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https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/83d38c77ca146bdcb0213d825cb6ed03.pdf?Expires=1712793600&Signature=FdMv09usRMQ02bLVmCectTMTnQc%7EAdkvmfbv87ALsv1RC%7EAyE27re7LD3Q6eJF9ZKSztORKE7s49MaQwiNAyikY4GJOplN71GahjrHUMLQGuZj85jPlUYkG-Y2yH9FT-HAy2tzHbNI7gUM-j8EgoGdcqfGKSr8b74s1G1COjD8FWhYo98Mc5TPXZMAVj1PZyBSBI3g9voHtcPp15WFydynfNDz6eMu7qIjSQYIVkA0oDCAsAz77U8uJMB18Mosr7VPKwVFHtDykKwu1Sct0L%7Ed1TVpMvjSgQlCnq5XVdON%7EPToqdkL32B6OfLVksRdLSj-FxpAMPM5tfgQbo-ahFrQ__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
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Percurso de
Acolhimento e Iniciação
Manual de Animadores
Equipe de Formação CVX-P
Outubro 2008
��INTRODUÇÃO
O dinamismo da Comunidade de Vida Cristã se assenta na vitalidade dos grupos de base e na forma como
progridem numa linha de crescimento e aprofundamento nas dimensões vitais do nosso carisma:
espiritualidade, comunidade e missão.
A experiência mostra que os primeiros passos do percurso de um grupo novo são cruciais para um
entendimento correcto e completo da proposta CVX, base indispensável para um caminho futuro de
crescimento e adesão profunda a este estilo de vida. Se o conhecimento da CVX e o cimentar da opção por
ela têm que ser progressivos e respeitando o ritmo de cada um, é também verdade que é importante adquirir,
tão cedo quanto possível, um conhecimento completo, articulado e equilibrado das grandes dimensões
essenciais do ser CVX. É natural que quem chega a um grupo o faça com níveis de informação teórica sobre
o carisma da comunidade, com experiências espirituais e apostólicas e atraído por aspectos parcelares muito
diferentes, nem sempre, à partida, já perfeitamente consonantes com a totalidade da proposta deste caminho
de seguimento de Cristo na Igreja. O risco de deixar prolongar até tarde demais percepções distorcidas ou
reducionistas do que significa estar em CVX e ser CVX é muito real.
As responsabilidades do animador – enquanto organizador dos conteúdos das sequências de reuniões e
formulador e proponente das propostas de orientação de vida – e do guia – no seu serviço de vigilância da
fidelidade ao carisma, acompanhamento e ajuda ao discernimento do movimento do grupo – são cruciais.
Para garantir que os animadores estejam bem preparados e atualizem e aprofundem os conhecimentos
teóricos e práticos relevantes para um serviço efetivo e inspirador e que tenham, logo desde início, uma visão
alargada das suas responsabilidades e um leque suficiente de conhecimentos, foram, nos últimos anos,
reestruturados e retomados os cursos de formação de animadores, dirigidos não só aos novos animadores
mas também àqueles com alguma experiência mas sem formação estruturada.
No entanto, dada a importância dos percursos iniciais dos novos grupos – graças a Deus muitos, nos anos
recentes – pareceu necessário providenciar maior ajuda a animadores e guias nesta tarefa de introduzirem
novos membros na caminhada de descoberta e decisão face à CVX enquanto proposta vocacional de um
carisma laical de serviço ao Reino de Deus.
Consciente desta prioridade, a equipe de formação da CVX-P elaborou um “guião”, dirigido aos animadores e
guias, com um itinerário que agrupa um conjunto de propostas /marcos de crescimento para as primeiras
duas etapas de caminhada de crescimento de um grupo – Acolhimento e Iniciação.
A proposta servirá, igualmente, com as adaptações devidas, para grupos já com alguns anos de caminhada
fazerem uma revisitação dos elementos essenciais do carisma CVX, avaliando o grau de conhecimento e de
adesão do grupo e de cada um dos membros aos traços fundamentais do ser CVX.
Este guião está organizado em 3 blocos:
O 1º bloco – Acolhimento – é estruturado em 7 propostas (que podem cobrir 7 ou mais reuniões). Nos casos
dos grupos que começam, tem como meta o situar-se, percorrer a história de Deus na vida de cada um,
clarificar expectativas, corrigir imagens de Deus, revisitar os fundamentos da Fé Cristã e introduzir as
ferramentas básicas da Espiritualidade Inaciana enquanto meios fundamentais para “ler” a experiência de
oração e chegar a Jesus Cristo num encontro pessoal.
O 2º bloco – transição e primeira parte da Iniciação - visa confrontar os membros com o que é específico da
proposta CVX enquanto caminho/vocação laical e introduzindo as bases – os 3 pilares – do nosso carisma:
espiritualidade, comunidade e missão.
No final destes dois blocos – correspondendo aproximadamente a um ano de caminhada do grupo – pretendese que cada membro e o grupo percebam em que medida têm desejo autêntico de passar a uma fase de
maior aprofundamento do estilo de vida CVX ou, então, percebam que este caminho não é o que melhor
corresponde à sua procura e vocação e, consequentemente, procurem outro caminho.
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�O 3º bloco – Iniciação – apresenta um conjunto de 12 propostas para um horizonte de aproximadamente um
ano destinado a aprofundar os traços distintivos da vida Santo Inácio e da sua espiritualidade, e por outro
lado a conhecer de forma mais aprofundada os Princípios Gerais e a sua articulação com os pilares do nosso
carisma.
A organização deste guião traduz já para propostas práticas a mudança de paradigma da natureza e
funcionamento de um grupo CVX: passar de um grupo que se limita a refazer em conjunto as etapas dos
Exercícios Espirituais para um grupo que – mantendo uma profunda inspiração na espiritualidade inaciana –
põe a tônica em aprofundar o sentido de uma vocação laical específica na Igreja e a construção de um corpo
apostólico que partilha a responsabilidade pela missão na Igreja.
O formato com que é apresentado cada proposta do guião é uniforme e explicita os seguintes pontos:
Objetivo: o que se pretende que a pessoa tome consciência, experiencie e/ou passe a integrar no seu
percurso espiritual.
Graça a pedir: os toques do Espírito Santo que dinamizam a conversão e a identificação com Jesus Cristo
Didática: sugestões sobre como ajudar as pessoas a aproximarem-se do objectivo e a dispor-se à ação da
Graça. Conforme o ponto de partida da pessoa e do grupo, e o seu estádio de desenvolvimento são
apresentados diferentes modos de suscitar as experiências que se procuram.
Meios e conteúdos: leituras e textos bíblicos de suporte
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada: como podemos saber, e que sinais são
significativos, para aferir se cada elemento, e o grupo no conjunto, caminharam no sentido dos objetivos
propostos. Critérios que devem ajudar o animador e o guia a avaliar se é de avançar ou repetir.
Anexos: informação relevante que o animador pode usar como suporte e incorporar nas propostas de
Orientação de Vida (OV).
O guião não deverá ser encarado como uma sequência de OV’s (ou TPC's) prontos a usar, nem pretende
substituir o animador na sua tarefa de pensar e preparar as reuniões. O valor do guião está na apresentação
de uma metodologia e de critérios de reflexão para que o animador, com apoio do guia, possa escolher o que
mais se adequa ao grupo, quer no que toca ao planeamento a médio prazo – uma sequência de reuniões –,
quer no específico da preparação de cada OV para a reunião seguinte. Daí a importância das diferentes
propostas didácticas.
Para grupos em que a maioria dos seus membros se encontra num estádio mais avançado, as propostas do
guião e a sua sequência terão de ser adaptadas às características específicas do grupo, tendo em conta que
muitos ou todos os seus membros já tenham atingido alguns dos objectivos indicados.
Queremos incentivar os animadores e guias a partirem deste guião para estimular a criatividade e inovação.
A avaliação criteriosa da sua utilização trará, com certeza, novas sugestões e alterações a ser introduzidas em
futuras versões.
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�BLOCO UM – ACOLHIMENTO
1.1. APRESENTAÇÃO
Objetivo:
Apresentação, dar-se a conhecer; partilha de expectativas e desejos.
Clarificação das condições para realizar esta viagem em CVX.
Graça a Pedir:
Ânimo e generosidade para começar esta viagem.
Didática:
Apresentação: Promover a apresentação a partir de uma fotografia, objeto, poema, ou qualquer outra coisa
com que a pessoa se identifique; convidar à partilha sobre expectativas e desejos, neste momento em que
se decide iniciar esta viagem; explicitar as razões da vinda para a CVX.
Condições para começar a viagem:
i. Partir das expectativas e dos desejos das pessoas;
ii. Apresentar um texto ou poema para motivar um diálogo sobre questões como desinstalação,
compromisso, resistências, expectativas
iii. Clarificar as três dimensões (3 pilares) da caminhada CVX: espiritualidade, comunidade e missão;
iv. Acordar algumas regras práticas como local, dia e hora da reunião;
v. Falar da importância do compromisso com o pequeno grupo e com a comunidade alargada;
vi. Sublinhar a necessidade da oração pessoal regular e da prática de Exercícios Espirituais anuais.
Meios e conteúdos:
Dar um texto para ajudar a situar. Uma sugestão será o texto “O Peixe e o Mar ”, in Nuno Tovar de Lemos,
sj., O Príncipe e a Lavadeira, Tenacitas, pp. 31-35, que nos coloca face à nossa existencial contradição de
desejo/resistência perante Deus.
