se por desenvolver procedimentos
que tratam de concretizar ao máximo possível as condições para o
discernimento. Por exemplo, inclusive detalhando como e por que
sentar-se em círculo, significando assim a equidistância do Centro
do grupo, que é Cristo. E também introduzindo elementos culturais
dos primeiros moradores do Canadá, que, sentados em círculo, em
suas assembleias, passavam entre si uma pena de águia para expressar
quem teria o uso da palavra e a quem os demais deveriam escutar.
Esta pena permaneceu na tradição de ESDAC e hoje é o símbolo
e a logo da equipe.
Em 1987, o ISECP publicou o livro Focusing Group Energies 2 e,
pouco depois, os jesuítas do sul da Bélgica trouxeram esta pedagogia para a Europa. Depois de um período de testes e de adaptação,
a equipe do ESDAC começa a propor seu método para ajudar as
Comunidades de Vida Cristã (CVX) a discernir sobre o seu futuro.
Esta experiência da Bélgica produziu em 1994 o primeiro livro de
ESDAC3.
O enfoque de ambas as publicações é essencialmente prático e
segue o esquema das quatro semanas dos Exercícios Espirituais de
Santo Inácio. Assim, o convite aos participantes nesta modalidade
de discernimento em comum consiste em percorrer as mesmas meditações e contemplações dos Exercícios, adaptadas ao tempo que
precisem dedicar à sua matéria de eleição. O modo e a ordem dos
Exercícios para o grupo estarão sempre em função da importância
que os membros do grupo desejem dar à matéria da eleição e à disponibilidade de seus integrantes. Nos retiros de ESDAC, alternam-se
os encontros plenários e os pequenos grupos, dependendo do número
de participantes, e são fundamentais os tempos de oração pessoal.
Os pressupostos básicos citados acima tomam corpo na conversação
espiritual, que é a ferramenta básica do discernimento em comum.
A conversação espiritual
A conversação espiritual é aquele diálogo do grupo, no qual
se trata de prestar atenção aos movimentos dos espíritos em cada
participante e no grupo. O sentido de “espiritual” não é que só se
fala de assuntos espirituais (oração, liturgia, sacramentos, bíblia etc.).
Conversar espiritualmente é uma forma de falar juntos, tentando estar
atentos às moções boas e más que se dão em cada pessoa e no grupo.
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
61
�Cada tempo de conversação espiritual é precedido por um longo
tempo de oração pessoal. Para esta oração, distribui-se uma folha
que contém pontos, especificando a matéria para rezar e sua relação
com a matéria própria do discernimento: pedir luz, indiferença,
reconhecer o pecado, a graça etc. A prática da conversação espiritual tem uma metodologia concreta, que se pode sintetizar em três
rodadas ou momentos do grupo. Inicialmente, o grupo escolherá um
moderador e um “guardião” do tempo. Em uma primeira rodada,
cada pessoa pode compartilhar os frutos de sua oração. Aqui é onde
se usava e se usa a pena de águia, para expressar que todos escutarão
atentamente a quem está com a pena. Nesta primeira rodada, não há
interação entre os participantes, exceto no caso de se necessitar de
alguma explicação ou esclarecimento do que foi dito. Em seguida,
se fará alguns minutos de reflexão em silêncio, em que cada participante pode perguntar-se como lhe impactou o que foi partilhado
pelos outros: que ressonâncias afetivas eu encontro, que ideias me
parecem novas, que consequências posso tirar etc.
A segunda rodada é mais parecida com uma conversação espontânea, compartilhando o que se refletiu e recebeu dos outros.
Finalmente, a terceira rodada é uma conversação com o Senhor,
à maneira de um colóquio de grupo. Os participantes, unidos em
oração, dão graças pelos chamados — o que os moveu —, e, assim,
pedem forças ou dão graças, segundo se sintam movidos. O exercício
termina com uma pequena avaliação, à maneira de exame da oração,
em que o grupo repassa os passos dados e como podem melhorar
nos tempos seguintes de conversação espiritual [EE 77].
A atmosfera que cria a conversação espiritual tem seu equivalente no diálogo e no Pressuposto [EE 22] que se dá entre aquele que
dá os Exercícios e aquele que os recebe. Quer dizer: um ambiente
de mútua confiança, para salvar a proposição do próximo antes que
para condená-la. No discernimento comunitário, cada um é quem
discerne e cada um é quem ajuda os demais a encontrarem como o
Espírito está movendo o grupo. É um modo de acompanhamento
mútuo, no qual se exercita uma disposição de abertura ao outro e
uma escuta ativa, sem juízos.
Os frutos da conversação espiritual são os exercícios e aprendizagem da escuta atenta. Um modo de escutar agradecido, sem prejuízos
nem juízos posteriores, mas que presta atenção especial aos movimentos internos daquilo que o outro deseja compartilhar. Também
obriga a aprender a falar de maneira clara e concisa, sem medo de
62
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�expressar os sentimentos mais profundos. Para isso, é imprescindível
chegar à liberdade interior, pelo uso da palavra e pela ação da escuta.
Uma liberdade que é necessária para a indiferença própria de todo
discernimento. E isso se faz compartilhando aquilo que amplia ou
restringe a liberdade de cada um. A conversação espiritual nos faz
conscientes de que nem todos pensam e sentem como eu. Mas assim,
cada pessoa pode constatar como o Espírito lhe convida, através das
palavras do outro, a mover-se, a mudar, a considerar o ponto de vista
do outro e, que pode até deixar de lado suas próprias perspectivas.
A conversação espiritual é um convite à conversão. Revela os
próprios limites, os atalhos que cada um toma, os bloqueios diante
do que o outro compartilha e as dificuldades de cada participante
para abrir-se livremente ao Espírito. A experiência é que na solidão
da oração, as perguntas e também as respostas podem-se construir
individualmente, mas, em um grupo de irmãos iguais, é mais difícil
que alguém se engane a si mesmo. Portanto, o fruto principal ao
qual a conversação espiritual conduz é o agradecimento profundo a
Deus através dos membros do grupo. Revela-nos que temos muito
mais em comum do que inicialmente parecia, que a reconciliação é
possível e que o conjunto do grupo é mais do que a simples soma
dos membros.
A conversação espiritual pode vir a ser desordenada e difícil se
cada um dos participantes não estiver profundamente comprometido em um processo que seja também de discernimento espiritual.
Portanto, quando um grupo se lança na conversação espiritual, cada
membro deve zelar por seu processo de reflexão e oração para colocar-se em sintonia com o Espírito. Isto implica que, previamente,
deve-se entregar aos participantes toda a informação útil e necessária
para o assunto que se quer discernir. Do mesmo modo que quando
se trata de um assunto delicado em uma reunião, é muito conveniente deter-se, refletindo em silêncio por alguns minutos antes de
se lançar a falar; a conversação espiritual pede previamente a oração
pessoal. Quando nos lançamos precipitadamente a discutir um
assunto importante para um grupo, sem pararmos para ponderá-lo
individualmente, o resultado costuma ser que, ao invés de ganhar
tempo, se perde tanto o tempo como a profundidade. Quanto mais
complicado e importante seja um assunto para o grupo, mais tempo
de silêncio e de oração faz-se necessário.
Para tratar em profundidade de um assunto, ESDAC tem especial cuidado com o material que é distribuído para a oração, que tem
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
63
�como fundamento o esquema da oração nos Exercícios Espirituais.
Cada folha para oração contém, de maneira muito sóbria, textos
bíblicos ou textos inspiradores recolhidos de distintas tradições ou
culturas. De início vem a composição de lugar, a graça que queremos
alcançar, os pontos para a oração sobre o tema a ser tratado e um
convite ao colóquio final. Os materiais e atividades deste convite
seguem as quatro Semanas dos Exercícios Espirituais, acrescentando
ou adaptando a cada Semana algumas propostas metodológicas que
podem ajudar o grupo a alcançar o seu objetivo.
As Semanas dos Exercícios
Na Primeira Semana, é importante que cada um se sinta parte
da graça recebida no grupo: sua identidade, sua vocação e sua participação na missão de Cristo. Cada pessoa e o grupo são convidados
a “refletir” sobre seu Princípio e Fundamento” e, assim, vai se dando
um processo a partir da oração pessoal à oração de pessoa corporativa.
Aqui serão muito importantes as dinâmicas sobre a linha temporal
do grupo e o ciclo de vida-morte-ressurreição para identificar o
momento em que o grupo se encontra no presente e como, em sua
própria história, há etapas de graça, pecado e conversão. Além disso,
também é possível que nesta Primeira Semana se possa tratar juntos
de questões como o poder, a liderança e a organização do próprio
grupo. É interessante destacar que quando um grupo entra em uma
dinâmica de discernimento, o faz levando consigo toda a bagagem
das relações interpessoais, dos movimentos interiores, das histórias
passadas e as consequências das decisões anteriores. As obscuridades
e as feridas, assim como os momentos de graça e de confirmação
estarão presentes na hora de discernir em comum e as dinâmicas
estão focadas para dar nomes à história de cada grupo.
A linha temporal da vida de um grupo mostra ser um exercício
muito revelador, que pode ajudar a ter uma visão de conjunto e ser
um elemento catalizador da reconciliação dentro do grupo. Não se
trata de unir dados objetivos externos, mas de que o próprio grupo
vá fazendo sua própria linha temporal à memória de seus eventos
significativos ou da instituição que o reúne. A seleção de eventos
implica um processo de oração pessoal e de conversação espiritual,
pedindo a graça de apreciar a ação de Deus e a de sua graça para
que o grupo o possa seguir melhor. É uma forma de avaliação, mas,
64
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�ao mesmo tempo, pode servir para ver as necessidades do grupo ou
suas prioridades, dentro de um período concreto.
Outro exercício que acompanha todo o processo de discernimento é o ciclo de vida-morte-ressurreição. Em sua base está o desejo de
alcançar o conhecimento interno das dinâmicas de vida, de morte e
de ressurreição que se dão no funcionamento de um grupo. Em uma
explicação demasiado sucinta para o que esta dinâmica proporciona,
trata-se de reconhecer as etapas pelas quais passa um grupo, desde
os seus desejos fundacionais, seus mitos e aspirações primeiras, até a
situação atual de discernimento, para vislumbrar a etapa futura. Mais
do que um círculo fechado, a figura gráfica deste exercício deveria
mostrar um movimento ondulatório: nele há uma ascendência, por
meio da colocação em comum dos desejos iniciais, passando por
diversas etapas da urdidura de seus objetivos, institucionalização,
programação e gestão, entre outras; e há movimentos descendentes,
que vêm pela avaliação e a dúvida aplicadas aos procedimentos, às
ideologias ou à ética do grupo. Trata-se, assim, de tomar consciência
do momento em que o grupo se encontra, não somente a partir de
sua história (linha temporal) mas também a partir de sua vitalidade
em um ciclo de vida, morte e ressurreição.
A Segunda Semana tem como centro o chamado do Rei Eterno.
Aqui, ganha força a vida apostólica do grupo, o chamado original e
os desejos de seguir o Senhor. Nela volta-se aos exercícios descritos
anteriormente para ver o que está vivo no grupo, o que está morto e
o que necessita ressuscitar. Neste momento o grupo se exercita como
grupo nas meditações próprias da Segunda Semana: Encarnação,
Duas Bandeiras, Três Binários (ou Três Tipos de Grupos) e as
Contemplações da Vida de Cristo. E assim também aprende a
formular e compartilhar as consolações e desolações que acontecem
em grupo. O mesmo acontecerá na Terceira e na Quarta Semanas,
mas aí centrando-se respectivamente nas vivências de morte e ressurreição dentro do grupo.
Os tempos de Eleição.
Quanto ao momento de eleição no discernimento comunitário,
à maneira do individual, distinguem-se três tempos possíveis para se
fazer uma boa e sã eleição [EE 169]. O Primeiro Tempo de eleição
supõe para o grupo a mesma clareza e consenso que Inácio propõe
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
65
�nos Exercícios [EE 175]. Assim, Deus pode mover a vontade de
um grupo, de tal forma que não haja dúvida nem possam duvidar
de qual é a Sua vontade. O Segundo Tempo é aquele que depende
da experiência de discernimento dos dias anteriores: de como se
experimentou os movimentos dos diversos espíritos, iluminando ou
obscurecendo a experiência do grupo. Para descobri-lo, é necessário
recapitular a conversação espiritual do grupo. Quando cada um fala
sinceramente sobre o assunto que se quer discernir, o grupo vai descobrindo as moções e o resultado delas na reflexão do próprio grupo.
Como uma pessoa corporativa, o grupo, por si mesmo, pode sentir
que se move em uma ou outra direção. Pode haver momentos de lutas
que podem ser árduos para os integrantes, mas, gradualmente, vão
se encontrando e identificando as consolações e desolações, assim
como a direção a que apontam.
No Terceiro Tempo de eleição, o grupo em seu conjunto está em
situação de tranquilidade, ainda que nem todos os seus membros.
Esta quietude ajuda a confrontar as distintas alternativas sobre a
matéria que se quer discernir. Então, o melhor é usar a mesma metodologia de Santo Inácio, refletindo sobre as vantagens e benefícios
possíveis e também sobre as desvantagens e riscos que se possa correr
ao tomar uma decisão. No entanto, quando se trata de um grupo,
os passos podem ser um pouco mais complexos do que quando se
discerne individualmente. O grupo ISECP sintetizou sua proposta
em sete passos para o discernimento comunitário4.