Textos bíblicos:
i. 2 Cor 1,7-12
ii. 1 Rs 3, 1-15
Leituras para o animador:
Livro ou texto sobre técnicas de apresentação e dinâmicas de grupo.
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�1.2. A MINHA HISTÓRIA COM DEUS
Objetivo:
Tomar consciência da presença de Deus na minha história de vida.
Graça a pedir:
Luz para ver como Deus está presente na minha história.
Didática:
Ligação à OV anterior: na reunião de apresentação partilhamos as nossas expectativas e desejos para a
viagem que aqui iniciamos. Neste momento, o que se pretende é a tomada de consciência da presença de
Deus ao longo da vida de cada um.
Para tal, propõe-se um exercício de memória sobre a história pessoal: percorrer e anotar os momentos
importantes, os momentos alegres, os difíceis, as pessoas que marcaram. Ver onde se sentiu a presença
de Deus, mas também onde se sentiu a sua ausência (ou o nosso afastamento d’Ele). Tentar, agora a esta
distância, tomar consciência do “fio condutor” que me trouxe até aqui.
Uma proposta possível para este exercício é pegar no álbum de fotografias e percorrê-lo com uma atenção
orante. Outra hipótese será dividir este olhar sobre a história pessoal em várias fases: na segunda e terça
recordar a infância, quarta e quinta a juventude e sexta e sábado a vida adulta.
Meios e conteúdos:
Online Retreat: Creighton University: (em língua inglesa e espanhola)
www.creighton.edu//CollaborativeMinistry/cmo-retreat.html
Week 1 – “Let’s Begin at the Beginning: Our Life Story”
Margaret Silf, Landmarks, DLT – Darton, Longman and Todd
“The River Mee” (pp. 47-50) e/ou “Your Faith Story” (pp. 50-51) –
(tradução para português do Brasil: Marcos da Jornada Inaciana, Edições Loyola)
Salmo 139
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ter reconhecido a presença amorosa de Deus na nossa história.
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�ANEXOS 1.2.:
“The River Mee” (adaptação)
Nascente...
Começa o fluxo da vida
As fontes de águas que alimentam o rio...
Que dons me alimentam a vida?
Afluentes...
Quem e o quê me
formou no que sou?
Rio corre sereno
Rio esconde-se
Rio desvia-se e dispersa-se
perde identidade
Parece que secou
Rio luta com obstáculos,
pedras e rochedos no caminho
às vezes estagna em pântanos
nos rápidos é assustador!
Rio alarga-se, abre-se...
refresca e é alimento para outros
Para onde corre este rio?
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�1.3. ENCONTRAR DEUS EM TODAS AS COISAS – O EXAME INACIANO
Objetivo:
Introduzir o exame inaciano na nossa prática quotidiana.
Graça a pedir:
Encontrar a Deus em todas as coisas.
Didática:
O exame inaciano é uma ferramenta privilegiada de leitura do dia na presença de Deus. Deus fala-nos
também através dos fatos do dia-a-dia.
Este exercício parte da natural tendência humana de reflexão sobre a própria vida.
Para este tema, propor um momento diário para parar e tomar consciência (apresentar o esquema do
Exame Inaciano, com especial relevo para a primeira parte).
Poderá propor-se, igualmente, um pequeno diário da presença de Deus no meu dia.
Meios e conteúdos:
Notre Dame du Web: La prière de l’alliance (http://www.ndweb.org/chercher/index.html)
Gerard W. Hughes, God in all things, capítulo 4º, “Earthing our prayer”, especialmente pp. 57-61
Exame de consciência proposto no website “Pray-as-you-go” (Review of the day)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ter introduzido a prática do exame e começar a experimentar o encontro com Deus no quotidiano.
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�ANEXOS 1.3.:
(A1) Exame inaciano - Tradução livre a partir do Exame do sítio ‘Pray as you go’ e do livro ‘On
making choices’ (Margaret Silf)
Esta é uma pequena reflexão sobre como correu o dia, recordando acontecimentos e dando atenção ao que
senti, aos meus sentimentos e às minhas emoções.
O objetivo é ficar mais consciente sobre as formas como Deus se fez presente no meu dia, os momentos
em que o Espírito Santo me atraíu para a luz.
Faço uma pausa e fico quieto e tranquilo, foco a atenção na minha respiração para me ajudar a relaxar.
Enquanto começo, peço a Deus que esteja comigo, que guie todos os meus pensamentos, sentimentos e
reações, para que possa ver a Sua presença na minha vida.
pausa
Que aconteceu hoje que me fizesse sentir em território instável?
Dou atenção a alguma instabilidade interior que tenha sentido hoje.
Tento perceber o que deu origem a esse sentimento de desconforto.
Talvez alguma coisa que foi dita tenha gerado mau ambiente de repente…
Talvez tenha reagido por medo ou talvez o simples desejo de querer agradar a alguém me tenha deixado
desconfortável por alguma razão, ou talvez não tenha gostado do resultado concreto de uma escolha que fiz
ou de uma decisão que tomei.
Estas moções são como areias movediças. São sinais de que não estou caminhando em terreno sólido. Reparo
nisso, reparo de onde vêm essas areias movediças. Talvez de uma relação que consome a minha energia ou
destrói a minha confiança. Talvez de algum assunto que me está me enchendo de apreensão.
Paro um momento a fazer estas ligações. As minhas moções podem revelar-me as areias movediças da
minha vida e ajudar-me a evitar territórios pantanosos no futuro.
O que aconteceu então ao longo deste dia que me tenha feito sentir que caminhava em terreno seguro?
Talvez o fato de ter feito uma escolha e ter sentido intuitivamente que tinha feito a coisa certa ou dito a
palavra certa, da maneira certa, no tempo certo.
Talvez as circunstâncias me tenham provado mais uma vez…
…que aquele amigo ou amiga é realmente confiável ou..
…que aquela atividade em que agora estou envolvido puxa pelo melhor de mim e renova a minha energia
ou…
…que aquele relacionamento especial me deixa realmente a sentir-me melhor, mais pleno.
pausa
Olhando agora ao dia todo, onde foi que encontrei o Deus da Vida e do Amor hoje? …converso com Ele
sobre isso, como se fala a um amigo…
Em termos gerais, foi um dia bom, com sabor? Ou foi um dia difícil, em que “sobrevivi”?
pausa
À medida que o dia chega ao fim e olho já para o próximo, há alguma coisa que queira pedir ou que queira
entregar?
PAI NOSSO
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�1.4. OS MEUS DESEJOS
Objetivo:
Tomar consciência da importância da nossa vida interior: o mais íntimo de si mesmo, onde Deus fala. Aí, onde
vivem os sentimentos, desejos, moções e movimentos de atração e de repulsa, vamos descobrindo como Deus
está presente no mais íntimo de cada um, a consolar, interpelar, desafiar a mais, etc.
Graça a pedir:
Luz para perceber como Deus nos fala e interpela através dos movimentos interiores.
Didática:
Ajudar a passar da tomada de consciência da presença de Deus na nossa história, para a tomada de
consciência da presença de Deus no nosso presente;
Deus fala-nos em cada dia, “no mais íntimo de mim mesmo” (Sto Agostinho) e nós, criaturas muito
amadas de Deus, temos a “capacidade de ouvir” essa palavra que Deus nos dirige.
A linguagem que Deus usa connosco é a linguagem das “moções”, a linguagem dos desejos, movimentos
interiores de atracção ou repulsa. Deus fala-nos sobretudo ao nível dos nossos desejos profundos. “Senhor,
criaste-nos para Ti e o nosso coração permanecerá inquieto enquanto não descansar em Ti” (Sto
Agostinho). Porém, é frequente sentirmo-nos habitados por desejos contraditórios, por movimentos de
repulsa e atração, difíceis de ler adequadamente.
Para ajudar a fazer esta leitura, Sto Inácio criou “Regras de Discernimento dos Espíritos” a partir da sua
própria experiência. Uma proposta de trabalho será a de partir do período de conversão de Sto Inácio e da
leitura que ele próprio foi fazendo dos vários desejos e moções que sentia, ora quando pensava em
prosseguir as suas ambições de gentil-homem, ora quando pensava em imitar os Santos. Ver como Sto
Inácio fazia a leitura dessas moções e se apercebia dos seus diferentes efeitos.
Meios e conteúdos:
Online Retreat: Creighton University: (em língua inglesa e espanhola)
www.creighton.edu/CollaborativeMinistry/cmo-retreat.html / Week 2
Gerard W. Hughes, O Deus das Surpresas, Editorial AO, capítulo 8º, pp. 114-124, sobre as regras de
discernimento dos espíritos.
Gerard W. Hughes, God in all things, capítulo 5º, “On desire”, especialmente pp. 78-88.
Margaret Silf, Landmarks, DLT - Darton, Longman and Todd, Capitulo 1 (tradução para português do
Brasil: “Marcos da Jornada Inaciana”, Edições Loyola)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ser capaz de identificar e expressar movimentos interiores que me aproximam de Deus e outros que me
afastam de Deus. Identificar e expressar os meus desejos profundos.
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�ANEXOS 1.4.:
Para compreender melhor o que é desolação e consolação...
Estou me afastando de Deus
De costas para a Luz do centro
mais verdadeiro de mim
Estou em desolação
Sombra, escuridão, medo
Estou voltado para Deus
De frente para a Luz do centro
mais verdadeiro de mim
Estou em consolação
a escuridão para trás de mim
Fecha-nos sobre nós próprios
Afunda-nos na espiral dos nossos sentimentos negativos
Separa-nos da comunidade
Faz-nos querer desistir das coisas que
costumavam ser importantes para nós
Absorve a nossa mente e não deixa ver ao longe
Esvazia-nos de energia
Dirige o nosso foco para fora e para
além de nós mesmos
Eleva os nossos corações, para vermos as
alegrias e tristezas dos outros
Liga-nos mais fortemente à comunidade
Gera nova inspiração e ideias
Restaura o equilíbrio e refresca a nossa visão interior
Mostra-nos onde Deus está activo nas nossas vidas e
para onde nos conduz
Liberta nova energia em nós
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� Na consolação, é Deus que me conduz; posso confiar nos meus sentimentos e ideias – deixo-me levar pela
consolação.
Na desolação, sou dominado pelo mau espírito; devo desconfiar dos meus sentimentos e da minha visão das coisas –
resisto ao movimento da desolação.
CUIDADO! DESOLAÇÃO!
Diz a Deus como te sentes
e pede-lhe ajuda.
Procura acompanhamento.
Não ponhas em causa decisões
que tomaste em consolação.
Relembra um tempo de consolação volta a ele em imaginação.
Procura alguém que precise de
ajuda e dá-lhe toda a atenção
Volta a 1.
BENVINDO! CONSOLAÇÃO
Diz a Deus como te sentes e
agradece-lhe.
Guarda o momento na memória para
voltares a ele em tempo difícil.
Usa a energia que sentes para
aprofundares os desejos profundos.
Canaliza o excesso de energia para
as coisas que gostas menos e fá-las.
Volta a 1.
12
�1.5. IMAGENS DE DEUS
Objetivo:
Tomar consciência das falsas imagens de Deus, para chegar ao Deus de Jesus Cristo.
Graça a pedir:
Libertar-me das imagens distorcidas para me encontrar com o Deus verdadeiro.
Didática:
Para que seja possível avançar na relação com Deus, é necessário tomar consciência das falsas imagens
de Deus, fruto da educação, de uma catequese deficiente, etc. De forma mais ou menos inconsciente, é
frequente estarmos influenciados por imagens deturpadas de Deus, seja a de um deus castigador, do deus
totalitário, etc. Ora, é fácil perceber como estas imagens limitam e distorcem a nossa relação com Deus.
O objectivo do trabalho deste tema é exatamente o de, tomando consciência dessas imagens distorcidas,
prepararmos o terreno para recebermos no nosso coração o Deus verdadeiro, que se quer dar e revelar a
cada um de nós pessoalmente.
Para tal, poderemos percorrer mais uma vez alguns episódios da nossa vida. Como era o deus da minha
infância, que imagens tinha dele, que sentimentos quando me falavam de Deus; e na adolescência? E por
aí em diante.
Depois, confrontar as ideias sobre Deus com os sentimentos sobre Deus. Tomar consciência e em
seguida reflectir.
Que dizem as pessoas sobre Deus? E eu, que digo eu?
Meios e materiais:
Gerard W. Hughes, O Deus das Surpresas, Editorial AO, Capítulo 3
“A Varanda”, in Nuno Tovar de Lemos, sj., O Príncipe e a Lavadeira, Tenacitas, pp. 37-58
François Varillon, sj., Viver o Evangelho, Editorial AO, pp. 33-47
“Creio em Deus Pai”, in Vasco Pinto de Magalhães, sj., Nem Quero Crer, Tenacitas, pp. 23-42
Texto bíblico: Lc 15, 11-32 (O Filho Pródigo)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ser capaz de expressar as várias imagens pessoais de Deus e experimentar um sentimento de abertura ao
Deus que é mistério, e que só o encontro com Jesus Cristo permite vislumbrar.
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�1.6. DEUS E A FÉ
Objetivo:
Entender a fé como a minha resposta ao amor de Deus.
Graça a pedir:
Escutar o Deus que me chama à vida e responder com ânimo e confiança.
Didática:
Pretende-se a tomada de consciência que Deus chama à vida e à vida em abundância; Deus não é
adversário da nossa felicidade.
Perceber a fé como uma resposta que compromete toda a minha vida.
Na verdade, o encontro com o Deus verdadeiro não nos deixa indiferentes. Sentimos o coração a arder,
como os discípulos de Emaús. Não o vemos, mas sentimos a sua presença (e às vezes de forma tão
real...), sentimos que somos amados, conhecidos, e que já não caminhamos sós.
Suscitar a questão da fé. Fé como uma resposta que brota de uma experiência de encontro com Deus,
com um Deus confiável.
Mais uma vez, a importância de parar e escutar atentamente os nossos movimentos interiores, os
nossos desejos profundos. Escutar para responder.
Uma proposta concreta será recordar a conversão de Sto Inácio: como experimentou o seu encontro com
Deus, a paragem forçada, a atenção à vida interior, aos movimentos internos que experimentava; a
diferença que sentiu entre os desejos mundanos e os desejos que vêm de Deus e que chamam à vida;
finalmente, a resposta de Inácio.
Meios e conteúdos:
“Autobiografia de Santo Inácio”, Editorial AO, capítulos 1 a 3
“Noite de estrelas”, in Nuno Tovar de Lemos, sj., O Príncipe e a Lavadeira, Tenacitas, pp. 87-108
Gerard W. Hughes, O Deus das Surpresas, Editorial AO, capítulo 5
Textos bíblicos:
i. Gn 22, 1-19 (Abraão e o sacrifício de Isaac)
ii. Jo 10, 7-20 (A Vida em abundância)
iii. Jo 21, 1-17 (Na margem do lago de Tiberíades)
iv. Lc 24, 13-35 (Discípulos de Emaús)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir o desejo agradecido de responder ao Deus que dá a vida e a vida em abundância.
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�1.7. O ENCONTRO COM JESUS CRISTO
Objetivo:
Encontrar-me com Cristo, que me desafia a um caminho de felicidade e a trabalhar com Ele na construção
do Reino.
Graça a pedir:
Experiência de encontro com a pessoa de Jesus e desejo de seguimento.
Didática:
Introdução à contemplação imaginativa das cenas evangélicas.
Contemplar a humanidade de Jesus e os efeitos que o encontro com Ele causa nas pessoas.
Não ficar de fora como observador, mas me colocar na cena (porque este chamamento é para mim):
como me sinto desafiado, interpelado?
Depois da contemplação, refletir, anotar sentimentos, desejos, resistências, para tirar proveito.
Meios e conteúdos:
Sobre a contemplação imaginativa:
i. Gerard W. Hughes, O Deus das Surpresas, Editorial AO, capítulo 7, pp. 95-107
ii. “Some ways of praying from Scripture – part 2”, in Gerard W. Hughes, God in all things, pp. 65-71
Textos do Evangelho:
i.
Lc 5, 1-11 (O chamamento de Pedro)
ii.
Lc 7, 36-50 (A pecadora que lava os pés a Jesus em casa de Simão, o fariseu)
iii.
Jo 1, 35-51 (O chamamento dos primeiros discípulos)
iv.
Jo 4, 1-42 (Jesus com a Samaritana)
v.
Mt 16, 13-20 (Confissão de Pedro)
Meditação do Reino, dos EE
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir desejo de seguir Jesus.
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�BLOCO DOIS – CVX COMO RESPOSTA AO CHAMAMENTO
2.1. PRINCÍPIO GERAL 4
Objetivo:
Perceber a CVX como uma possível resposta ao chamamento.
Graça a pedir:
Compreender o caminho CVX.
Didática:
● Ligação à reunião anterior: Sentir-me chamado desperta em mim uma nova visão do mundo e o desejo
de contribuir para essa construção.
● Trabalhar o material numa lógica de atração/ afeto mais do que norma/regra.
●
Garantir que os membros se confrontem com os pressupostos do PG4, principalmente na “integração févida”.
● Estimular as pessoas à reflexão sobre o que muda com o fato de se sentir chamado e como se pode
começar a materializar essa experiência.
Meios e conteúdos:
Apontar os traços do PG4, com que mais me identifico/mais me atraem e em que aspectos concretos da
minha vida eles se refletem. (ver anexo 1)
Utilizar um texto e questões para reflexão e apelo à revisão de estilo de vida e à unificação fé e vida. (ver
anexo 2)
Textos Bíblicos
i. Jo 3, 1-21 (Nicodemos)
ii. Jo 10,10 – “ Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
iii. Ap – 21, 1 – “Os novos céus e a nova terra”
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Compreender os traços distintivos da identidade CVX.
Desejo ou faço propósito de rever / questionar aspectos do seu estilo de vida para caminhar numa maior
integração fé – vida.
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�ANEXOS 2.1.:
(A1) PG4: Alguns traços a salientar
● “Seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino”
● “Reconheceram na Comunidade de Vida Cristã a sua particular vocação na Igreja”
● “Cristãos comprometidos, dando testemunho, dentro da Igreja e da sociedade, dos valores humanos e
evangélicos que afetam a dignidade da pessoa, o bem-estar da família e a integridade da criação”
● “Necessidade premente de trabalhar pela justiça através de uma opção preferencial pelos pobres e de um
estilo de vida simples “
● “Reunimos em comunidade pessoas que sentem uma necessidade mais urgente de unificar a sua vida
humana em todas as suas dimensões”
(A2) Sugestão de texto para reflexão:
“Deus chama-nos a olhar seriamente para os nossos estilos de vida e convida-nos a escolher um estilo de vida
simples, de forma sustentada e em solidariedade com as pessoas que são pobres. Desta forma podemos
ajudar a criar um mundo em que seja respeitada a dignidade humana e em que todos possam atingir o seu
máximo potencial. Esta é a visão do verdadeiro progresso, com muito maior valor do que uma visão que
assente exclusivamente no crescimento econômico” (The livesimply message)
(A3) Questões possíveis sobre o PG4:
● Como é que eu formularia o PG da minha vida? O que é que me move?