1. Uma atmosfera de grupo e uma atitude pessoal para explicitar a fé. O grupo necessita ter plena consciência de sua fé,
como condição básica para abrir o tempo de discernimento.
2. Disponibilidade para, na oração, pedir luz e reta intenção,
antes, durante e depois. Os participantes necessitam do
contato com o Senhor de forma individual e grupal no
processo de discernimento. Esta atitude pede um cuidado
e atenção maiores do que em outros momentos de oração
meditativa ou contemplativa.
3. Liberdade interior, que vem da liberdade espiritual. Todos
devem compreender e querer desprender-se de seus afetos
desordenados e de suas ataduras.
4. Informação compartilhada e assimilada. O discernimento
não inclui a necessidade de ter toda a informação concreta
sobre as implicações do que se quer decidir. Nem toda
matéria é apropriada para o discernimento em comum. Há
66
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
4. SCHEMEL, G. J.; ROEMER, J. A.
“Communal Discernment”, Review
for Religious (nov/dic 1981) vol. 40
n. 6. Revisado em julho de 1992.
�temas que são tão corriqueiros, que podem ser geridos no
âmbito puramente administrativo e não devem entrar em
discernimento. Mas aquilo que toca a identidade, a vocação e a missão do grupo, pode sim ser discernido à luz do
Evangelho.
5. Formular a matéria do discernimento da maneira mais
simples possível, de modo que se possa distinguir e separar
as razões a favor e contra. Os que discernem deverão dedicar tempos distintos e declarar separadamente os prós e os
contras da matéria da eleição.
6. Tentar alcançar o consenso. O grupo será convidado a
declarar o grau de consenso que alcançou e os pontos em
comum sobre os quais há desentendimento.
7. Confirmação, como consequência, a partir do interior e do
exterior: o interior significa ter encontrado paz e alegria
no Espírito; o exterior significa ver como o tempo afetará
a decisão [EE 187] e verificar a congruência da decisão em
relação às autoridades legítimas das quais o grupo depende.
No caso de que o grupo esteja articulado sob o voto de obediência da vida religiosa, pode ser de grande ajuda declarar inicialmente
se a decisão é vinculante ou se é uma consulta não vinculante, que,
ao final, depende da autoridade de um Superior para levar a termo
a decisão. Obviamente, o discernimento costuma implicar na eleição
entre duas coisas boas, o que supõe áreas que não se distinguem com
facilidade, onde falta a clareza e a certeza sobre qual será a melhor
opção. Nestes momentos, a figura do Superior pode ser de grande
ajuda para terminar os processos de discernimento. Por outro lado,
normalmente, ninguém quer ser o responsável último por fechar uma
instituição, retirar uma subvenção, abrir um campo de apostolado
conflitivo etc…. Assim, o apoio na oração que o discernimento comunitário supõe, se faz cada vez mais necessário para sentirmos que,
inclusive em nossas inseguranças, estamos seguros nas mãos de Deus.
ESDAC, uma forma, entre outras, de discernir
Na história de cada grupo, haverá momentos em que se experimenta frustração. Todo grupo humano é suscetível de ficar imobilizado por prejuízos, projeções, lutas de poder, inclinações pessoais,
manipulação e silêncios, que contaminam a interação do grupo. O
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
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�próprio grupo pode parecer o maior obstáculo para que os esforços e
qualidades pessoais possam dar frutos, mas, em tempos de estruturas
pessoais líquidas e de crescente individualismo, parece que a comunidade é o melhor espaço para a escuta de Deus. Ninguém tem os
ouvidos suficientemente grandes para abarcar toda a riqueza daquilo
que Deus tem para nos dizer. Assim, a redescoberta do discernimento
comunitário aparece como uma alternativa à fragmentação pessoal e
à estreiteza do olhar individual, para abrir-nos a novas possibilidades
de coesão, amplitude, profundidade das opções ao nosso alcance na
construção do Reino de Deus.
As ferramentas e recursos do discernimento comunitário propostos por ISECP e ESDAC bebem, principalmente, da fonte dos
Exercícios Espirituais. Além disso, ao longo de anos de experiências,
também beberam de outras fontes, próprias do mundo das organizações corporativas, de distintas escolas de psicologia e das correntes
da Comunicação Não Violenta. Por exemplo, o grupo originário da
América do Norte encontrou inspiração nos trabalhos do pedagogo
brasileiro Paulo Freire e em suas intuições sobre a libertação por meio
do diálogo. A formação dada por ESDAC, baseada sobretudo na
aprendizagem prática, apoia-se também em alguns estudos sobre a
inteligência coletiva e a sociocracia5.
ESDAC já vem aplicando a sua metodologia há mais de 25 anos,
a centenas de grupos diferentes. A gama de possibilidades pode ir
desde um dia de retiro para uma equipe paroquial até a um processo
de três anos de discernimento para todas as comunidades de A Arca
ao redor do mundo. A formação e suas equipes de trabalho estão
se espalhando por vários países, evoluindo continuamente em seus
métodos, mas com os mesmos fundamentos. Cada situação de cada
grupo é única e pede um acompanhamento em equipe, que pode oferecer distintos meios, mas mantendo-se como um pêndulo centrado e
deixando todo o poder nas mãos do grupo. ESDAC é simplesmente
uma forma a mais de ajudar no discernimento comunitário, entre
outras maneiras e escolas que a rica tradição inaciana oferece.
68
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
5. Para saber mais sobre ESDAC
ver <www.esdac.net>.
�Subsídio
Conversação Espiritual1
1. Este é um dos Subsídios dados pela equipe de ESDAC para
a experiência de discernimento na
Assembleia Mundial da CVX. Cf.
artigo nas páginas 71-78.
2. Para compreender o sentido da
pena cf. p. 61 desta edição.
P
ara favorecer a escuta e a expressão em uma partilha.
A atitude principal é uma escuta respeitosa e agradecida.
Aquele que tem a pena em suas mãos não é interrompido2.
Cada pessoa é uma “expert de sua própria experiência”.
Cada um fala por turno. Enquanto tem a pena em suas mãos,
tem a palavra. Não o interrompemos. Compartilhe o que você pode.
Não se entregue mais do que você deseja.
Tempos de silêncio são adequados e necessários.
Respeite o que é confidencial. Fora do grupo, não conte a ninguém o que se disse, a não ser com o consentimento da pessoa que falou.
Descreva sua experiência de maneira breve e clara. O pequeno
grupo de partilha não é o lugar de fazer uma homilia, converter a
outros a seu ponto de vista, impor a outros suas ideias favoritas.
Nem é o lugar para resolver os problemas dos demais ou levarlhes socorro.
Fale em forma de “eu” e não de “as pessoas”. Fale em seu próprio
nome.
O guardião do tempo zela para que, no tempo concedido, cada
um tenha o tempo de expressar-se e para que o grupo faça, se possível,
pelo menos as duas primeiras rodadas de partilha.
As três rodadas para partilhar
Primeira rodada. Cada um partilha por turno os frutos de
sua oração que acaba de viver, eventualmente com a ajuda de notas
tomadas na releitura. Durante esta primeira rodada, não reagimos
ao que é compartilhado, a não ser para pedir algum esclarecimento.
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
69
�Segunda rodada. Faça alguns momentos de reflexão silenciosa
sobre a experiência comum que constitui a “primeira rodada” de
partilha: O que me tocou? O que descobri de novo? Tenho alguma
pergunta? Em seguida, partilhem, deixando espaço livre para as
interações entre vocês. Ao terminar esta rodada, tratem de nomear
o consenso que há atualmente entre vocês.
Terceira rodada. Quem deseja toma a palavra para dialogar com
o Senhor, em relação ao que foi vivido e compartilhado.
70
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[E]</span> <strong>Dimensão espiritual</strong> | <strong>Dimensión espiritual</strong>
Description
An account of the resource
<ul><li>Itens referentes a espiritualidade em geral</li>
<li>Materiais de estudo sobre a espiritualidade inaciana, incluindo os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.</li>
</ul>
Subject
The topic of the resource
Dimensão espiritual | Dimensión espiritual
Espiritualidade inaciana | Espiritualidad Ignaciana
Language
A language of the resource
pt
es
Rights
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<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt" target="_blank" rel="noreferrer noopener">CC BY-SA</a>
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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A name given to the resource
Exercícios Espirituais adaptados ao discernimento em comum
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Janin, Franck, SJ; Pablo, José de, SJ
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
setembro 2018
Description
An account of the resource
A proposta metodológica desenvolvida pelo ESDAC (Exercices Spirituels pour un Discernement Apostolique en Commun) coincide nestes pressupostos para grupos que, especificamente, têm em comum um projeto, um propósito, um objetivo para os que buscam encontrar a vontade de Deus. Depois de um processo de
amadurecimento de quase cinquenta anos de experiência, a proposta de ESDAC se entende a si mesma como uma mais entre
outras possíveis. Veremos aqui um pouco de sua história e as duas
chaves de sua pedagogia para o discernimento a partir dos
Exercícios Espirituais: a conversação espiritual e os modos de eleição.
Este método foi aplicado durante a Assembleia Mundial CVX Buenos Aires, 2018.
Language
A language of the resource
pt-BR
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Itaici - Revista de Espiritualidade Inaciana
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Artigo
Source
A related resource from which the described resource is derived
Este artigo foi publicado originalmente em Manresa 90 (2018) 63-72. Publicado na Revista Itaici(113), Setembro de 2018 com autorização de José de Pablo.
Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Discernimento espiritual | Discernimiento espiritual
ESDAC
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/3f7ac21e6cf680af2cedf26d7b0f48b9.pdf?Expires=1712793600&Signature=txs%7E3YgP8HUrpbWyUPjoNyUUK9izKekwqsKdsh5E6yqx4Q9JrSlvDHuaY78nAnICwckEKc-x-wov8O8%7E6-GTBahFuvfZQKmiQ-R4RtDVRo5MQbunaMroOjs6hEn5xd0D0eRD6SNi8ExzF3pDhr514KlGAervO68p4Z3xoFNyhyQ2rkW61HW9kVrVdev6JyhV3a5ujvsZRsP9mEEHNdn3Oweb-1SPjp8pNVsgSj%7Erduf5C---BguuKdezSI79o1oqfhJn-W0WxZc0OrETPotFsnw20hwRPZ8SxhQxIhWvJXijtaQwD6nyAmbROd4ilHWPWbsbc1vfTN6h0uKGEihq4w__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
24b10610a6e77090b108cdaeb385748d
PDF Text
Text
Experiência
Nossa experiência de discernimento apostólico
comunitário com ESDAC1
Emmanuel da Silva e Araujo, SJ
Kricia Frogeri Fernandes
A autora é leiga, psicóloga
e coordenadora da Regional
Sul da CVX do Brasil. O autor
é padre Jesuíta, Assistente
Eclesiástico Nacional da CVX
do Brasil e editor da Revista.
A foto foi tirada na Assembleia
Mundial da CVX, em Buenos
Aires, na qual ambos foram
delegados do Brasil.
1. Para melhor compreensão
desta nossa partilha, ler o artigo
Exercícios Espirituais adaptados
ao discernimento em comum, de
Franck Janin e José de Pablo, às
páginas 59-68 desta edição, que
explica o que é ESDAC (Exercices
for Spiritual Discernment on Apostolate in Common).
2. Cf. Proyectos 168. As edições de
Proyectos (Projetos) estão disponíveis no site da CVX mundial (www.
cvx-clc.net), na seção de Recursos,
nas três línguas oficiais da CVX:
inglês, espanhol e francês.
3. A CVX tem Assembleias Mundiais a cada cinco anos. Cf. Finatti, Rafael. CVX: uma comunidade
mundial em contínuo discernimento. A história da Comunidade
de Vida Cristã, contada a partir
de suas Assembleias Mundiais.
Itaici – Revista de Espiritualidade
Inaciana 111 (2018) 5-20.
E
m 2018, a Comunidade de Vida Cristã — CVX — celebrou
50 anos, jubileu que tem como marco a confirmação de seus
Princípios Gerais pelo Papa Paulo VI, em 25 de março de 1968, para
um período de experiência de 3 anos. Entre os dias 21 e 31 de julho,
celebramos em San Miguel — Buenos Aires — a XVII Assembleia
Mundial da CVX. Nesta Assembleia, vivenciamos uma bela e profunda experiência de discernimento comunitário apostólico, assessorada por uma equipe de ESDAC. É um pouco desta experiência
que partilhamos aqui: nossa experiência de discernimento apostólico
comunitário com ESDAC.
O itinerário de preparação que vivemos, rumo à Assembleia
Mundial, foi iluminado por três marcos referenciais: o tema “CVX,
um presente para a Igreja e para o mundo”; o texto da Escritura
“Quantos pães tendes? … Ide ver” (Mc 6,38); e a graça pedida:
“Desejamos maior profundidade e integração na vivência de nosso
carisma CVX no mundo de hoje”. Além de nosso 50o aniversário,
duas outras realidades contextualizavam a Assembleia: um Papado
que renova a Igreja e o chamado renovado aos leigos em nosso
mundo de hoje2.