● Que imagem/ símbolo/ metáfora... traduz a forma como me vejo e sinto em CVX?
● O que valorizo na minha vida agora? O que é que eu mais gosto?
● Para ajudar a criar esse mundo, que mudanças estou preparado para fazer na minha vida?
● Que áreas da minha vida sinto apelo a mudar?
● Em que coisas, ações invisto mais o meu tempo? Como é que isto traduz para mim as minhas
verdadeiras prioridades?
● Como decido as minhas prioridades? Em que medida a minha fé faz parte das minhas decisões?
● Possuo algo em excesso? Ou somente o necessário? Como decido o necessário vs. supérfluo?
● Se eu decidisse viver de forma mais simples, estaria disposto a partilhar mais daquilo que tenho? Há
alguma coisa que eu possa partilhar mais – dinheiro, tempo, capacidades, recursos?
● Sinto-me a viver de forma sustentável? Como uso os recursos naturais no meu dia-a-dia?
● Levo em conta a minha responsabilidade na solidariedade com as pessoas que vivem na pobreza quando
faço as minhas escolhas políticas e econômicas?
● Que pessoa seria (serei) se vivesse em plenitude todo o potencial que Deus me concedeu? Gostaria de
ser essa pessoa? Se sim, que passos gostaria de dar?
● Que espécie de mundo quero habitar e que quero ajudar a criar?
Outras leituras para o animador
“Carisma CVX”, anotações de fim de página nas diferentes referências ao PG4, nomeadamente no Cap.1
“A pessoa CVX” e no Cap.2 “A comunidade de vida cristã”
“Aprofundemos a nossa compreensão dos princípios gerais” - Progressio suplemento 38, 39, setembro
1992
Livesimply: Choosing to Change the World - A CAFOD Anthology for Worship, Reflection and Action
(http://www.amazon.co.uk/Livesimply-Choosing-Anthology-WorshipReflection/dp/185311863X/ref=sr_1_9?ie=UTF8&s=books&qid=1214139593&sr=1-9)
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�2.2. PILAR ESPIRITUALIDADE
Objetivo:
Dar a conhecer os EE como pilar fundamental e insubstituível da caminhada CVX.
Graça a pedir:
Crescer no desejo de aprofundamento da minha vida espiritual.
Didática:
●
Para os que ainda não fizeram EE, suscitar o desejo de profundidade e integração espiritual e mostrar
como os EE são um caminho particularmente apto para isso.
●
Para os que já fizeram EE, ajudar a explorar o valor da experiência dos retiros (descobertas, frutos, técnicas
que se aprenderam...) e ajudar a perceber os EE como uma gramática de leitura e de desenvolvimento de
toda a vida espiritual.
Meios e conteúdos:
Levar cada um a questionar-se sobre o empenho efetivo que tem no seu crescimento espiritual (usar, p.
ex., texto de Nicodemos: Jo 3, 1-8).
Partir da definição de EE dada no livro dos EE, vendo o que apela a cada um nesta proposta:
[1] Por este nome, exercícios espirituais, entende-se todo o modo de examinar a consciência, de
meditar, de contemplar, de orar vocal e mentalmente, e de outras operações espirituais, conforme
adiante se dirá. Porque, assim como passear, caminhar e correr são exercícios corporais, da mesma
maneira todo o modo de preparar e dispor a alma, para tirar de si todas as afeições desordenadas e,
depois de tiradas, buscar e achar a vontade divina na disposição da sua vida para a salvação da alma,
se chamam exercícios espirituais.
Usar como apoio a seguinte afirmação do Papa Bento XVI:
Num tempo como o de hoje, em que a confusão e a multiplicidade das mensagens, a rapidez das
mudanças e das situações torna particularmente difícil aos nossos contemporâneos pôr ordem na sua
própria vida e responder com decisão e com alegria ao chamamento que o Senhor dirige a cada um de
nós, os Exercícios Espirituais representam um caminho e um método particularmente preciosos para
buscar e encontrar Deus, em nós, à nossa volta e em todas as coisas, para conhecer a sua vontade e a
pôr em prática. (Bento XVI aos jesuítas da Congregação Geral 35, em Fevereiro de 2008).
Usar, eventualmente, também o texto do Princípio e Fundamento como apresentação e exemplificação
do objectivo e método dos EE.
Incentivar testemunhos, na reunião, daqueles que têm mais experiência de EE.
Pedir ao Guia que prepare uma breve apresentação sistemática do que são os EE.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir desejo forte e ter decisão determinada de fazer EE.
Leituras para o animador:
O Carisma CVX (1ª parte), 37-51.
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�2.3. PILAR COMUNIDADE
Objetivo:
Perceber a dimensão comunitária da vocação CVX
Graça a pedir:
Compreender o caminho CVX, em particular o sentido de Corpo. Acreditar com o coração que a Salvação é
Comunitária.
Didática:
Ligação à reunião anterior: A comunidade é capaz de continuar a dinâmica gerada pelos EE's
Trabalhar o material numa lógica de atração/ afeto mais do que norma/regra
Ajudar os membros a perceber a natureza da mediação da comunidade como instância Eclesial. “Estar
com e estar para”.
Trabalhar a noção de que o chamamento e o envio têm sempre referência a uma comunidade.
Interiorizar que o grupo de pertença, na perspectiva da comunidade CVX, não se esgota na dimensão
sócioafetiva dos laços interpessoais e de identificação grupal. Reforçar a importância da escuta do outro
como meio de presença e de comunicação do Espírito Santo.
Meios e conteúdos:
Explorar a natureza comunitária do seguimento de Jesus e da vocação cristã (ver Anexo1)
Utilizar algumas passagens do “Carisma CVX” e “PG” que sublinham o específico do grupo CVX e da
vocação comunitária da CVX (se o animador e guia entenderem que a maturidade e experiência
comunitária dos elementos do grupo lhes permite tirar benefício de uma reflexão dos textos dos PG e do
Carisma CVX) (ver A2)
Textos bíblicos
i. Mt 18, 20 (oração comunitária)
ii. Lc 24, 28-35 (discípulos Emaús)
iii. Act 2, 42-47
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Descoberta e verbalização (adesão) da importância do grupo para o crescimento na fé e como apoio à
continuação da dinâmica dos Exercícios Espirituais.
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�ANEXOS 2.3.:
(A1) Natureza comunitária do seguimento de Jesus
“Jesus não fez, nem faz, contratos individuais de trabalho. Convida para fazer parte da comunidade dos seus
discípulos, e é essa comunidade, enquanto tal, que passa a responsabilidade de continuar o seu projeto. O
batismo “torna-nos cristãos” porque nos faz entrar para a Igreja, nos constitui como seus membros.”
Companheirismo na fé e na missão:
“Jesus, quando envia, envia em comunidade. Àqueles que chamou para viverem com ele na comunidade dos
discípulos, também convida a colaborar na missão da comunidade dos apóstolos” (cf. Lc 10, 1-2).
O sinal da comunidade:
“No princípio, o testemunho do grupo dos discípulos enquanto comunidade unida foi crucial para espalhar a
mensagem de Jesus” (cf. Actos 2, 42-47).
Pela comunidade se recebe, e é ela que transmite:
“A fé vai-se comunicando pela ação da comunidade cristã, foi através dela que a recebemos e é em
comunidade que somos responsáveis por a transmitir (“guardar a tradição”) aos vindouros. S.Paulo sente
essa necessidade muito claramente”. (cf. Rom 10, 14-17)
(A2) Passagens do Carisma CVX e dos PG sobre a vocação comunitária da CVX
“...reunimos em comunidade pessoas que sentem uma necessidade mais urgente de unificar a sua vida
humana em todas as suas dimensões... (PG4)”
“A CVX é “uma reunião de pessoas em Cristo, uma célula do Seu Corpo místico”, fundada, portanto, na fé e
numa vocação comum, mais do que em afinidades naturais”. (NC 136)
“Um grupo CVX é chamado a passar progressivamente de um grupo de amigos a um grupo de amigos no
Senhor: uma comunidade que em atitude de escuta e de diálogo se deixa questionar pelos problemas e
desafios da realidade social e se torna sinal de salvação capaz de contar aos outros a conversão ao
Evangelho que salva”. (Doc. de síntese “Objetivos do Itinerário CVX”, 1977 em Roma)
“Os membros da CVX vivem a espiritualidade inaciana em comunidade. A ajuda de irmãos e irmãs que
partilham o mesmo chamamento é essencial para o nosso crescimento em fidelidade à nossa vocação e
missão. Além disso, a comunidade em si mesma é um elemento constitutivo do testemunho apostólico da
CVX.” (NC 28)
"A fim de preparar mais eficazmente os nossos membros para o testemunho e o serviço apostólico,
especialmente no nosso ambiente diário, reunimos em comunidade pessoas que sentem uma necessidade
mais urgente de unificar a sua vida humana, em todas as suas dimensões, com a plenitude da sua fé cristã
de acordo com o Carisma CVX". (PG4, NC 29)
“A comunidade é capaz de continuar a dinâmica gerada pelos Exercícios. A comunidade CVX apoia o
desenvolvimento humano, espiritual e apostólico de cada um dos seus membros, sobretudo por meio:
a) de atividades apostólicas assumidas pela comunidade e o seu compromisso com uma missão comum;
b) do testemunho das vidas dos membros, especialmente dos adultos;
c) de atividades formativas como a oração partilhada, o exame geral, o discernimento comunitário e
grupos de estudo;
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�d) da vida do grupo e do trabalho em equipe que suportam atitudes de liberdade interior e de abertura aos
outros, tais como a capacidade de compreender e de perdoar, a renúncia aos próprios desejos, e uma
sensibilidade às necessidades dos outros e a prontidão para responder;
e) do serviço à comunidade local, regional, nacional e mundial. (NC 140)
Algumas questões possíveis:
Que sentido é que isto faz na minha vida? Em que é que isto me inspira? Qual a importância para mim, afetiva
e efetiva, dos outros elementos da minha comunidade? Acredito que o Espírito Santo me faz crescer através
dos outros?
Leituras para o animador:
“Carisma CVX”, Características da CVX enquanto comunidade (125-163);
“Carisma CVX”: 28-29
Livro: Jean Vanier, “Comunidade:
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Lugar de perdão e de festa”
�2.4. PILAR MISSÃO
Objetivo:
Clarificar o sentido da missão como resposta ao chamamento.
Graça a pedir:
Cair na conta de que ser cristão é sentir-se chamado a partilhar a missão de Cristo.
Didática:
Ligação aos pontos das reuniões anteriores: Jesus quer precisar de nós para a construção do Reino e
para dar expressão ao reino e atribui-nos uma missão “pessoal e instransferível”.
As reuniões dirigidas devem ajudar a perceber que a missão é a coincidência entre a vontade de Deus e
o meu desejo mais profundo, i.e. a realização daquilo que sou.
Mais do que pôr as pessoas a pensar em tarefas ou campos de missão, aprofundar a questão das
atitudes de fundo, critérios (opção preferencial pelos mais pobres, estilo de vida simples...)
Meios e conteúdos:
Introduzir as ideias (em função da maturidade do grupo):
i. A missão CVX não é facultativa.
ii. A missão CVX não é uma atividade, não é tanto o serviço realizado como a atitude que o justifica e
sustenta.
iii. A missão CVX é comum.
Textos bíblicos:
i. Mt 13, 44-46 (O tesouro e a pérola)
ii. Mt 7, 24-27 (Edificar sobre a rocha)
iii. Mt 5, 13-16 (Sal da terra...luz do mundo)
Procurar articular “vontade de Deus” e “desejos autênticos” (ver Anexo 1)
Abordar de forma mais explícita o sentido de missão e de resposta ao chamamento no PG4. (ver A2)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Disposição ativa para clarificar o seu espaço próprio de missão/projeto de vida (a que é que é
pessoalmente chamado).
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�ANEXOS 2.4.:
(A1) Ver “Sum up”, Capítulo 5 do livro de Gerard Hughes, God in all things
“A divisão na nossa espiritualidade separa o desejo de Deus do nosso próprio desejo, a vontade de Deus da
nossa própria vontade, de maneira que as duas parecem estar em oposição. Esta divisão aliena-nos de nós
próprios, das outras pessoas e de Deus.
Se pudéssemos descobrir a aspiração mais profunda do nosso coração, descobriríamos que essa aspiração
está em sintonia com a vontade de Deus.
O desejo é como a energia nuclear. É uma energia concentrada que pode ser extremamente criativa ou
profundamente destrutiva. Como podemos gerir esta energia?
A resposta reside na natureza própria do desejo. O desejo é controlado pelo desejo, e o amor controlado
pelo amor. Vimos exemplos disto na vida de Inácio de Loyola
Quanto mais atenção dermos ao nosso desejo básico, mais forte ele se torna. É através da força do nosso
desejo básico que podemos aprender a distinguir aquilo que é criativo daquilo que é destrutivo, em nós e no
mundo externo. Se agirmos de acordo com o nosso desejo básico, reagimos e respondemos de forma muito
positiva às coisas que alimentam esse desejo, e de forma negativa a tudo aquilo que se lhe opõe. Quanto
mais forte for o nosso desejo básico, mais intensa será a nossa reacção a tudo o que possa responder a
esse desejo ou que se lhe oponha.
Algumas questões que podem suscitar a reflexão:
Como vejo neste momento a minha missão? O que é que sinto que é diferente por eu existir? O que é que me
energiza e o que é que me esvazia? Que tipo de pessoa seria se atingisse todo o potencial humano que Deus
me deu? Gostaria de me tornar essa pessoa? Se sim, que passos devo dar?
(A2) PG4: sentido de missão e resposta ao chamamento:
...seguir Jesus Cristo mais de perto e trabalhar com Ele na construção do Reino. (...) O nosso objetivo é
tornarmo-nos cristãos comprometidos, dando testemunho, dentro da Igreja e da sociedade, dos valores
humanos e evangélicos que afetam a dignidade da pessoa, o bem-estar da família e a integridade da
criação. (...) Estamos particularmente conscientes da necessidade premente de trabalhar pela justiça através
de uma opção preferencial pelos pobres e de um estilo de vida simples, que expresse a nossa liberdade e
solidariedade com eles. (...) Procuramos atingir esta unidade de vida, em resposta ao chamamento de
Cristo, a partir de dentro do mundo em que vivemos.
Leituras para o animador:
“Muitos membros, um só corpo para a missão”- documento síntese da assembleia nacional CVX 2007
“Missão, missões e apostolado”, Guião do compromisso, pp. 10 e 11
“Visão de futuro sobre a missão CVX “ - Guy Maginzi
Texto de Gerard Hughes, God in all things, pp. 87-88
Texto de Margaret Silf, Landmarks, pp. 111-124
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�2.5. SÍNTESE / REPETIÇÃO – “ONDE ESTAMOS?”
Objetivo:
Medir o grau de adesão à proposta CVX.
Graça a pedir:
Clarificação da sua vocação laical em CVX. Saber optar sobre o caminho a seguir, CVX ou não...
Didática:
Fazer um tempo alargado de avaliação (1 dia...) em chave de leitura de exame inaciano a partir das
reuniões do ano. Esquematizar (gráfico, símbolos, imagens...) o percurso anual mostrando as suas linhas
de crescimento.
Ter tempos de oração comunitária e pessoal que permitam fazer uma síntese rezada.
Meios e conteúdos:
Pontos para reflexão usados durante o ano.
Usar um texto que sintetize as características distintivas da CVX enquanto vocação laical. (ver A1)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Desejo fundamentado de passar à etapa seguinte para uma verdadeira iniciação ao estilo de vida CVX ou de
abandonar o caminho iniciado por este não corresponder aos seus desejos. A CVX é um entre muitos outros
caminhos na Igreja.
(ver mais detalhe em “Plano de formação CVX-P: Sinais de fim da etapa de acolhimento)
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�ANEXOS 2.5.:
(A1) ESPIRITUALIDADE: “CVX como lugar de experiência real de Deus”
Segundo Santo Inácio, em carta a Manuel Miona, os EE são "tudo quanto de melhor nesta vida posso pensar,
sentir e entender, tanto para o homem poder aproveitar para si mesmo como para poder frutificar, ajudar e
fazer aproveitar a muitos outros". (NC-49) A experiência de Deus dá-se, sobretudo, durante os Exercícios
Espirituais mas também na vida quotidiana. É uma experiência progressiva e trinitária:
Descobrir um Deus amigo, criador, redentor.
Interiorizar as “ferramentas” para ler a experiência.
Escutar o chamamento de Jesus que nos convida a estar com Ele e compartilhar da Sua missão.
Pôr-se ao serviço do Reino com disponibilidade total.
Aprender a reconhecer os apelos do Espírito em cada acontecimento da vida.
Buscar e achar Deus em todas as coisas, tornando-nos Contemplativos na ação
(A2) COMUNIDADE: “CVX como lugar de discernimento e de mediação apostólica”
A CVX é uma comunidade de vida, e os seus membros estão comprometidos em:
seguir a mesma vocação específica na Igreja (PG 4) e adotar um estilo de vida consequente com essa
vocação
partilhar os seus problemas, aspirações, projetos e vários aspectos das suas vidas, e ajudarem-se uns
aos outros desta maneira para viverem a sua fé cristã em plenitude;
ajudar-se mutuamente nas suas necessidades materiais e espirituais, com espírito de solidariedade;
assumir uma missão comum, não obstante diferentes condições sociais, idades, (NC)
(A3) O itinerário formativo CVX não se faz em clima de “estufa”, mas na intempérie, para
despertar no coração os desejos mais profundos e verdadeiros.
Dar expressão a esses desejos por meio de opções e compromissos na vida quotidiana.
Sair do meu “querer e interesse” mais egocêntrico movido pela pergunta: Que vou fazer por Cristo?
Fazer eleição de estado de vida – discernimento vocacional
Fazer eleição de estilo de vida – discernimento apostólico. Como quero viver a afetividade, o uso do
dinheiro e do tempo, as opções políticas e cívicas, o mundo do trabalho.