Chegamos com muita alegria à Assembleia, inflamados de desejo
de responder a esta interpelação do Senhor à Comunidade Mundial,
mas também com uma pergunta a nos mover os corações: como
vamos fazê-lo? Nas Assembleias anteriores, o Senhor foi apontando
caminhos muito concretos, que, aos poucos, deram forma e rosto ao
nosso Carisma, à nossa identidade e vivência espiritual e missionária
um só Corpo comunitário mundial em discernimento3. E agora, o
que ele nos pedirá? Que caminhos nos indicará?
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
71
�Logo de início, ao encontrarmos os delegados e delegadas que
aos poucos iam chegando a San Miguel, foi incrível reconhecer,
de maneira bem concreta, a CVX como uma única comunidade
mundial, com diversos rostos, línguas, modos de vestir e modos de
ser, mas caminhando no mesmo desejo e missão. O sentimento de
envio também se fez presente durante todo o tempo, afinal, “não
estávamos ali por nossas capacidades, mas porque éramos enviados
por nossa comunidade”4.
O processo que viveríamos naqueles dias foi ambientado pelo
próprio local da Assembleia: Colégio Máximo da Companhia
de Jesus, em San Miguel — Buenos Aires. Aí o P. Jorge Mario
Bergoglio, SJ, passou a maior parte de sua vida na Companhia de
Jesus. Junto ao Colégio está a Paróquia San Jose Patriarca, fundada
pelo P. Bergoglio, que foi seu primeiro Pároco. Auxiliados pelo
Dr. Austen Ivereigh5, entramos em profundidade no modo evangelizador do Papa Francisco para, mais tarde, com a ajuda do P. Rafa
Velasco, SJ6 e do povo da Paróquia, fazermos uma experiência de
imersão na prática pastoral cheia de vida e alegria que se vive aí.
Tivemos assim uma experiência da visão pastoral do Papa, que marca
profundamente aquele povo e sentimos o senhor nos chamar a um
renovado espírito de missão. Como viveremos a CVX desta maneira?
Que caminhos o Senhor vai nos mostrar?
Outra experiência de ambientação que lançou a Assembleia
ao que estava por vir foi a apresentação de Madalena Palencia, do
México, uma cevequiana que está na CVX desde os seus primórdios.
Na apresentação inicial da Assembleia, nos pusemos todos de pé
e pediram que quem tinha até 5 anos na CVX se sentasse; de 5 a
10 anos; … até que chegou nos 50 anos… E todos víamos Madalena
em pé no meio da Assembleia. Ela nos fez participar de uma viagem
histórica, destacando os grandes momentos em uma linha de tempo, que depois acompanhou todas as nossas orações e trabalhos. E
ela disse uma frase que impactou a muitos: “O nome CVX é uma
consigna, um desafio e uma missão”. Como viveremos a CVX desta
maneira? Que caminhos o Senhor vai nos mostrar?
O P. Arturo Sosa, SJ também interpelou a Comunidade com
sua intervenção7. Primeiro nos mostrou que celebrar os primeiros
50 anos da CVX é um desafio olhar para os benefícios recebidos de
Deus, para o bem feito pela CVX no mundo, e dar graças a Deus.
Ao mesmo tempo, é sentir o Espírito nos chamando a olhar para
a frente para consolidar e aprofundar toda esta experiência de vida
72
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
4. Pronunciamento do então Presidente Mundial da CVX, Mauricio
López Oropeza, durante o primeiro
dia da Assembleia Mundial. Seu
mandato encerrou-se com a eleição
da nova Equipe Executiva Mundial,
nesta Assembleia.
5. Jornalista britânico e biógrafo
do Papa Francisco, falou-nos sobre o tema A opção de Francisco:
evangelizar um mundo revolto.
Cf. IVEREIGH, Austen. The Great
Reformer. Francis and the making
of a radical Pope. New York: Henry
Holt and Company, 2014.
6. P. Luis Rafael Velasco, SJ era o
Pároco da Paróquia do Patriarca
São José. Enquanto esta edição
era preparada, foi nomeado Provincial da Província Jesuíta de
Argentina-Uruguay.
7. Assistente Eclesiástico Mundial da CVX e Superior Geral da
Companhia de Jesus, em seu pronunciamento à Assembleia: Una
Comunidad Laical de discernimiento al servicio de la reconciliación.
�8. Eram 63 países membros e 8
países observadores. Destes 204
delegados, 51 eram Jesuítas.
9. Françoise Uylenbroeck (Bélgica),
Graziano Calci (Itália) e José de
Pablo, SJ (Espanha).
e responder aos novos desafios que nossos tempos nos apresentam.
Para isso, somos chamados a ser cada vez mais uma comunidade de
discernimento, companheiros e companheiras em uma missão de
reconciliação e justiça. Como viveremos a CVX desta maneira? Que
caminhos o Senhor vai nos mostrar?
Deste modo, nossos corações foram introduzidos no discernimento sobre como viver nossa identidade CVX, agora cinquentenários que somos, neste mundo revolto. Quando o Conselho Executivo
apresentou o programa da Assembleia, colocando que vivenciaríamos
um processo de discernimento comunitário, imediatamente nossos
corações se alegraram! Que experiência marcante: um discernimento
com mais de 200 pessoas! Mas não disseram quem assessoria o processo, nem como isso se realizaria. Apenas anunciaram que no meio
de nós estavam aqueles que nos ajudariam. A equipe de ESDAC
estava desde o início em nosso meio e acompanhou o tempo de preparação: os subsídios de ajuda ao discernimento e as suas colocações
na orientação do processo deixaram isso bem claro.
Assim, neste tempo de graça, vivemos esta experiência ímpar
de sermos assessorados por uma equipe de ESDAC em 5 dias de
discernimento apostólico comunitário, em que, recolhendo os frutos
do itinerário de 50 anos de vida da CVX, discernimos os caminhos
que o Espírito nos aponta para os próximos anos de caminhada. Um
aspecto deste processo é surpreendente e, ao mesmo tempo, atesta
que, quando no discernimento em comum há uma metodologia bem
aplicada e as pessoas se deixam conduzir pelo Espírito, o Espírito
realmente age: nós éramos 204 delegados, de 71 países8; os idiomas
oficiais da Assembleia eram três (espanhol, francês e inglês); e a
equipe de ESDAC era composta de três membros (um espanhol, um
italiano e uma belga9). Era a primeira vez que os três trabalhavam
juntos e era a primeira vez que orientavam o discernimento de um
grupo tão grande e diverso, em curto espaço de tempo. Se os 30
pequenos grupos que foram compostos eram por afinidade linguística, no plenário tínhamos que nos entender. Mesmo com tradução
simultânea, seguir uma metodologia que trata de discernir moções
comuns foi um grande desafio. Neste contexto, ESDAC mostrou ser
um método muito fecundo, que ajuda o grupo a realmente se abrir
ao Espírito, a vencer as resistências e a buscar e encontrar a vontade
de Deus para a comunidade que discerne.
O processo de discernimento iniciou-se no terceiro dia da
Assembleia, quando os membros, através das experiências dos
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
73
�primeiros dias, já tinham um tempo de convívio e de partilha de vida
e experiências. A equipe de ESDAC encaminhava textos para oração
individual, com alguns pontos para reflexão. Depois partilhávamos
nos pequenos grupos e, na sequência, havia uma partilha no plenário, com todos os delegados e delegadas. Este processo foi repetido
diversas vezes e, a cada passo, nos dava mais elementos para a oração
e, assim, discerníamos os caminhos pelos quais o Espírito amorosamente nos guiava: “Senti uma confiança muito grande no Espírito e
me entreguei à experiência, afinal, uma das frases que mais ouvimos
na Assembleia foi a de que “o caminho é a experiência”10 (Krícia).
Nos pequenos grupos, a cada rodada de oração e partilha, crescia a confiança e a unidade entre os membros e iam se constituindo
pequenas comunidades de vida, que se sentiam como membros do
Corpo: a Assembleia, que representa a Comunidade Mundial. Nestas
pequenas comunidades, marcadas pelo estilo de vida CVX, cerca de
sete pessoas de países diferentes partilhavam suas vivências, frutos
da oração pessoal de cada membro. Eram verdadeiras “conversações espirituais”, uma conversa profunda, alternando momentos de
silêncio, em que se prestava atenção aos movimentos do Espírito,
nas moções compartilhadas por cada pessoa. Ouvindo a partilha do
outro, aprofundávamos o sentimento de sermos parceiros e parceiras
de caminhada, irmãos e irmãs de fé. Na realidade de cada comunidade
nacional, que vinha à tona nas partilhas, experimentávamos como a
espiritualidade inaciana e o carisma CVX nos imprime uma marca
comum que nos une como Corpo Mundial.
Inicialmente houve dificuldades com a metodologia proposta:
no controle do tempo, nas interrupções da partilha do outro, no conteúdo a ser compartilhado, nos momentos de síntese… Percebíamos
que estar atentos às próprias moções e na escuta do que acontecia no
grupo não era uma tarefa fácil: exigia disciplina no seguimento da
metodologia e prática e disposição para sair de si, acolher os outros
e deixar que suas partilhas das moções ressoassem internamente no
próprio coração. Para marcar esta atitude imperativa para o discernimento, ESDAC costuma utilizar o simbolismo da pena de águia11.
Em San Miguel, este símbolo foi substituído pela cuia de mate que,
na região, marca a cultura do encontro, do diálogo e da partilha.
Os pequenos grupos acolheram totalmente o significado deste
símbolo: cada pessoa que partilhava, segurava a cuia nas mãos, e isso
significava que a palavra era dela e que este espaço era sagrado; a
cada um dos outros, correspondia a escuta atenta, buscando perceber
74
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
10. P. Rafa Velasco, falando sobre o
caminho que percorreríamos na experiência de imersão na Paróquia.
11. ESDAC tomou este símbolo da
cultura dos primeiros moradores do
Canadá: sentados em círculo, passavam entre si uma pena de águia,
ressaltando que a pessoa que a
tinha nas mãos, tinha a palavra e
que os demais deveriam escutar.
Esta pena permaneceu na tradição
de ESDAC e hoje é o símbolo e a
logomarca da equipe. Cf. Janin – de
Pablo, art cit p. 61.
�12. Cf. Exercícios Espirituais 106.
as moções que tal partilha despertava em si. Deste modo, do momento inicial de dificuldade, passamos a momentos consoladores,
de profunda união e sintonia, aguçando nossos sentidos, abrindo os
corações e saboreando a presença do Espírito entre nós.
Havia também um guardião do tempo, cuja função era garantir
que todos os membros pudessem ter igual espaço de partilha. Isso
nos disciplinava na escuta, de tal maneira que todos começamos a
experimentar a riqueza da partilha do outro. E, após algumas experiências de grupo, o guardião “ficou desempregado”: aprendemos a
escutar o outro e nos ater às moções em nossas partilhas, fazendo-as
de maneira profunda e objetiva, para também poder escutar a riqueza
da partilha do outro; já não era tão necessário controlar o tempo!
Após a primeira rodada de partilha, fazíamos um tempo de silêncio para cada um refletir sobre si mesmo para tirar algum proveito12:
“O que me tocou?”; “O que descobri de novo?”; “Necessito fazer uma
pergunta para alguém, buscando esclarecer algum ponto?”… E então
abria-se um espaço de tempo para uma livre interação entre nós,
partilhando um sentimento novo ou fazendo perguntas. Ao final,
procurávamos nomear as moções principais da pequena comunidade,
sintetizando-as para compartilhar na plenária. A síntese não se
tratava necessariamente do que mais aparecia no grupo, quantitativamente, mas sim de como o grupo poderia expressar aquele momento
único a partir das moções.
Também na plenária, passamos por momentos de tensão: às
vezes era difícil entender o que o outro dizia, o que era proposto,
às vezes as partilhas eram opostas… P. Arturo Sosa, SJ já tinha nos
alertado de que as tensões fazem parte do crescimento, mas é preciso
cuidar para que não se transformem em conflito. Tudo era acolhido
de maneira amorosa e respeitosa, o que era somado aos períodos
alegres de convivência. Aos poucos o clima de confiança e entrega
foi crescendo e os frutos foram aparecendo.
“Este processo também aconteceu comigo: em um momento me
percebi com a expectativa de construção de caminhos muito objetivos, como se fôssemos encontrar uma resposta única. Aos poucos fui
percebendo que o Espírito não nos falava dessa forma, mas sim por
meio de tanta diversidade!” (Krícia). Houve um delegado que nos
contava que foi reclamar com a equipe de coordenação porque estávamos perdendo tempo; ficávamos rezando e partilhando sentimentos,
sem chegar a nada de concreto: “foi para isso que viemos a Buenos
Aires?”. Mas depois foi perceber que os caminhos do Espírito não
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
75
�são como nossos apressados caminhos cotidianos; e se surpreendeu
de ver como o Senhor foi traçando seus caminhos e produzindo seus
frutos: “o caminho é a experiência”.
Outro fato importante é que, no desenrolar do processo, vieram
à tona a beleza da história e da vida de cada um e a riqueza que o
Espírito comunicava a cada um e através dos outros, o que formava a
unidade entre tão diversas pessoas. Mas, ao mesmo tempo, a partilha
também desvelava nossos pecados e egoísmos – pessoais comunitários e eclesiais – e nos fazia ver como isso trava e bloqueia nossa
vida fraterna e missionária. O dia da celebração da reconciliação
foi também a celebração da liberdade e da fraternidade. Sentimos
como a Assembleia se tornou mais consolada e mais aberta à busca
da vontade de Deus: “Para mim, estar sentado na capela para atender aos irmãos e irmãs que buscavam a celebração sacramental da
reconciliação foi um momento de graça. Eu via padres de tantas
partes do mundo aguardando as pessoas em oração, o perdão sendo
dado em tantas línguas, e podia experimentar o Espírito consolando
a Assembleia e formando esta unidade de um Corpo Comunitário
em missão no mundo todo” (Emmanuel).
Com paciência e atenção, a equipe de ESDAC nos explicava
que o objetivo do discernimento comunitário não era o de nomear
problemas, buscar soluções, em uma dinâmica de cúmplices versus
oponentes ou em uma preocupação com a autoimagem ou com a
eficácia dos resultados. E foi reforçando o sentido de rezar os problemas, escutar os sentimentos e as moções, em uma dinâmica de
fraternidade e corpo apostólico, com paz, reconhecimento e gratidão
por quem somos. Foi realmente incrível perceber como o Espírito
nos falava: pessoas tão diferentes, grupos de partilha tão diversos, e
tantas semelhanças no que era compartilhado! Começavam a aparecer algumas linhas condutoras do chamado para a CVX: linhas de
discernimento e ação, para serem aprofundadas na realidade local de
cada país. A presença do Espírito se fazia tão concreta que Deus era
quase visível aos nossos olhos. “Eu perguntava, cheia de consolação: e
quem disse que não vemos Deus?” (Krícia). Ele estava concretamente
presente ali entre nós, nos guiando, cuidando de cada um e de todos.
Sua presença foi saboreada e cada um se entregava à experiência…
A equipe de ESDAC foi fundamental e muito competente em
organizar o que estava surgindo, as partilhas, as sínteses, as moções…
Entre os meios e espaços simbólicos criados por ESDAC, está a disposição do grupo que discerne em círculos. Imaginem o que é dispor
76
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
�13. A tenda era um grande toldo
montado para ser o espaço de encontro e trabalho do grande grupo.
14. Cf. o Documento Final da XVII
Assembleia em <http://www.cvxclc.net/l-sp/resources.php>.
um grupo de mais de 204 pessoas em círculo, dentro de uma tenda13
preparada para uma disposição à maneira de “sala de aula”. Pois isso
foi feito! No início da Assembleia, estávamos dispostos como uma
sala de aulas, em carteiras. A equipe de ESDAC, quando assumiu a
orientação do discernimento, pediu para retirar as carteiras e fazer
três grandes círculos na tenda. De início, pareceu-nos incômodo,
pois não tínhamos apoio para tomar notas. Mas com o avançar da
dinâmica, sentíamos como estar em círculo, podendo ver as pessoas
quando se expressavam, nos levava a viver a experiência real de sermos
um Corpo Comunitário. Simples mudança de configuração, muito
simbólica, que fez aquilo que faz um símbolo: unir as partes de um
mesmo todo. Esta disposição dos delegados em círculo nos dizia
que ali cada um era muito importante nesse processo, criando um
grande espaço de escuta amorosa.
As partilhas na plenária eram organizadas de maneira visual,
com cartazes, palavras, gestos, símbolos, no meio dos quais os delegados caminhavam em silêncio, detendo-se nos que mais chamavam
a atenção, guardando nos corações e discernindo à luz do Espírito.
Depois havia um espaço para a partilha verbal destas moções. O
que muito tocava a todos era ver como, pouco a pouco, as moções
iam se convergindo a pontos comuns. Quanto mais essa dinâmica
evoluía, mais experimentávamos, tanto nos pequenos grupos como
na Assembleia, o aumento da abertura, da fraternidade, do sentido
de Corpo e da consolação espiritual. Assim, dia após dia, os caminhos se consolidavam, a ponto que houve uma aclamação geral
após a leitura da primeira versão do documento final. Mesmo com
pequenos ajustes, a Assembleia sentiu-se representada, reafirmando
nosso chamado a aprofundar, compartilhar e sair14.
“Hoje, olhando mais à distância, fico me perguntando: como
estas três pessoas conseguiram orientar um processo tão frutuoso
de oração e discernimento, em tão pouco tempo e com um grupo
tão grande e heterogêneo? E aí me vem à memória uma imagem:
eu estava hospedado no terceiro piso do Colégio Máximo, onde há
uma pequena capela, muito aconchegante. Todas as noites eu passava
por lá antes de ir dormir e encontrava um dos membros de ESDAC
rezando; e quando eu saía, ele continuava lá… A equipe rezava junto
com o grupo e, na sua escuta e nas suas moções, era capaz de captar
as moções da comunidade orante” (Emmanuel).
Participamos de uma experiência muito rica de discernimento
comunitário, aprendendo a confiar uns nos outros e na presença do
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
77
�Espírito. Também vivenciamos o nosso modo de proceder15, reforçando o sentimento de quão rica é a nossa CVX, realmente um presente
para a Igreja e para o mundo! E também pudemos experimentar como
é rica e agraciada esta inspiração de Deus para conduzir um discernimento apostólico comunitário através da adaptação dos Exercícios
Espirituais, aplicada por ESDAC. Para as comunidades que buscam
encontrar a vontade de Deus na disposição de sua dinâmica de vida
fica a dica: aprender com ESDAC!
78
Itaici – revista de espiritualidade inaciana, n. 113 (setembro/2018)
15. Para conhecer este modo
de proceder, cf. Hermínio Rico.
A dinâmica CVX de DiscernirEnviar-Apoiar-Avaliar como uma
experiência de continuado discernimento Apostólico Comunitário.
Itaici – Revista de Espiritualidade
Inaciana 111 (2018) 21-39.
�
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[E]</span> <strong>Dimensão espiritual</strong> | <strong>Dimensión espiritual</strong>
Description
An account of the resource
<ul><li>Itens referentes a espiritualidade em geral</li>
<li>Materiais de estudo sobre a espiritualidade inaciana, incluindo os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.</li>
</ul>
Subject
The topic of the resource
Dimensão espiritual | Dimensión espiritual
Espiritualidade inaciana | Espiritualidad Ignaciana
Language
A language of the resource
pt
es
Rights
Information about rights held in and over the resource
<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt" target="_blank" rel="noreferrer noopener">CC BY-SA</a>
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Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Title
A name given to the resource
Nossa experiência de discernimento apostólico comunitário com ESDAC
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Araujo, Emmanuel da Silva e Araujo, SJ;
Fernandes, Kricia Frogeri
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
Setembro 2018
Description
An account of the resource
Kricia Fernandes e Padre Emmanuel Araujo, SJ compartilham a experiência de discernimento apostólico comunitário em ESDAC (Exercices for Spiritual Discernment on Apostolate in Common).
Experiência se deu durante a XVIII Assembleia Mundial da CVX, Buenos Aires, 2018.
Language
A language of the resource
pt-PT
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Revista Itaici
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Experiência
Source
A related resource from which the described resource is derived
ItaIcI – revIsta de espIrItualIdade InacIana, n. 113 (setembro/2018), páginas 71 a 78
Assembleia Mundial | Asamblea Mundial
Buenos Aires, Argentina
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
ESDAC
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/b452ad508ff09aa3c4ea82e54915de9e.pdf?Expires=1712793600&Signature=Gj4EjTux0DHdoBqphF6nOF6Z72Z3HUPIhvlSexyfNfD-EnP4cwONcYsTEt%7EUEZjc14CGOYxrIEzB%7ENKwMcgJNarTKBm4k-1tEDBxAraCMlXZ1AxDsuzFaWnLCOqLv5sLJoUgFZgLMxGLPzSS00Hc6jxa30BOdvi9vAFT01%7EnGXZuRrYOTPK2mCtDBfNr%7EsuG22pHaLwSfDftyvvlKW3OW6Va5s-pD%7EAGUuRc5ALdVrapzoO1iuAPe9zpY33-Sv4fj-7-nPZ9Sitl1lE21mQRrrTiq04O9A2VGxILEu48-ZnKsr2WRJ%7EpFnBokb2qmdetc-izbS0B7rV-RaXTJmGZug__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
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Dublin Core
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[C]</span> <strong>Dimensão apostólica</strong> | <strong>Dimensión apostólica<br /></strong>
Subject
The topic of the resource
Dimensão apostólica | Dimensión apostólica
Missão apostólica | Misión apostólica
Fronteiras apostólicas | Fronteras apostólicas
Description
An account of the resource
[pt] Atividades apostólicas, campos de atividade, fronteiras apostólicas (ecologia, família, globalização e pobreza, juventude).
[es] Actividades apostólicas, campos de actividad, fronteras apostólicas (ecología, familia, globalización y pobreza, juventud).
Language
A language of the resource
pt
es
Rights
Information about rights held in and over the resource
<a href="https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt">CC BY-SA</a>
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
O contínuo discernimento comunitário na CVX
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Fernandes, Krícia; Finatti, Rafael e Rosado, Rafael
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
Dezembro/2021
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
Artigo que apresenta o processo de discernimento comunitário na CVX por meio do Polinômio Apostólico - DEAA.
Language
A language of the resource
pt-BR
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Revista Itaici, Editora Loyola
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Artigo
Source
A related resource from which the described resource is derived
ITAICI - REVISTA DE ESPIRITUALIDADE INACIANA, no. 126 (dezembro/2021)
DEAA | DEAE
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Polinômio Apostólico
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/1d44c31f5a4e16f8c49534337e5f5111.pdf?Expires=1712793600&Signature=uBbOLsFDG7V0x4T%7EIQNbZHPn-%7EcDMJEUgDhv4ytDiBpP5iHWzNTzafZKVmyomML7Zptuq31pcrjI8cb17v3APwvcGjEcz6-rz18xqIbjUBA4sK2%7Et2E2FFWpDPGiFFwA1UZhhfMfLDKvjhPEOftnAxTnbTC2FAhM3j1Y4ekyxm4aImqjSWgK9YbPvBDgXJoNlQf5SDxKiFIpDn-3YLTcLiMoLs28-Me6ohBpEdIn3DSMnlOP2u2GxDh6otA7PvZcLS61xGwFZuhVBPwtu5cHHiAdN0sVGfLfdDfySe0j3l7eViA6OJlOYCTMMRnfYRufpcpXCaQtlQccaw-VGa9hzQ__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
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PROJETOS
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires.
N.º 172, Junho 2019
O ExCo Mundial reunido em Namur, Bélgica, durante a Páscoa da Ressurreição
A Assembleia Mundial revelou que é possível escutar ao Senhor enquanto realizamos nossos
deveres; portanto, fomos conduzidos pelo mesmo desejo. Trabalhar duramente como
Conselho Executivo não nos impede de agir como uma comunidade em discernimento,
pequena, porém universal. Ainda que soe lógico, isso requer uma conversão, especialmente
para aqueles que têm responsabilidade.
Da mesma forma que os discípulos de Emaús, uma vez mais tivemos a experiência da
presença de Deus ao refletirmos sobre os acontecimentos, à luz das Escrituras e nas
celebrações da Eucaristia. Pedimos ao Senhor que nos contasse mais a respeito da
Assembleia Mundial, além da narrativa do documento final; tratando de ver as perspectivas
prometedoras propostas no simples, porém profundo chamado de Buenos Aires. Temos
razões para afirmar que verdadeiramente cremos no que aconteceu em Buenos Aires.
Se você busca uma visão ou um plano estratégico a longo prazo, então, com certeza, vai
querer ler a segunda parte da presente carta. Contudo, não podemos deixar de dizer-lhe,
antes de tudo, que nossos corações ardiam, enquanto o Senhor nos falava!
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires. Temos boas razões para crer nisso,
porém é um ato de fé. Não importa o obvio que possa parecer, experimentamos o
discernimento comunitário como o valioso dom de Deus para a CVX de hoje. É um
dom que temos que aprofundar e compartilhar à medida que vamos avançando. Dito ao
revés também funciona: é um dom que nos urge ao avançar e, ao fazê-lo, nos chama a
aprofundar no carisma para compartilhá-lo. De fato, os três verbos não se referem a um
processo linear, mas sim, é um modo integrado de vida.
A CVX está presente em muitas fronteiras e, onde quer que nos encontremos, queremos
sentir-nos em casa. O “magis” que podemos oferecer em cada campo da missão é
compartilhar nossa fé na presença ativa de Deus e nossa forma de buscar a Deus em
tudo. A experiência em nossa assembleia em Buenos Aires é transversal e totalmente
relevante nas fronteiras. Dado que a Assembleia Mundial se reuniu em uma grande
tenda (barraca), queremos repetir – sempre que seja possível – a dinâmica do
discernimento comunitário, em lugar de utilizar palavras sobre o discernimento, queremos
mover a tenda (barraca), isto é, criar espaços de transcendência onde estamos
comprometidos concretamente. Mediante a criação de espaços sagrados para
reconhecer e responder aos movimentos interiores do Espírito, confiamos que o Espírito
nos guie rumo a uma maior união com Cristo e um maior amor a Deus e aos demais.