(A4) MISSÃO: ”CVX como lugar onde o grupo chega a ser comunidade apostólica”
Um grupo CVX é chamado a passar, progressivamente, de um grupo de “amigos”, a um grupo de “amigos no
Senhor” e, finalmente, a uma Comunidade apostólica: que se deixa questionar pelos problemas e desafios da
realidade social, e que se torna “sinal de salvação”, capaz de contar aos outros a conversão ao evangelho que
salva.
Esta missão pode ser individual (dentro do contexto da própria família, profissão, sociedade e Igreja);
Uma missão grupal (tarefas que desempenham todos ou alguns membros do grupo. Pode ser a razão pela
qual o grupo se forma);
Uma missão comum: o modo como todos e cada um dos membros da comunidade anunciam a Boa Nova
num contexto histórico concreto. Não significa que todos façam o mesmo. As tarefas podem ser diversas,
mas a missão é comum pela sua orientação.
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�BLOCO TRÊS – INICIAÇÃO
3.1. INSPIRAÇÃO NA VIDA DE INÁCIO DE LOYOLA
Objectivo:
Conhecer os traços fundamentais do caminho espiritual de Inácio.
Graça a pedir:
Conhecimento das graças dadas por Deus a Inácio e desejo de as alcançar pelo seguimento da sua
espiritualidade.
Didática:
Propor um conhecimento maior da vida de S. Inácio de Loyola
Ver como Deus usou as suas qualidades naturais e as batizou conduzindo-o a uma profunda
espiritualidade
Marcar alguns traços fundamentais do caminho espiritual de Inácio
Acentuar os traços da «mística do serviço» e do ser «contemplativo na ação»
Meios e conteúdos:
Propor que se leia alguma biografia de S. Inácio (p. ex., Ignacio Tellechea Idígoras, Inácio de Loyola: A
aventura de um cristão, Braga, AO, 2007).
Usar trechos selecionados da Autobiografia, sublinhando os grandes traços da sua personalidade e do
seu percurso. Por exemplo:
Inácio: um homem de grandes desejos... (Aut. 1, 6, 7)
...com a coragem de enfrentar toda a exigência e disciplina, sem medo... (Aut. 4, 14)
...que, uma vez convertido, fez de Jesus o absoluto da sua vida... (Aut. 14)
...viveu como peregrino, sempre disponível para o maior serviço... (Aut. 35, 42, 50)
...até conseguir uma extraordinária integração da sua vida em Deus (Aut. 99)
Conhecer a sua «mística do serviço», a união à Deus que se consumava no maior serviço dos homens:
ler o relato da visão de La Storta:
Conservamos uma relação do P. Laínez sobre esta visão de La Storta que ele fez numa prática tida em
Roma em 1559 e foi mais tarde publicada: «Disse-me que lhe parecia que Deus Pai lhe imprimia no
coração estas palavras: “Eu vos serei propício em Roma”; e não sabendo Nosso Padre o que queriam
significar estas palavras, dizia: “Eu não sei o que será de nós: talvez sejamos crucificados em Roma”.
Depois, uma outra vez disse que lhe parecia ver Cristo com a cruz às costas e o Pai Eterno junto d’Ele
que lhe dizia: “Quero que tomes este por teu servidor”. E assim Jesus o tomava e dizia: “Quero que tu
nos sirvas”. E com isto, tomando grande devoção ao nome de Jesus, quis que a Congregação fosse
chamada Companhia de Jesus». (Autobiografia, 96, n. 30)
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir-se identificado com traços da personalidade espiritual de Inácio e desejo de conhecer melhor a sua
vida
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�ANEXOS 3.1.:
(A1) A personalidade e o percurso de Inácio (trechos da Autobiografia)
➢ Um homem de grandes desejos...
1. Até aos vinte e seis anos de idade, foi homem dado às vaidades do mundo e deleitava-se sobretudo no
exercício das armas, com um grande e vão desejo de honra.
6. (...) E de muitas coisas vãs que se ofereciam, uma se apossara tanto do seu coração, que ficava logo
embebido a pensar nela duas, três ou quatro horas sem se dar conta, imaginando o que havia de fazer
em serviço de uma senhora (...) E ficava tão envaidecido com isso, que não via como era impossível
alcançá-lo, porque a senhora não era de vulgar nobreza: nem condessa nem duquesa, mas o seu estado
era mais alto que qualquer destes.
7. (...) E assim discorria por muitas coisas que achava boas, propondo-se sempre a si mesmo coisas difíceis
e importantes, e ao fazê-lo parecia-lhe encontrar em si facilidade de as levar a cabo.
➢ ...com a coragem de enfrentar toda a exigência e disciplina, sem medo...
4. E quando os ossos já estavam soldados uns aos outros, ficou-lhe um osso encavalitado sobre outro por
baixo do joelho, por isso a perna ficava mais curta e o osso tão levantado que ficava feio. E não
querendo ele resignar-se a isso, porque determinava seguir o mundo, e pensava que aquilo o deformaria,
informou-se junto dos cirurgiões se aquilo se podia cortar. Eles disseram que se podia cortar, mas que as
dores seriam maiores que todas as que já tinha suportado, por aquele osso já estar curado e ser
necessário espaço para o cortar. E apesar disso decidiu martirizar-se por sua própria vontade, ainda que
o seu irmão mais velho se admirava e dizia que ele não se atreveria a sofrer aquela dor; mas o ferido
sofreu com a costumada paciência.
14. (...) E assim determinava fazer grandes penitências, não considerando já tanto satisfazer pelos seus
pecados, mas para agradar a Deus. E assim quando se lembrava de fazer alguma penitência que os
santos tinham feito, propunha-se fazer a mesma e mais ainda.
➢ ...que, uma vez convertido, fez de Jesus o absoluto da sua vida...
14 (...) para que se entenda como Nosso Senhor dirigia esta alma que ainda estava cega, ainda que com
grandes desejos de O servir em tudo o que visse ser seu serviço.
➢ ...viveu como peregrino, sempre disponível para o maior serviço...
35. E assim, no princípio do ano 23 partiu para Barcelona para aí embarcar. E ainda que se ofereciam
algumas companhias, quis ir sozinho, porque toda sua ideia era ter só a Deus por refúgio.
42 (...) Tinha uma grande certeza na sua alma de que Deus lhe havia de dar modo de ir a Jerusalém e esta
certeza o confirmava tanto, que nenhumas razões e medos que lhe punham o faziam duvidar.
50 (...) Depois que o dito peregrino entendeu que era vontade de Deus que não estivesse em Jerusalém,
sempre veio pensando consigo que faria, e ao fim inclinava-se mais a estudar algum tempo, para poder
ajudar as almas e determinava-se a ir a Barcelona, e assim partiu de Veneza para Génova.
➢ ...até conseguir uma extraordinária integração da sua vida em Deus
99. (...) E que tinha cometido muitas ofensas contra Deus Nosso Senhor depois de O ter começado a servir,
mas nunca tivera consentimento de pecado mortal. Mais ainda, sempre crescera em devoção, isto é, em
facilidade de encontrar a Deus, e agora mais que nunca na sua vida. E sempre e a qualquer hora que
queria encontrar a Deus, O encontrava.
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�(A2) Outro texto que pode servir para conhecer melhor Inácio
“Homem de vontade
A palavra e a acção. E como motor desta, a vontade. É o rasgo mais típico de Inácio. O que mais
importa ao vasco, não é ser, mas estar, saber estar; porém, não entende o estar como indolente abandono,
mas como resposta ao meio envolvente e à vida, como agir, como vontade de acção. Ser é querer, decidir,
agir. Em Inácio, os mecanismos de decisão são complexos; mesmo nas acções aparentemente improvisadas,
precedeu-as uma decisão em resposta a uma reflexão madura. Pensa a fundo, rápida ou lentamente, antes
de se decidir. Dá aos outros a impressão de que se move sempre pela razão. Por isso, uma vez decidido –
promessa ou decisão – cumpre com inteira fidelidade. O seu afinco e constância, nas coisas grandes e nas
mínimas, ficaram lendários. (...)
Não é irrealista nem estouvado; mas, decidido a alguma coisa, vê o futuro como se fosse presente (...).
Tem fé para a acção, para o compromisso, não para o sonho. É, simultaneamente, paciente e activo (...) É
ingenuamente providencialista e conscienciosamente racional. A sua atitude de fundo resume-a numa frase,
formulada de diversas maneiras, mas cuja substância é inequívoca: «Confiar em Deus como se tudo
dependesse d’Ele. Trabalhar e lançar mão dos meios humanos como se tudo dependesse de nós». Perante a
acção, a sua vontade é, desde sempre, magnânima; o difícil, o impossível, não o faz arredar. O antigo
princípio do valer mais, incrustado no seu sangue e na sua estirpe, muda de horizonte graças a uma
progressiva purificação: primeiro, foram a honra e a fama, depois as grandes façanhas do convertido; por
fim, a maior glória de Deus. Não sabe o que é ter medo, mas não é aloucado ou imprudente. A firmeza,
depois da reflexão madura, é o segredo dos seus êxitos, primeiro sobre si mesmo, depois sobre os outros
(...).
Aqueles que lidam com ele de perto, admiram a sua serenidade irradiante, a sua disposição invariável.
Apesar de ser um colérico, parece imperturbável. Não é insensível: é «senhor das paixões interiores» (...)