Buenos Aires é transversal a todos nossos compromissos, pessoais e comunitários. Por
isso nos atrevemos a dizer que o chamado de Buenos Aires é verdadeiro e profundamente
apostólico.
É um chamado. Buenos Aires está acontecendo. Buenos Aires se desenvolverá se
verdadeiramente cremos que Deus continua falando conosco.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
1
�Esta é uma carta coral, formada por diferentes expressões expressadas pelos membros do
ExCo Mundial em cada uma das seguintes seis partes de nossa “profissão de fé”.
Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires, porque...
No coração da experiência houve um milagre moderno. E fomos testemunhas dele.
A comunidade ainda que diversa, rezava como uma só.
O coração da CVX Mundial se comoveu pela dor, amor e fé dos vizinhos do Bairro de São
Miguel.
Fomos honestos e livres para ver nossos pecados e paralisias comunitárias.
O Espírito Santo inspirou-nos para tentar coisas que só o amor de Deus pode conseguir.
Fomos enviados ao mundo sem seguir um tom próprio das negociações.
O Espírito Santo nos convida a oferecer-nos mediante nosso dom mais profundo.
O Senhor nos falou com uma mensagem clara e forte.
Resistimos à tentação de criar uma “doutrina”; porém estivemos abertos à purificação e
conversão do coração.
Fizemos uma experiência de integração e recebemos a graça que pedíamos: houve uma
reconexão entre as pessoas, identidade e missão.
Uma “sarça ardente”, uma experiência de “tirar as sandálias”.
O Espírito Santo vive!
Buenos Aires é uma revolução copernicana, um chamado a olhar nossa identidade de um
modo novo. Além de ser uma comunidade de discernimento e serviço, somos chamados a
oferecer-nos a nós mesmos, enquanto compartilhamos o caminho com outros.
O discernimento comunitário é o valioso dom de Deus para a CVX de Hoje.
No mundo de pós-verdades, o discernimento é uma urgência.
O Papa Francisco disse: ”O povo necessita acolhida, integração, acompanhamento e
discernimento, porém o discernimento é a dimensão menos desenvolvida na Igreja”.
Deus nos mostrou que o discernimento comunitário está no centro de nossa missão. Não é só
um meio, mas sim um elemento central do que somos e nossa forma de proceder.
O discernimento comunitário oferece unidade no propósito.
Em uma época de incerteza e sociedade de risco, necessitamos desenvolver uma democracia
de discernimento.
A libertação dos pobres começa pela libertação da consciência. O discernimento é uma
ferramenta para o modo mais profundo de libertação.
O discernimento comunitário nos inclui a todos.
Geremos processos e experiências de discernimento com o povo em todos os lugares
onde haja medo, divisão, dúvida, dor, conflito, mal-entendidos, exclusão, abusos, fracasso,
falta de sentido... Em qualquer lugar onde se tenha perdido a liberdade e o amor.
Somos chamados a abrir espaços de discernimento comunitários em todos os lugares do
mundo de hoje no qual nos encontremos. Permitamos que apenas nossa presença seja um
convite ao discernimento comunitário. Podemos irradiar uma abertura à santidade.
O discernimento cria reconciliação.
Acreditamos que se insistirmos em conectar-nos com o Espírito Santo, podemos escutar seus
movimentos em nossos corações e ser conduzidos ao amor e ao fazer de Cristo.
Aprofundar, compartilhar e avançar. Ou: Avança! Compartilha e aprofunda!
É cíclico, um espiral ascendente, cada parte leva ao crescimento de outra.
Avançar, Compartilhar e Aprofundar são pontos de acesso do caminho para o qual somos
chamados a partir de nossas próprias circunstâncias particulares. Comecemos por onde já
estamos.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
2
�“Queremos avançar, porém desta maneira”, disse um delegado na Assembleia, sinalizando à
tenda do plenário.
O documento final não indica passos específicos. Não trata sobre passos específicos,
porém sobre a escuta segundo cada realidade. O documento final não está terminado.
Ponhamo-nos em contato com a Realidade. É a realidade que inspira o Papa Francisco a
renovar a Igreja.
Ajudemos a que cada um esteja atento àqueles que estão mais próximos na vida diária.
Para realmente ter um impacto no mundo, comecemos na realidade onde estamos, com o que
temos.
Sejamos uma verdadeira comunidade laica inaciana.
Nosso carisma CVX é um dom para ser valorizado, nutrido e cuidado, para compartilhar com
outros e revelar a paz, a alegria e o amor de Cristo.
Buenos Aires é um chamado a uma conexão profunda com Cristo e ao ímpeto apostólico.
Somos chamados a viver intimamente com Jesus na missão.
Buenos Aires é transversal e totalmente relevante em todas as fronteiras.
Fomos enviados a discernir juntos nas fronteiras.
Veremos uma floração, de campos apostólicos, de fronteiras.
O chamado de Buenos Aires é tanto uma forma de buscar e encontrar onde mais nos
necessitam, como uma maneira de estar em qualquer fronteira à qual somos chamados.
Se formos suficientemente corajosos, saberemos que nossa maneira de ser É missão, e
nossas vidas terão que voltar-se com audácia, desta maneira, a todas as periferias onde o
Espírito está agindo.
A diversidade e a fragilidade das famílias requerem mais oportunidades para o discernimento.
A migração e a mobilidade humana necessitam construir pontes de discernimento
compartilhadas com a nova sociedade que estamos criando.
Pedimos a graça de incorporar melhor nosso carisma. Como acréscimo, recebemos uma
mensagem clara sobre a unidade dentro de uma CVX diversificada.
“No centro de vossa espiritualidade inaciana está este desejo de ser contemplativos na
ação. Contemplação e ação, as duas dimensões juntas, porque só podemos entrar no
coração de Deus através das feridas de Cristo, e sabemos que Cristo está ferido nos
famintos, nos que carecem de educação, nos descartados, nos anciãos, nos doentes, nos
encarcerados, em toda carne humana vulnerável.”1
Queremos mover a tenda, isto é, criar espaços de transcendência onde estamos mais
concretamente comprometidos.
Criemos espaços sagrados onde estamos.
Criemos encontros e praças abertas.
Movamos a tenda e estejamos com
aqueles que entrem, em vez de estar
repartindo folhetos com as instruções para
construir uma tenda perfeita.
Todos nós “agora”; não necessitamos esperar
a perfeição.
Onde quer que estejamos, somos
chamados
a
abrir
espaços
de
discernimento. Onde quer que vivamos,
vivemos desta maneira. Cada vez que
vamos, o caminho se transforma.
Necessitamos mais uma experiência de conversão que de perfeição ou de redigir documentos
perfeitos.
1
Da carta do Papa Francisco à Assembleia Mundial da CVX em Buenos Aires (http://bit.ly/Suplemento74)
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3
�Buenos Aires está acontecendo
O mistério ainda está se desfraldando. Continua a longa conversação com o Espírito.
As verdadeiras fronteiras nos levam a caminhos desconhecidos, guiados somente pela luz
do Espírito. Este é um convite e a graça a qual somos chamados a realizar juntos.
Quando Deus fala, necessitamos tempo para compreender, converter-nos e aceitar.
O convite é claro, sejamos testemunhas.
Estamos nas mãos de Deus, que nem sempre é um lugar cômodo, mas, em última instância,
um lugar de responsabilidade.
Se respondermos ao chamado, algo “grande” acontecerá; é o Espírito quem está criando
uma onda profunda que nem lançamos e nem controlamos.
Buenos Aires ainda segue acontecendo, o que nos leva de novo ao ato de fé: cremos que
Deus falou à CVX em Buenos Aires.
Rojean e Alwin Macalalad, Manuel Martinez,
Daphne Ho, Fernando Vidal, Diego Pereira, Najat Sayeg,
Catheriine Waiyaki, Ann Marie Brennan, Denis Dobbelstein
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4
�Caso você queira ler mais sobre as perspectivas que temos:
Em Buenos Aires revisamos nosso carisma, para atrever-nos a nomear e dizer com confiança
que a CVX em si é um dom para a Igreja e o Mundo. A questão era fundamental e universal.
Assim que sabíamos que não seria um discernimento clássico (ou seja, um discernimento que
conduz a uma eleição entre opções, uma eleição). O milagre desta Assembleia é que nos
atrevemos a escutar o Espírito Santo em comunidade, sem nenhuma ideia pré-concebida com
relação à resposta. Foi um discernimento que começou com uma graça desejada e conduziu a
uma expressão renovada de nossa identidade e chamado. Por isso podemos falar de uma
experiência fundante, que se difundirá especialmente por meio do testemunho e o convite a
viver a mesma aproximação.
Desse modo, cada comunidade – seja ela local, regional, nacional ou continental – é chamada
a dar continuidade à experiência de discernimento comunitário nos contextos mais
convencionais, no qual se trata agora de fazer eleição em relação a uma questão específica,
seja dentro da própria CVX ou na missão em qualquer fronteira. Contudo, não interpretemos
mal: Buenos Aires confirmou o desejo apostólico da CVX sem nenhuma ambiguidade. Ao ter o
discernimento comunitário como um dom e um chamado, não estávamos olhando a CVX de
uma maneira narcisista. Pelo contrário, a CVX declara seu desejo de avançar de uma maneira
que seja fiel a sua vocação mais profunda.
Buenos Aires não adiciona nem elimina nada das intuições das Assembleias anteriores.
Contudo, escutamos um chamado muito forte: o chamado a oferecer o mais valioso que
temos. Não exclusivamente a espiritualidade inaciana, o espírito de comunidade ou o impulso
missionário: porém uma melhor integração das três dimensões. Este é o enorme potencial
profético desta Assembleia. Além disso, ao sermos chamados a dar-nos, nós mesmos, com
nosso desejo e nossa capacidade de ver o misterioso vínculo entre carisma, vocação e
missão, o Espírito nos fez vislumbrar como um “bônus”, por superabundância, o vínculo
fundamental que gradualmente fará da CVX um verdadeiro corpo apostólico de leigos
inacianos. Isto é o que um de nós resumiu com esta clara fórmula: “o discernimento
comunitário oferece unidade no propósito”.
Cremos que levará tempo assumir ao chamado e abrir nosso potencial. Definitivamente muito
mais de cinco anos. Entretanto, para evitar dar a (falsa) impressão de que temos que prepararnos durante muito tempo antes de seguir adiante, propomos intercambiar constantemente a
ordem dos três verbos utilizados no documento final da Assembleia Mundial. Inclusive
sugerimos que se busquem sinônimos que expressem melhor o que significa: “aprofundar,
compartilhar e avançar” para cada comunidade.
Todavia, se é necessário falar sobre o ExCo, devem saber que DESEJAMOS dedicar TODO nosso
mandato para ajudar diretamente e envidar TODOS os esforços nas perspectivas que
respondam ao chamado de Buenos Aires.
2
O discernimento comunitário em um modo de vida que é essencialmente
apostólico. O discernimento comunitário se concilia perfeitamente com o iceberg2
apresentado por Franklin Ibañez, em Beirute. É uma atitude para cultivar em todos
os níveis – a partir do nível “A” –, em nossas famílias, em nossos entornos
profissionais, em todos os lugares onde estamos servindo.
Compartilhar nosso dom, em todas as fronteiras já identificadas ou
emergentes. Mais do que nunca, somos chamados a questionar o que significa ser
leigo e inaciano em nossos campos de missão presentes e futuros. Não se trata de
ser original por prazer ou desafio, mas sim porque consideramos que é nossa
responsabilidade a promoção das “ferramentas” que ajudam a ser contemplativos
na ação. Não é um tesouro para tão somente apreciar, mas sim um dom para
compartilhar, atrevendo-nos a ser criativos no trabalho pastoral.
“Desafios para a missão CVX” Franklin Ibañez. Suplemento Progressio nº 70 (http://bit.ly/suplemento70)
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5
�
Uma visão inter-geracional para compartilhar nosso carisma. Se levamos em
conta a urgência e o desafio para transmitir nosso carisma às gerações futuras,
nosso compromisso com os jovens se converte em uma necessidade mais clara
para transformar o chamado de Buenos Aires em uma realidade. Se cremos que a
CVX é um dom para a Igreja e para o Mundo, é a próxima geração que nos “julgará”
com relação a nossa capacidade para transmitir o fogo.
Formação para o discernimento comunitário. A formação é um requisito básico
para a vitalidade e sustentabilidade de nossa comunidade. Entretanto, somos
chamados a levar com o espírito de Buenos Aires este serviço à comunidade, com o
objetivo de promover a capacidade de nossos membros para converter-se em
agentes de mudança. O ExCo pode mobilizar meios técnicos para facilitar o
intercâmbio de conhecimentos. Também enfocar-se-á prioritariamente em ressaltar
as ferramentas de formação que ajudam as comunidades locais a aproveitar ao
máximo o DEAA3 e ajudam a seus membros a converter-se com autoconfiança em
praticantes do discernimento comunitário como um serviço à Igreja.
A colaboração como uma forma natural de proceder. Queremos desenvolver
colaborações centrando-nos naquelas que oferecem o melhor potencial para fazer
do chamado de Buenos Aires uma realidade. A colaboração não é um tema para
ser explorado de maneira teórica, porém é o modo necessário com que a CVX faz
as coisas neste “kairós” da Igreja.
A Comunicação em si mesma não pode conceber-se simplesmente como um meio
para a vida da CVX. Inclusive a comunicação dirigida principalmente a nossos
membros se revisará em profundidade para promover o surgimento de um corpo
apostólico.
Queremos olhar além do horizonte, ou seja, projetar-nos em um futuro razoavelmente
previsível ainda que não se possa garantir. Será um futuro dentro de 10 ou, inclusive, 20 anos,
que possamos contemplar à CVX convertida em um jogador chave devido a sua capacidade
para sustentar discernimentos comunitários. Há muitas incógnitas no caminho, mas
certamente devemos preparar o cenário agora para que aqueles que nos sucedam possam
continuar o trabalho com confiança e entusiasmo.
-----Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
3
Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar
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6
�
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<strong>Proyectos </strong>| <strong>Projetos</strong>
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Comunidade de Vida Cristã (CVX)
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<span>El boletín <em>Proyectos</em> aparece cuatro veces al año, y sirve de vínculo entre el Consejo Ejecutivo Mundial (ExCo) y cada comunidad nacional.</span>
[pt] O boletim <em>Proyectos</em>, publicado quatro vezes por ano, serve de ligação entre o Conselho Executivo Mundial (ExCo) e cada comunidade nacional.
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Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
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Projetos 172:<br />Cremos que Deus falou à CVX em Buenos Aires
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Junho 2019
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An account of the resource
O ExCo Mundial reunido em Namur, Bélgica, durante a Páscoa da Ressurreição faz lembrança e reflete a Assembleia Mundial Buenos Aires 2018
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ExCo
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Tradução de José Pires
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Assembleia Mundial CVX (2018 : Buenos Aires, Argentina)
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Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
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90e0882d8f52fbcb34650b7f8867b38a
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Enlace entre o Conselho Executivo Mundial
e a Comunidade de Vida Cristiana
Projetos
Nosso presente ao mundo – Nossa responsabilidade. Discernimento
pessoal e comunitário.
Nº 174, Junho 2020
“Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila,
para que esse incomparável poder
seja de Deus e não de nós.”
2 Coríntios 4, 7
Estamos vivendo um tempo muito estranho, sem precedentes, em todo o mundo. Hoje somos
chamados, mais do que nunca, a ser contemplativos na ação, a estar presentes na situação e a
discernir nossa resposta.
1. A crise:
Encontramo-nos imersos na pandemia global da COVID-19. Neste mundo interconectado
atual, as medidas tomadas para tratar às pessoas infectadas e desacelerar a propagação se
assemelham em todas as partes do mundo. O mundo todo se encontra em confinamento, os
governos locais nos pediram que permaneçamos em casa. Muitos de nós estudamos e
trabalhamos em nossos lares. As famílias estão passando mais tempo juntas. Ainda que em
outras circunstâncias, algumas pessoas não possam estar junto a suas famílias. Aqueles que
vivem sozinhos podem sofrer um isolamento, inclusive maior. Em alguns casos, os moribundos
não contam com o consolo da proximidade de seus entes queridos para acompanhá-los.
As pessoas que viajam devem fazer quarentena antes de poder ingressar a seu destino e os
infectados recebem tratamento durante o confinamento para evitar a propagação da doença a
outras pessoas. Em alguns lugares não há recursos disponíveis para todos os doentes, os
médicos devem decidir quem vive e quem morre.1
O acesso aos bens e serviços está escasseando. As empresas e os negócios estão colapsando. A
economia está se encolhendo. As pessoas estão perdendo seus empregos. Muitos aceitaram
uma redução em seus salários. Os pobres estão sofrendo uma maior falta de tudo e devem viver
com inclusive menos do que tinham. Já não podemos reunir-nos com outros de maneira
presencial; Não podemos ir à missa e receber a santa Eucaristia. Não podemos mais, visitar o
Santíssimo Sacramento.
A natureza voltou a encontrar o lugar que lhe havíamos tirado. A natureza respondeu
positivamente à diminuição da atividade humana que gera tantos danos. As estruturas
geográficas, como o Himalaia ou o Monte Quênia, que se encontravam ocultos e envoltos em
uma capa de neve artificial, agora voltaram a ser visíveis. O céu recobrou sua cor celeste.
Em alguns lugares, levantaram-se as restrições pertinentes ao confinamento. Agora se exige o
distanciamento social e o uso de máscaras, nesses lugares, por temor a uma segunda onda de
contágio.
1
Vídeo sobre a reuniao do ExCo Mundial com as Equipes Regionais: https://youtu.be/gJbqLmC-u_0
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1
�2. Resposta imediata
As famílias estão aproveitando este tempo juntos para reforçar seus vínculos, ainda que
lamentavelmente, em outras situações, os casos de violência doméstica sofreram um aumento.
A família como igreja primária torna-se hoje evidente, já que é a única instância legítima de
encontro eclesial que se permite neste momento.
Os serviços religiosos migraram ao âmbito digital e, apesar de que muitos admitem que não
seja a modalidade ideal para celebrar os encontros aos que estávamos habituados e dávamos
por certo, é um apoio muito necessário para que a comunidade cristã possa continuar
celebrando sua comunhão espiritual. Descobrimos novas maneiras de sentir-nos em
comunhão, em comunidade. As pessoas estão fazendo um maior esforço por manter-se em
contato com os demais. Os profissionais da área de saúde estão sendo mais compassivos e
acompanham aos enfermos e moribundos que não contam com familiares nem amigos para
oferecer-lhes certo consolo. Muitos tentam chegar àquelas pessoas vulneráveis de todo o
mundo e oferecer produtos de necessidade básica.
O mundo digital ampliou-se em todas as partes. Todos os dias se exploram e se descobrem
novas maneiras de trabalhar juntos, e ainda que trabalhemos em casa, criamos também novas
maneiras de conviver com a nova realidade. A CVX teve sua própria criatividade para
continuar celebrando e partilhando a fé em comunidade e em colaboração com aquelas pessoas
mais necessitadas, por meio de diversas iniciativas, algumas próprias e outras não. Muitas
comunidades nacionais celebraram o Dia Mundial da CVX (25 de março) na modalidade virtual.
A reunião anual do ExCo Mundial de 2020 programada para ser realizada em Roma, no mês de
abril, foi feita de forma virtual.
3. Mudanças a médio e longo prazo, porém com oportunidades a curto prazo
O mundo que conhecíamos mudou. O mundo em que vivemos possivelmente mude. Não, de
fato, e seguramente mudará. Sejamos protagonistas dessa mudança. As enormes alterações
que observamos em nossa vida diária mudarão totalmente a maneira em que vivemos em
muitos aspectos. Perguntamo-nos: como será o futuro? A situação nos convida a desprendernos do superficial e a apelar para a nossa humanidade e para nossos valores. Buscamos agora
novos significados em meio a esta crise atual. Perguntamo-nos: o que é a família e o que ela
significa para nós. Apreciamos mais do que nunca o valor da amizade. Como pessoas de fé,
temos muitas perguntas para o Senhor e para intercambiarmos entre nós. Necessitamos dar
um sentido profundo e incorporar os aprendizados que esta experiência nos trouxe.
A crise nos deu a oportunidade de mudar nosso estilo de vida e nossa maneira de pensar.
Buscamos aprofundar o valor e a importância de ser um só mundo, uma só comunidade
humana. Nunca, antes, tomamos tanta consciência de que as maneiras prévias de viver não
eram suficientes. Em Isaías 43, 192 e Apocalipse 21, 53 - Deus sempre está fazendo novas todas
as coisas. Juntos com o Papa, muitos cristãos e pessoas de fé de todo o mundo estão rezando
mais e refletindo sobre suas responsabilidades tanto para o momento atual como para o futuro,
adotando novas perspectivas.
“Eis que farei uma coisa nova, ela ja vem despontando: nao a percebeis? Com efeito, estabelecerei um caminho no deserto, e rios em
lugares ermos.”
3
O que esta sentado no trono disse: “Eis que eu faço novas todas as coisas.” E continuou: “Escreve, porque estas palavras sao fieis e
verdadeiras.”
2
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2
�“Estou vivendo este momento com muita incerteza. É um momento de muita inovação, de
muita criatividade, disse o Papa Francisco. A criatividade do cristão tem que se
manifestar na abertura de novos horizontes, em abrir novas janelas, abrir transcendência
para com Deus e para com os homens, e deve se redimensionar em casa. Não é fácil ficar
confinado em sua própria casa... Este é o momento de dar o passo. De passar do uso e
abuso da natureza, à contemplação. Nós homens perdemos a dimensão da contemplação,
chegou a hora de recuperá-la.”4
O tempo atual nos convida a estar abertos à criatividade, à novidade, ao novo. Ter a coragem, a
profundidade e um olhar meticuloso para que o discernimento nos leve a transformar a
realidade. Nenhuma mudança será sustentável se não estiver enraizada em uma verdadeira
conversão pessoal.
Que lições concretas
tenho aprendido disso
que estamos
experimentando?
Mudança /
oportunidade: A que/
de que maneira me
sinto chamado?
Em nosso estilo de vida e
na vida diária: o que é
verdadeiramente
importante?
Em minha relação com os
outros (família, amigos,
companheiros de trabalho,
vizinhos, minha
comunidade)
Como cuido dela?
Que importância lhe dou,
levando em conta às
futuras gerações?
No cuidado com os mais
vulneráveis:
Em minha relação com
Deus: a igreja doméstica,
um olhar ecumênico e
espiritual?
* A ilustração pode ser usada como guia para refletir sobre o impacto da crise por COVID-19
nas quatro dimensões.
4. Nosso chamado e responsabilidade
A maioria da população mundial começou a perceber que se aproximam mudanças
importantes e possivelmente irreversíveis. Muitos estão pensando no propósito de suas vidas,
alguns desejam mudar o que fazem por algo que realmente se sentem chamados a fazer. Há
muitas decisões para serem tomadas, tanto grandes como pequenas. Como membros da CVX,
como cristãos, somos seres humanos, devemos discernir o que o Senhor quer de nós na
situação atual, como caminhar rumo ao futuro, sem importar nossa crença religiosa e
inclinação filosófica. É uma oportunidade única que não podemos deixar passar: manter-nos
Papa Francisco: “Assim estou vivendo a pandemia de COVID-19: https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2020-04/pope-howi-am-living-through-the-covid-19-pandemic.html
4
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3
�ativos, além das fronteiras da Igreja e inclusive, muito além da comunidade de pessoas que crê
em Deus.
Como membros da família inaciana, partilhar as ferramentas para o discernimento deixou de
ser uma opção. Hoje muitas pessoas se sentem abertas à mudança, criando o espaço e a
necessidade para o discernimento. Como membros da CVX, vimos praticando o discernimento
diário durante muitos anos. Sabemos que muitas pessoas que nos rodeiam não sabem o que é o
discernimento e nem nunca ouviram falar sobre ele. É nossa responsabilidade compartilhar o
discernimento com essas pessoas. O discernimento é nosso presente para a Igreja,
especialmente o Discernimento Comunitário, como o experimentamos em Buenos Aires.
“O discernimento é complexo e exigente. Supõe adquirir e manter a indiferença inaciana da
qual se deriva essa liberdade interior pela qual superamos qualquer apego a interesses
próprios, posses ou usos de instrumentos. Supõe, também, desenvolver a sensibilidade aos
sinais dos tempos, aprender a perceber onde e como atua o Espírito no mundo atual, no
contexto social no qual se desenvolve a vida de cada um de nós, de nossa sociedade e do
mundo. O discernimento exige esse silêncio que se aparta dos ruídos que apagam a
possibilidade de escutar ao Espírito. (...) o Discernimento é sempre um exercício de olhar o
mundo, em toda a sua verdade, com disponibilidade para deixar-se mover interiormente e
entregar-se ao maior serviço.”5 (Pe Arturo Sosa, SJ., 2018)
A experiência que atualmente estamos vivendo nos convida a pensar em novas maneiras de
viver e compartilhar este presente em todos os contextos possíveis. Somos chamados a ajudar
o mundo a identificar a ação do Espírito Santo entre nós e a seguir sua iniciativa. A estar
abertos a ser guiados pela graça imprevisível e escutar ao Espírito da Verdade. Sabemos
que o discernimento pode fazer uma diferença substancial se o experimentamos no âmbito
pessoal. Imaginem a diferença que faria se o compartilhássemos como comunidade e o
praticássemos como Discernimento Comunitário? Nossa missão não se limita tão somente ao
interior da Igreja, portanto, devemos usar a linguagem da sabedoria para compartilhar o
discernimento, como uma maneira valiosa de aproximar-nos daquelas pessoas que não creem
em conceitos transcendentais.
5. Podemos fazê-lo de muitas maneiras, grandes e pequenas.
No âmbito pessoal, vivendo nossa vida a partir do discernimento, nós mesmos, em nossa vida
cotidiana, na oração diária. Que lições concretas podemos tirar dessa experiência? A que nos
move o que vivenciamos? O que devemos fazer? Onde encontramos hoje o Senhor Encarnado
que contemplamos nos Exercícios Espirituais? Temos a oportunidade de pensar mais, rezar
mais, concentrar-nos, inclusive, em coisas mais fundamentais.