Este homem sereno, infatigavelmente activo, irradia, contagia, suscita atitudes activas nos seus
seguidores. (...) Mas não façamos de Inácio a estátua do voluntarismo e da actividade. Inácio é um santo,
um místico, um grande orante, um homem conduzido por forças que lhe são superiores, sempre atento às
inspirações do Espírito que percebe na sua alma e na dos outros. (...) Inácio é um ouvinte da Palavra, de
uma palavra interior, rubricada pela alegria e pela paz, mais do que da Palavra material da Bíblia. A sua
máxima aspiração é «sentir internamente»...
(Ignacio Tellechea Idígoras, Inácio de Loyola: A aventura de um cristão, Braga, AO, 2007, pp. 102106)
29
�3.2. A ESPIRITUALIDADE INACIANA
Objetivo:
Identificar os traços mais característicos da espiritualidade inaciana.
Graça a pedir:
Crescimento na identificação pessoal com a espiritualidade inaciana.
Didática:
Dar elementos para perceber o que é uma espiritualidade
Ajudar cada um a encontrar uma definição do que é mais característico da espiritualidade inaciana
Levar cada um a identificar os traços desta espiritualidade que mais o atraem
Meios e conteúdos:
Esclarecimento do que é uma espiritualidade:
Uma espiritualidade é uma proposta organizada de ajudar a crescer no seguimento de Cristo, através de
um conjunto de chaves de leitura, relações, símbolos e práticas. Entre a riqueza inesgotável da pessoa e
da mensagem de Cristo, sublinha ou dá prioridade a alguns aspectos e mostra um caminho para cada um
chegar também a experimentar o Espírito de Deus na sua vida e se identificar mais com Jesus. Algumas
das características distintivas de uma espiritualidade são:
i. uma imagem de Deus e da sua relação com a criação
ii. uma forma de olhar o mundo e de actuar nele
iii. uma maneira de rezar
iv. uma escolha de estilo de vida
v. um modo de construir a identidade pessoal como vocação
vi. um modelo de Igreja
Uso de descrições sintéticas do que é a espiritualidade inaciana. Por exemplo:
“A espiritualidade inaciana é uma espiritualidade para gente ocupada. Gente boa como esta tende a sofrer
de duas tentações opostas nesta matéria de tentar integrar oração e vida: ou sentirem-se tão atraídos pela
oração que querem passar longas horas em contemplação, com o risco de prejudicar o seu apostolado e
empenhamento com o resto das suas vidas; ou tornarem-se trabalhadores compulsivos, de tal modo que
nenhum tempo é deixado para a oração e a busca do Reino de Deus degenera numa irreflectida absorção
em actividade.
A solução de Inácio, aplicável a cristãos em qualquer modo de vida fora dos mosteiros contemplativos,
consiste em caminhar para uma integração discernida e equilibrada de oração e vida, de tal modo que uma
conduz à outra e vice versa, e há uma alimentação e enriquecimento mútuos entre as duas.”
(David Londsdale, Eyes to See, Ears to hear)
A espiritualidade inaciana é um projecto de ordenação e integração que propõe: a unificação da pessoa em
todas as suas dimensões; uma vivência profundamente espiritual que não foge de encarnar na vida como
ela é; uma vivência da fé que compromete na transformação do mundo; uma prática de oração que leva à
acção e um espírito de serviço que encontra aí a união com Deus.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentimento partilhado de profunda identificação pessoal com a espiritualidade inaciana.
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�ANEXOS 3.2.:
(A1) O Deus da espiritualidade inaciana
«Uma das mais habituais queixas das nossas vidas é que estamos muito ocupados. (...) Um paradoxo é que
as tradições espirituais – tanto cristãs como não cristãs – não costumam imaginar Deus tão ocupado como
nós. (...)
Há uma tradição espiritual que oferece um certo corretivo à nossa imagem de um Deus a descansar
eternamente. Essa tradição vem de Inácio de Loyola, que tinha uma certa predileção para descrever Deus,
Trindade e Encarnado, a trabalhar. Ele imaginava Deus ativo e Jesus atarefado com os assuntos deste Deus a
quem chamava Abba, Pai. (...)
Onde, então, é que começamos a procurar Deus? Na atividade, no trabalho. Mas o que distingue a
perspectiva de Inácio não é chamarmos por Deus para Ele estar presente conosco nos nossos trabalhos,
mas antes cairmos na conta de que somos privilegiados por nos juntarmos a Deus nas Suas atividades, nos
trabalhos de Deus. Mais corretamente ainda, devemos estar sempre a trabalhar com Deus e com o mundo
de Deus. A nossa união com Deus, com Cristo, é encontrada primeiramente, portanto, na atividade em
conjunção com Deus, com Cristo. (...)
O dom de Inácio para nós, nos nossos dias é ainda o de nos apontar o caminho para a nossa vida peregrina
de movimento e atividade. Na nossa oração e contemplação, encontramos um Deus ocupado e é então que
começamos a encontrar com mais facilidade este mesmo Deus em toda a nossa atividade. Porque o
trabalho que fazemos com as nossas mãos e as nossas cabeças deve trazer-nos sempre mais plenamente
para dentro da divina história que contemplamos. (...)
Encontrar um Deus ocupado fornece um incentivo para o nosso trabalho, porque descobrimos que o próprio
labor que nos caracteriza como humanos é um lugar especial onde Deus está. Tanto que precisa ser feito e
Deus chama-nos para a tarefa de construir com Ele um mundo ao mesmo tempo mais humano e mais
divino. Ao mesmo tempo, encontrar um Deus ocupado dá-nos um meio de nos libertarmos da ansiedade
inútil e da impaciência de querermos terminar qualquer trabalho de acordo com o nosso calendário. Embora
Deus nos tenha criado para O ajudarmos nas Suas ocupações, continuamos a ser apenas colaboradores.
Cada vez que rezamos como Jesus nos ensinou, expressamos a nossa fé na vinda divinamente assegurada
desse Reino. “Venha a nós o vosso Reino”, rezamos. Por essa esperança trabalhamos; nessa divina certeza
nos descontraímos.»
David Fleming, Finding a busy God
(A2) Outra descrição da espiritualidade inaciana
A Espiritualidade Inaciana é para gente de GRANDES DESEJOS (que detesta a mediocridade), capaz de
EXIGÊNCIA E DISCIPLINA (porque resiste ao comodismo), disponível para viver a vida como PEREGRINAÇÃO
(pois teme a monotonia e a rotina), sem medo do COMPROMISSO (já que recusa a superficialidade), que
busca a LIBERDADE (na luta contra a dependência e o medo) e deseja vivamente uma VIDA INTEGRADA EM
DEUS (superada
a dispersão e a desordem)
31
�3.3. UM OLHAR INACIANO
Objetivo:
Trabalhar o que significa o “olhar” inaciano – um olhar “ativo” sobre a realidade circundante, que se deixa
tocar por dentro e se compromete (PG1).
Graça a pedir:
Ver o mundo com os olhos amorosos e misericordiosos de Deus // Olhar para ser capaz de ver bem.
Didática:
Suscitar atitude / capacidade de contemplação – tudo começa na qualidade / profundidade /
transversalidade do meu olhar…
Deixar-me tocar por dentro: “O que sinto diante do que vejo?” / “Como me deixo implicar / afetar pelo
que vejo?”
O modelo é o proposto na contemplação da Encarnação dos EE: Um Deus que contempla, cheio de
compaixão, as Suas criaturas. Um Deus que, a partir daquilo que vê, ao contemplar a humanidade dividida
e pecadora escolhe e decide-Se pelo dom total de Si mesmo, numa entrega salvadora e libertadora.
O modelo é o olhar de Jesus, olhar que cura e reconcilia, permitindo ao homem reconstruir todas as suas
relações destruídas pelo pecado.
Meios e conteúdos:
Propor a contemplação da Encarnação (EE 101-109) ou texto do PG1
Mc. 6, 34-44 – O olhar misericordioso de Jesus sobre a multidão dos que O seguem.
Lc 10, 25-37 – O olhar do Samaritano
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ser capaz de ver para além das aparências.
Sentir compaixão e o desejo de ser “próximo” daqueles a quem contemplo.
32
�3.4. GUIADOS PELO ESPÍRITO, ABERTOS E LIVRES
Objetivo:
Trabalhar a disponibilidade para seguir o Mais (PG2).
Graça a pedir:
Deixar que o meu olhar seja conduzido pelo Espírito e movido pelo Amor.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: É a docilidade ao Espírito que permite que o meu olhar veja para lá do imediato
/ seja transversal e profundo.
Compreender que é o Espírito quem continua, hoje, a atualizar o dom que Deus nos faz de Si mesmo e a
entrega que fazemos de nós mesmos em todas as circunstâncias da nossa vida.
Trabalhar a liberdade do olhar (preconceito versus indiferença inaciana) ou seja, a disponibilidade para
realizar a vontade de Deus.
Crescer na disponibilidade como fruto de abertura ao Espírito.
Abrir-me à “Lei interior do Amor” – que nos move, desde dentro, a fazer o bem, por amor.
Meios e conteúdos:
Lc 4: Tentações de Jesus no Deserto (Jesus conduzido pelo Espírito, que vê mais longe e resiste à
facilidade).
Mc 2, 27: O Sábado é para o homem e não o homem para o Sábado.
Gal 5, 13-15 - Fostes chamados à Liberdade.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir-me mais disponível e livre para responder aos desafios que Deus me faz.
33
�3.5. O DESEJO DE SEGUIR JESUS
Objetivo:
Conhecer Jesus; perceber em que é que Ele me fascina; explicitar porque desejo segui-Lo; medir o grau de
identificação com Jesus (PG4).