No âmbito familiar, podemos praticar o discernimento em família, ensinar aos demais
membros do núcleo familiar a escutar e dizer tudo aquilo que, no Senhor, a pessoa sente que
necessita dizer: sem deferência, nem cortesia, sem vacilações, para que possamos escutar-nos
uns aos outros na família e poder escutar juntos ao Espírito Santo.
Também podemos exercitar o discernimento com nossos amigos, em situações em que se
tomam decisões ou quando nos é pedido escutar e dar conselho.
Podemos convidar a nosso grupo de CVX, de todos os tipos e condições a discernir juntos.
Padre Arturo Sosa, SJ, (2018), Assembleia Geral da CVX Mundial em Buenos Aires: Uma Comunidade Leiga Discernente a serviço da
reconciliaçao.
5
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4
�O discernimento também é necessário a nível macro para analisar problemas sistêmicos e
outros temas que são parte desta pandemia. Ao olhar nosso redor, quem são os pobres e os
vulneráveis que foram mais afetados? De que maneira se relacionam com outras crises e
fracassos, como conflitos e guerras, devastação ecológica, discriminação contra o indígena,
injustiça racial e de gênero, desigualdade econômica, etc.? Como podemos fazer para construir
a visão e o Reino de Deus na Terra? Como podemos incluir o discernimento?
O discernimento deve, em última instância, guiar a decisão e a ação. “A espiritualidade
inaciana continua sendo extremamente moderna e relevante para nosso tempo. Tem uma
admirável flexibilidade e criatividade, já que depende muito de como o Espírito de Deus nos guia.
A espiritualidade inaciana nos capacita para o discernimento e nos habilita para a ação. O
discernimento deve levar-nos à ação, porque o discernimento que termina em si mesmo é
inútil.”6(Pe Adolfo Nicolás, SJ. 2013). Nossas comunidades da CVX podem acompanhar-nos à
hora de discernir e tomar decisões, enviar-nos à ação, apoiar-nos em nossas iniciativas e depois
avaliar de maneira sustentável – DEAA (Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar). Isto deve levar-nos
a novas maneiras de organizar-nos dentro da CVX, como forma de criar uma cultura de
discernimento. Para continuar olhando, observando e perguntando-nos: o que mais podemos
fazer?
6. Sobre o discernimento
O Papa Francisco faz um chamado permanente ao discernimento em todos seus principais
escritos dirigidos à Igreja e ao mundo. Sim, o discernimento não é unicamente para a família
inaciana, nem sequer somente para a comunidade cristã. O discernimento é um presente
oportuno do Espírito para todo o mundo. Neste contexto, nossa missão é, por sua vez, urgente e
grata. Compartilhamos o trabalho do Espírito que nos convida a todos a aprender a pôr-nos em
sintonia com Ele em nossos corações e comunidades. Em um momento que muitos se
perguntam se Deus abandonou o mundo, podemos ter um papel ativo recordando à
humanidade o ativo e próximo que Deus está entre nós e ajudar às pessoas a se
colocarem em sintonia com a presença amorosa de Deus que presenteia a vida. É nossa
responsabilidade. É nosso chamado. Já não é meramente uma opção.
Evidentemente que o discernimento não é fácil. Experimentamo-lo no âmbito pessoal. Para
entender as moções do Espírito em nós mesmos, para conhecer aos chamados que nos levam à
vida e não à morte. Esta é a graça da Primeira Semana dos Exercícios Espirituais de Santo
Inácio de Loyola. Logo Deus nos chama, a nós mesmos e aos demais por meio de moções
características da escola do discernimento da Segunda Semana dos Exercícios, um tema mais
complexo. Nestes diferentes níveis de discernimento, estamos bem apoiados por nossa
comunidade discernente da CVX, assim como também pelos tesouros obtidos por meio do
acompanhamento espiritual individual. Somos convidados a acolher estes presentes em nossas
vidas e a cultivá-los para que outros e outras possam usar. Ajudar às comunidades da CVX a
converter-se em lugares onde se incentive e se promova constantemente o discernimento é
uma responsabilidade única de todos nossos membros. Aqui nos apoiamos em nosso
discernimento e nos capacitamos para acompanhar a outros a aprenderem a percorrer este
caminho.
Lembrem-se que o discernimento se aprende e se aprofunda à medida em que discernimos.
Para viver uma vida no discernimento é importante dedicar tempo à oração pessoal, a
familiarizar-nos com nossa sensibilidade espiritual, a tomar consciência do que estamos
6
Pe Adolfo Nicolas, SJ (2013) Assembleia Geral da CVX Mundial no Líbano: Linguagem da sabedoria para as fronteiras.
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5
�vendo, sentindo e vivendo em nossa vida cotidiana. Manter-nos bem informados por
exemplo, identificando e lendo fontes informativas confiáveis e respeitadas, estudando análises
realizados por líderes reflexivos e espirituais. Ter a indiferença (inaciana) quer dizer ter claro
para que estamos vivendo. Acompanhar aos demais em diversas situações pode ajudar-nos a
obter informações, além de oferecer um serviço imediato.
7. É urgente
Fazemos este chamado urgente e solene à Comunidade de Vida Cristã, a todos seus membros,
para que compartilhem nosso presente com o mundo.
A experiência de Buenos Aires confirmou que o discernimento é nossa maneira, assim como
também nossa missão. É o presente mais apreciado que recebemos do Senhor para a Igreja e o
mundo, através da CVX.
O mundo está propondo perguntas a respeito do futuro, de como será a nova normalidade e
como se conseguirá que seja sustentável sem causar danos. Somos enviados a esta situação
aqui e agora. Para ser fiéis à graça recebida em Buenos Aires.
Este é um chamado para os mais de 23.000 membros da CVX em todo o mundo, não é somente
um desafio para algumas pessoas consideradas como “expertas”. Temos a oportunidade única
de agir com coerência como um só corpo em todo o mundo. Cada membro tem o dever de
compartilhar e aproximar a experiência do discernimento a todas as pessoas ao seu redor, em
todas as situações, confiando no Senhor e empregando a linguagem da sabedoria em todas as
partes.
É nosso modo de viver e um verdadeiro presente para a Igreja e para o mundo, durante e após
a pandemia ocasionada pela COVID-19.
Catherine Waiyaki, Denis Dobbelstein, Ann Marie Brennan, Daphne Ho,
Najat Sayegh, Diego Pereira, Fernando Vidal, Manuel Martínez.
-----Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
Correção da Língua portuguesa:
Lylia Maria Nogueira Diógenes
CVX Dom Helder Câmara – Brasília-DF
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6
�
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<strong>Proyectos </strong>| <strong>Projetos</strong>
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Comunidade de Vida Cristã (CVX)
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<span>El boletín <em>Proyectos</em> aparece cuatro veces al año, y sirve de vínculo entre el Consejo Ejecutivo Mundial (ExCo) y cada comunidad nacional.</span>
[pt] O boletim <em>Proyectos</em>, publicado quatro vezes por ano, serve de ligação entre o Conselho Executivo Mundial (ExCo) e cada comunidade nacional.
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Conselho Executivo Mundial da CVX
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Espanhol: <a href="http://www.cvx-clc.net/l-sp/projects.php" target="_blank" title="Proyectos" rel="noreferrer noopener">http://www.cvx-clc.net/l-sp/projects.php</a> <br /><br />Português: Tradução realizada por membro da CVX Brasil
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Conselho Executivo Mundial da CVX (ExCo)
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pt
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Informativo
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Projetos 174: Nosso presente ao mundo – Nossa responsabilidade. Discernimento pessoal e comunitário.
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Waiyaki, Catherine<br />Dobbelstein, Denis<br />Brennan, Ann Marie<br />Ho, Daphne<br />Sayegh, Najat<br />Pereira, Diego<br />Vidal, Fernando<br />Martínez, Manuel
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Junho 2020
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
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Neste informativo da ExCo somos convidados a contemplar o momento da pandemia do Covid19 e respondermos com responsabilidade por meio de nosso presente ao mundo que é o discernimento pessoal e comunitário
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pt-BR
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ExCo
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Traduzido da Versão em espanhol por:<br />José Pires Cardoso<br />CVX Maria – Belo Horizonte/MG<br /><br />Correção da Língua portuguesa:<br />Lylia Maria Nogueira Diógenes<br />CVX Dom Helder Câmara – Brasília-DF
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Informativo
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ExCo
Covid-19
DEAA
Discernimento apostólico | Discernimiento apostólico
Discernimento comunitário | discernimiento comunitario
Discernimento espiritual | Discernimiento espiritual
-
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7e6e25d32fa6a1c6767d43c6f711296b
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PROJETOS
Dia Mundial da CVX 2021:
Regozijem-se no Espírito Santo. Encontremo-nos para discernir e agir!
N.º 175, dezembro 2020
“Disse, então, Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo tua palavra.’
E o anjo a deixou.”
Lc 1, 38
No próximo ano comemoraremos o 500º aniversário da conversão de Santo Inácio de Loyola a
uma vida no Espírito. A Companhia de Jesus e muitos da família Inaciana estão denominando
este tempo como um ano Inaciano – “Ignatius 500” (20 de maio de 2021 a 31 de julho de 2022).
Da mesma forma que Maria escutou e disse sim ao convite de Deus, por meio do Anjo Gabriel,
para que concebesse Jesus, Santo Inácio se deu conta dos movimentos do Espírito Santo que
se agitavam dentro de si e começou uma nova vida. Santo Inácio experimentou esta conversão
no decorrer de um ano, enquanto estava convalescendo da ferida.
Há quase um ano o mundo vem passando por várias etapas de bloqueios e restrições por conta
da pandemia do novo coronavírus. Como comunidade inaciana, percebemos o trabalho do
Espírito Santo através desses reveses trazendo consigo dons que geram graças duradouras.
Entre essas graças reconhecemos, nas práticas espirituais e comunitárias inacianas, uma ajuda
indispensável para fomentar uma cultura de discernimento, enquanto nos esforçamos para viver
a Missão de Deus em nossas vidas. De modo particular, somos agraciados pelo processo de
discernimento comunitário que nos ajuda a trabalhar juntos com nossos membros da CVX e
muitos outros na tomada de decisões e no compromisso da ação para criar uma comunidade
amada, especialmente em áreas fronteiriças onde a vida é especialmente vulnerável ou
marginalizada.
I. Promovendo uma cultura do Discernimento
Na Assembleia Geral em Buenos Aires, com a direção do Espírito Santo, reconhecemos nossa
experiência de discernimento comunitário, baseado na Espiritualidade Inaciana, como um dom
especial que podemos compartilhar com a Igreja e o Mundo.
A vida espiritual, pessoal e comunitária, é necessária para o discernimento. Promover este dom
é promover uma cultura na qual podemos encontrar os movimentos do Espírito para ajudar às
pessoas a tomarem melhores decisões no dia a dia para o bem comum, seja na família, na vida
social, nas organizações, na Igreja, na ecologia, na economia, na educação, na política, e em
tantos outros campos. O Papa Francisco tem insistido na importância do discernimento em seus
documentos mais importantes: Evangelii Gaudium, Amoris laetitia, Laudato Si´, Gaudete et
exultate, Christus vivit, Querida Amazonia y Fratelli tutti.
Compartilhar e apoiar a prática do discernimento comunitário em diferentes realidades sociais,
especialmente onde a vida é mais frágil, é um dos melhores serviços da CVX na Missão
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
1
�Os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, que começaram com sua convalescência
depois da batalha de Pamplona há 500 anos, são o fundamento da nossa espiritualidade e de
nossa forma de proceder.
Como fonte de aprofundamento da relação pessoal com Cristo no contexto da vida, são
disponibilizados métodos de reflexão para integrar a experiência, os movimentos interiores, a
compreensão e a tomada de decisões morais. Atualmente, há muitas batalhas e
convalescências que também necessitam do nosso discernimento e da nossa conversão.
1.
Como sua comunidade pode promover a formação nos Exercícios
Espirituais para seus membros?
2.
Pausa e Reflexão
Ao ler os sinais dos tempos em seu contexto, que áreas a
comunidade acredita que necessitam de discernimento e conversão?
II. Discernimento Comunitário.
Nosso Assistente Eclesiástico Mundial, Arturo Sosa, SJ, escreveu a Carta sobre o Discernimento
em Comum para toda a Companhia de Jesus (27 de setembro de 2017). Nela sinalizou várias
propriedades do discernimento em comum:
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
(g)
(h)
(i)
escolher bem a matéria;
saber quem e por quê participam no processo de discernimento;
Liberdade interior;
união de ânimos;
conhecimento de como se faz o discernimento;
partilhar a oração;
a conversão espiritual;
a prática sistemática do exame; e
estabelecer como se toma a decisão final, colocando toda nossa confiança em Deus.
O discernimento comunitário para a ação pode começar de várias maneiras:
• uma sugestão de um ou mais membros que observem uma necessidade ou uma injustiça;
• uma provocação do assessor ou coordenador que note padrões nos desejos de ação
entre os membros;
• uma petição vinda de fora do grupo;
• uma experiência que inspire a um ou mais membros do grupo;
• um reconhecimento de que um grupo está muito isolado ou fechado e que faria bem em
abrir-se aos demais, dentre outros.
O gráfico abaixo mostra os elementos que “fluem ao longo do processo” de discernimento
comunitário. Esses elementos não seguem necessariamente esta ordem, nem tampouco faz-se
necessário incluir todos os passos. Simplesmente, ajuda a oferecer uma visão geral do processo.
Uma explicação mais profunda requer mais tempo e espaço.
A seguir compartilhamos uma amostra, pois queremos ouvir vocês da comunidade mundial.
Acreditamos que suas vivências possam nos ajudar a ilustrar melhor a experiência, o
aprofundamento, os detalhes e os matizes dos processos de discernimento comunitário, para
nos beneficiar na melhoria e no aprofundamento de nossa compreensão.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
2
�Na relação
com Deus, em
missão com
Cristo, orar
pela luz e pela
abertura
➔
Avaliar nossa
realidade /
Trazer à tona
um tema. /
Formular uma
proposta de
ação
Compilar
informações /
➔
Pesar os
prós e os
contras.
Conver
Rezar/escutar
sações
os movimentos
Espirido espírito
tuais /
➔
➔
interior.
Buscar
Pedir a graça da
o
indiferença
consen
Inaciana.
-so
➔
Ação.
III. Aprendendo com nossas próprias experiências.
A melhor maneira de aprender a discernir é praticar o discernimento em nossa comunidade.
Sabemos que há uma grande riqueza em todas as comunidades e estamos muito interessados
em compartilhar suas histórias sobre o discernimento comunitário, fatos que podem ilustrar e
inspirar outros participantes neste processo.
Em Buenos Aires, nossos membros participaram de processos sobre discernimento comunitário
e o que lhes animou a mudar a tenda de suas comunidades a outros lugares para um encontro
comunitário com Deus e buscar juntos os dons do discernimento. Muitas comunidades nacionais
de diferentes continentes estiveram replicando os processos de discernimento em sua realidade
particular para escutar o chamado de Deus. Muitas compartilharam como se beneficiaram dessa
experiência e adquiriram uma compreensão mais profunda do que é o discernimento
comunitário.
Queremos compartilhar com vocês alguns exemplos breves de processos e projetos de
discernimento comunitário de nossa comunidade em diferentes partes do mundo:
1) Um projeto Paroquial:
Um novo grupo CVX em uma paróquia sente um forte sentido de estar em missão com
Cristo, de fazerem algo juntos. Mostram também, a preocupação pelo isolamento e a
desconexão que as pessoas da comunidade estão experimentando durante este tempo
de pandemia. A assessora lhes sugere que sejam apresentadas propostas para um
projeto comum, e juntos dedicam algumas reuniões à oração, a compilar informações
do pároco, à formulação de propostas, a compartilhar os prós e os contras e a
conversação espiritual até que chegam a um consenso sobre um projeto simples:
escrever cartas aos membros da comunidade paroquial que se sentem isolados durante
este tempo de pandemia.
2) No trabalho com os sem teto, uma comunidade discerne como servi-los melhor:
Vendo as necessidades dos migrantes sem lar em sua cidade, uma comunidade CVX
discerne em conjunto e decide construir um refúgio para os desamparados. Uma vez
tomada a decisão e empreendida a ação, os membros da CVX se deram conta da
necessidade de mais ajuda, bem como de sensibilizar aos próprios indigentes.
Organizaram uma série de reuniões de grupo para convidar a membros jovens a refletir
e discernir como poderiam participar nesse ministério comunitário no âmbito pessoal e
comunitário. Convidaram aos jovens a sentar-se com os sem teto, a escutar suas
histórias, a acompanhá-los e a vê-los como amados por Deus. Foi um processo de
escuta do Espírito, de compreensão das necessidades das pessoas às que servem, de
disponibilidade ao chamado da comunidade e de muitas rodas de conversas espirituais.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
3
�Uma linda maneira de mostrar como uma comunidade pode discernir junta para
responder a um chamado à realidade da sociedade.
3) Missão Nacional com migrantes:
Uma Comunidade Nacional da CVX discerniu para ver como a identidade laica da CVX
podia marcar a diferença na Igreja. Os membros decidiram, então, contribuir para a
renovação da espiritualidade dos leigos por meio de programas de educação (formação)
e desenvolver centros apostólicos em regiões pobres para servir aos marginalizados. A
parte importante desse processo foi a colocação em comum do tipo de trabalho. Dessa
forma a avaliação de sua missão se converteu em um contínuo discernimento, segundo
os sinais dos tempos. Como resultado de sua abertura a Deus, O objetivo de seus
centros apostólicos era servir às mulheres migrantes e às crianças pobres quando se
estabelecessem e os centros se transformaram em lugares familiares multiculturais. Não
foi um processo fácil. Em uma etapa, quando mais membros novos pensavam na escala
de trabalho nos centros, o medo e as dificuldades pareciam crescer. Os participantes
começaram a ter diferentes opiniões e expectativas sobre os centros. Com a ajuda de
um assessor, começaram um processo de discernimento para contemplar o amor de
Deus em ação. A partir dessa experiência, entendemos que o discernimento não é um
processo fácil, às vezes podem surgir sentimentos negativos ou medo, ja que todos
somos humanos. É importante que voltemos às raízes e comecemos a refletir e a rezar
juntos novamente. Quanto mais pacientes e tranquilos estivermos, mais facilmente
poderemos escutar a voz de Deus, Além disso, o processo de DEAA (Discernir, Enviar,
Apoiar e Avaliar) também contribui positivamente no discernimento comunitário.
4. Sementes em zonas de conflito:
Os membros de uma CVX vivem em uma região onde há muita polarização e conflito.
Com esta preocupação comum, convidam membros de outros grupos da CVX da mesma
região a discernir juntos sobre este problema. Depois de várias reuniões de oração,
avaliação, propostas e conversações espirituais, decidem organizar espaços de
reconciliação. Convidam pessoas de todas as partes da região e aplicam uma
metodologia de escutar, compartilhar e identificar princípios comuns. Ao criar espaços
seguros nos quais as pessoas podem dialogar e dizer a verdade, desenvolvem uma
melhor compreensão dos demais, vendo-se como pessoas reais, dignas de seu cuidado.
Ao abrir este processo mais publicamente, o testemunho dos princípios de irmandade e
diálogo respeitoso inspirou a outros. Não resolveram o problema político, mas
ofereceram sementes de esperança e irmandade em meio ao campo de batalha. É um
chamado a uma cultura de discernimento.
5. Unir-se a um Movimento Ecológico Internacional:
Um movimento internacional de ecologia formalmente solicita a adesão da CVX. O
Conselho Executivo considera essa petição e discerne se deve aderir. Avalia essa
proposta considerando como funcionará a participação, como ressoa com as prioridades
da CVX e os mandatos da CVX desde as Assembleias anteriores, como envolverá aos
membros da CVX. Ao leva-lo à oração, o grupo sente a confirmação de que este
movimento é do Espírito Santo, que está em sintonia com os movimentos expressados
na Assembleia do Líbano para a fronteira Ecologia, e que corresponde com a mensagem
do Papa Francisco na Laudato Sí sobre a necessidade de responder aos urgentes
clamores da terra em todo o mundo. Decide, então, unir-se e animar a seus membros a
participarem por meio de comunicação no Facebook, em iniciativas com redes jesuítas
e inacianas e em sua participação nas Nações Unidas.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
4
�IV. Instalar tendas de discernimento comunitário.
No êxodo, o Povo de Deus estabeleceu uma tenda de encontro em seu deserto. A
impressionante experiência espiritual da Assembleia em Buenos Aires teve lugar dento de um
grande toldo branco, no meio de um bairro pobre de uma periferia latino-americana. Nesse local,
sentimos que o principal chamado da CVX é abrir e liderar processos de discernimento.
Como membros da CVX, somos animados a transportar a tenda (um espaço sagrado para
encontrar a Deus) às realidades mais urgentes. Deus nos fala em nossa realidade humana
pessoal – nos desertos, montanhas, vales, cidades, fronteiras, etc. – onde quer que nos
encontremos. A história bíblica do homem ferido que foi cuidado pelo samaritano é uma dura
recordação para não ignorar o sofrimento dos pobres de nosso entorno. Desde nossa
Assembleia no Líbano em 2013, estamos especialmente atentos a essas áreas fronteiriças da
família, da juventude, da ecologia e da pobreza. Nossos processos de discernimento comunitário
podem ajudar-nos a decidir onde e como atuar melhor. Nossa responsabilidade é transversal. A
tenda do encontro e o discernimento pode ser montado para qualquer caso, em qualquer lugar
e para qualquer pessoa.
Inspirado na experiência de Buenos Aires, o Conselho Executivo Mundial quer essa ideia bíblica:
devemos montar uma tenda para o encontro comunitário com Deus e buscar juntos os dons do
discernimento.
1.
Onde poderíamos montar “tendas” para o encontro com Deus, promover
e nos beneficiar do discernimento comunitário em nosso próprio
contexto?
2.
Pausa e Reflexão
Que elementos de nossa vida comunitária nos ajudam ou nos dificultam
para avançar na prática do discernimento comunitário?
Seguramente podemos imaginar como compartilhar as práticas de discernimento comunitário
em nossa vida diária, onde trabalhamos, onde vivemos. Se queremos encontrar maneiras de
construir uma tenda para o discernimento:
• Necessitamos experimentar e aprofundar o verdadeiro significado de nossa
espiritualidade.
• Necessitamos sentir a demanda de discernimento em nossa sociedade cheia de ruídos,
superficialidade, pressões sociais e preconceitos.
• Necessitamos sentir a compaixão em compartilhar nossa aprendizagem.
• Necessitamos sentir em nossos corações a paixão pelas mensagens do Evangelho da
Alegria, da Unidade, da Paz e do Amor de Cristo.
Queremos regozijar-nos junto com o Espírito! Como Maria e Inácio, queremos estar abertos e
atentos aos impulsos do Espírito Santo em nossos corações e estar disponíveis para Responder,
Aprofundar, Compartilhar e Avançar.
CHRISTIAN LIFE COMMUNITY – COMMUNAUTÉ DE VIE CHRÉTIENNE – COMUNIDAD DE VIDA CRISTIANA– COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ
5
�Enviar
para:
exsec@cvxclc.net
Às equipes de
formação e às
equipes
regionais,
animamos-lhes a
desenvolverem
recursos
e
processos para
ajudar
a
aprofundar uma
cultura
de
discernimento e a
compartilhar
nossas práticas
de discernimento
comunitário
dentro e entre os
grupos locais, e
além deles.
COMPARTILHAR ALEGRIA!
Todas
as
comunidades
(nacionais
e
locais), por favor
compartilhem
suas histórias de
discernimento
comunitário!
Desta
maneira
podemos ajudar a
melhorar nossas
práticas
e
inspirar-nos uns
aos outros.
DESENVOLVER PRÁTICAS!
ENVIA HISTÓRIAS!
CONVITE:
A arte e a beleza são importantes
para celebrar e compartilhar nossa
alegria.
Convidamos
a
todas
as
comunidades e a todos os
membros a compartilharem uma
foto, uma imagem, uma obra de
arte, um vídeo, uma mensagem,
etc. nos meios sociais no Dia
Mundial da CVX – 25 de março de
2021.
Pode ser uma foto de sua
comunidade ou alguma outra
expressão de gratidão pelas
graças recebidas por meio da CVX
e da Espiritualidade Inaciana.
Utilize o hashtag em nossas redes
sociais
(Instagram:
@cvx-clc;
Twitter: @CVX_CLC; Facebook:
CVX
–
CLX)
#WeAreCLC,
#SomosCVX, #NousSommesCVX,
#IgnatianFamily
Ann Marie Brennan, Daphne Ho, José de Pablo, SJ, Fernando Vidal,
Catherine Waiyaki, Najat Sayegh, Denis Dobbelstein
Diego Pereira, Manuel Martinez,
Roma, 8 de dezembro de 2020.
Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria
-----Traduzido da Versão em espanhol por:
José Pires Cardoso
CVX Maria – Belo Horizonte/MG
Revisão da Língua portuguesa:
Lylia Maria Nogueira Diógenes
CVX Dom Helder Câmara – Brasília-DF
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6
�
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Projetos 175 <br />Dia Mundial da CVX 2021: Regozijem-se no Espírito Santo. Encontremo-nos para discernir e agir!
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<span>Brennan, Ann Marie<br />Ho, Daphne<br />Pablo, José de<br />Vidal, Fernando<br />Waiyaki, Catherine<br /></span><span>Sayegh, Najat</span><br /><span>Dobbelstein, Denis</span><br /><span>Pereira, Diego</span><br /><span>Martínez, Manuel</span>
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Dezembro 2020
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Neste informativo da ExCo somos convidados a participar da comemoração de 500 anos de conversão de Santo Inácio. O ano de 20 de maio de 2021 a 31 de julho de 2022 será o Ano Inaciano: : "Ignatius 500".<br />A CVX é chamada participar deste Ano Inaciano por meio da prática e promoção do processo de discernimento comunitário. <br />Vamos celebrar o Dia Mundial da CVX 2021 praticando e promovendo o discernimento comunitário.
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