Graça a pedir:
Crescer no conhecimento e identificação com a pessoa de Jesus.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: Jesus como melhor exemplo para quem quer seguir o Mais (exemplo de total
liberdade).
Enfatizar a importância de “tirar Jesus do pedestal” – Jesus é alguém com Quem eu me relaciono como
amigo.
Perceber como sou “tocado” por Cristo e deixar-me guiar por esses “toques” na reordenação da minha
vida. Não se trata pois de aplicar mandamentos universais mas perceber o que me diz a mim!
Meios e conteúdos:
Sugerir que cada um escolha o episódio de Jesus que mais o/a toca e explique essa escolha ao grupo.
Jesus Cristo Modelo (Pe. Arrupe, in Rezar com o Pe. Arrupe).
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Ser capaz de passar do “sim se…” ao desejo e um sim sem condições, para o que Ele quiser.
Sentir-me fascinado por Jesus.
34
�3.6. O DESEJO DE TRABALHAR PELO REINO
Objetivo:
Despertar a disponibilidade para a Missão como fruto da relação pessoal que se tem com Jesus. (PG4)
Graça a pedir:
Crescer no conhecimento e identificação com a obra de Jesus – a construção do Reino.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: a ‘identificação com / opção por’ Jesus implica continuar hoje o Seu trabalho de
construção do Reino. Aderir pessoalmente a Jesus, implica aderir à Sua obra.
Só tendo bem presente que o objetivo de Jesus é o Reino de Deus, a salvação de todos os homens e
mulheres, é possível compreender o que significa “segui-Lo mais de perto”.
Sublinhar que toda a formação em CVX, bem como o apoio que recebemos na comunidade, não são para
nos centrarmos em nós mesmos, mas para nos levar à construção do Reino, concretamente através da
promoção da justiça, numa opção preferencial pelos pobres e na adoção de um estilo de vida simples que
expresse a nossa solidariedade para com eles.
Meios e conteúdos:
Um dia com Jesus. (Lc 4, 33-44)
Joaquim Menacho, El cielo puede esperar? (Cadernos Cristianisme i Justícia, nº 119, www.fespinal.com).
Usar o texto - O Convite de Jesus (adaptação em linguagem atual da Parábola de chamado do Rei dos
EE).
“Tenho o desejo mais profundo de desenvolver a beleza da criação e levar todos à maior liberdade e
realização humana. Peço-Te para te tornares o próximo de todos os teus irmãos e de toda a criação e
trabalhar comigo para tornar presente esta aspiração profunda. Se quiseres seguir-me neste meu sonho,
terás de estar disposto a trabalhar, a alegrar-te e a sofrer comigo. Eu espero que todas as pessoas de
boa vontade se ofereçam inteiramente para estar comigo neste projeto. Peço-te que te abras ao amor,
com confiança e humildade, para promover toda a beleza, verdade e comunhão em toda a criação”.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Perceber que o seguimento e a identificação com Jesus não são intenções abstratas mas se traduzem em
critérios, estilo de vida e opções concretas em favor dos outros, em especial os mais desfavorecidos.
35
�3.7. DIMENSÃO PESSOAL DA MISSÃO (PG 8)
Objetivo:
Aprofundar o sentido individual da missão.
Graça a pedir:
Acolher a missão que Cristo me confia.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: sublinhar que, em CVX, a Missão faz parte do nosso modo de proceder; ser
CVX é estar em Missão.
Explorar o conceito individual de missão, sublinhando a importância da vida familiar, profissional, social,
como os locais em que somos chamados a estar atentos às necessidades dos outros e ao modo concreto
de sermos presença de Cristo.
Dar sentido apostólico até às realidades mais simples do cotidiano.
Chamar a atenção de que estar em missão é ser enviado. Em toda a parte estamos como enviados do
Pai, rosto visível da Igreja de Cristo.
Meios e conteúdos:
Propor que cada elemento dê a sua própria definição de missão.
Jo. 15, 16… “Eu vos escolhi e nomeei para que vão e dêem fruto”.
Christifideles Laici, 8
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir-me enviado, em todas as situações da minha vida, a tornar presente Cristo e os Seus critérios.
Entender a missão como algo que envolve a vida toda e não algo que diz respeito apenas a um ou outro
aspecto da vida, uma ou outra atividade em que nos envolvemos.
36
�3.8. CAMPOS DE MISSÃO
Objetivo:
Alargar os horizontes de missão. (PG8)
Graça a pedir:
Perspectivar a minha missão pessoal naquilo que é a missão CVX.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: a partir do que é a experiência individual de missão, compreender e acolher as
áreas da missão CVX.
Compreender que o serviço realizado individualmente se torna verdadeiramente missão de Cristo quando
se integra na missão da Igreja. A Comunidade Mundial é, para os membros CVX a mediadora que, através
das comunidades nacionais e locais transforma serviços apostólicos e humanitários em verdadeira missão.
Partilhando as nossas realidades e identificando pela oração e discernimento a ação do Espírito em nós,
clarificamos e expressamos uns aos outros, em termos mais concretos, as prioridades da Igreja, podendo
assim descobrir aquilo que, em cada situação, é realmente o “mais urgente, mais necessário e mais
universal”
Meios e conteúdos:
Discurso do Papa João Paulo II na Sé de Lisboa (ver TPCs de preparação da AN2007- 1º bloco / website
CVXP).
Trechos do documento “A Nossa Missão Comum”.
Lc 10, 1-12 – Missão dos 72.
Mt. 25, 31-46.
Rom. 12, 1-8 – Muitos membros, um só corpo.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Noção de que constituímos uma Comunidade Mundial de leigos comprometidos na missão da Igreja para o
estabelecimento do Reino de Deus.
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�3.9. MEIOS PARA A UNIÃO COM CRISTO E A SUA MISSÃO
Objetivo:
Dar a conhecer/sublinhar a importância da Eucaristia, EEs, oração pessoal, discernimento espiritual, exame
inaciano, direcção espiritual (PG5).
Sublinhar a centralidade da oração na vida.
Graça a pedir:
Saber usar os meios que mais me ajudam a unir-me a Jesus e à Sua missão.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: descobrir os instrumentos que nos ajudam a manter viva a nossa relação com
Jesus e o nosso foco na missão de construir o Reino.
Ajudar a suscitar a prática / disciplina em alguns destes meios, nomeadamente, oração pessoal, EEs,
exame.
Propor um plano individual, com objetivos a cumprir, datas, etc.
Meios e conteúdos:
Propor uma reunião de oração em grupo.
Propor uma reunião de “exame guiado”.
Avaliar a experiência que temos dos vários meios ou a “qualidade” da nossa oração.
Propor uma reunião de formação para esclarecer conceitos. Considerar a possibilidade de testemunhos.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Fazer e propor-me cumprir um Plano Individual de Formação e Oração (PIFO) que inclua a experiência de
EE.
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�3.10. ESTILO DE VIDA CVX
Objetivo:
Conhecer os traços principais do “estilo de vida CVX” (PG12).
Graça a pedir:
Identificação com o estilo de vida CVX.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: descobrir, para lá dos meios, que outros aspectos compõem a maneira de viver
CVX.
Sublinhar que o TPC deve ser muito concreto, levando cada um a comparar o seu estilo de vida com o
estilo de vida CVX, identificando as áreas onde já há trabalho feito e aquelas onde é preciso investir.
Aproveitar para medir o grau de identificação/desejo de seguir este caminho.
Meios e conteúdos:
Texto do PG 12.
Carisma CVX nº 35 e 36.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sentir-se identificado e comprometido com a proposta do PG 12.
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�3.11. CONSTRUIR COMUNIDADE / VÍNCULO COMUNITÁRIO
Objetivo:
Perceber que a comunidade se constrói a partir da “fidelidade a/compromisso com” o estilo de vida. (PG7)
Perceber a comunidade como o meio que me estimula e me apoia a viver este estilo de vida.
Graça a pedir:
Reconhecer que a construção da comunidade pede compromisso e fidelidade.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: sem fidelidade ao estilo de vida e ao grupo onde ele é vivido, não é possível
construir comunidade.
Sublinhar que o estilo de vida é o elemento unificador da comunidade – é aquilo que nos identifica como
membros de um corpo.
Clarificar que pertencer à CVX significa aderir a um estilo de vida e não apenas fazer parte de um
determinado grupo, apesar da importância que este tem nesse processo de adesão e identificação.
Estimular o empenhamento explícito em relação a alguns traços do estilo de vida.
Meios e conteúdos:
Act. 2, 42-44
Jo 21, 15-17
Sugerir que cada um avalie o seu grau de participação na vida do grupo e da comunidade mais alargada.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Entender a CVX como um “estilo de vida” comum e que o sentido de pertença à comunidade pressupõe,
antes do mais, uma vocação a viver progressivamente de acordo com esse estilo.
40
�3.12. MARIA MODELO DE IGREJA
Objetivo:
Compreender a pequena comunidade como parte integrante e rosto/presença de um todo muito maior que
é a Igreja.
Descobrir em Maria o modelo dessa Igreja.
Graça a pedir:
Aprender a amar a Igreja / sentir-me família em Igreja.
Didática:
Ligação ao TPC anterior: se o pequeno grupo pertence a uma comunidade alargada (CVX), a CVX existe
e encontra o seu sentido numa comunidade muito maior que é a Igreja – corpo de Cristo
Ajudar a explicitar as dificuldades e as diferentes concepções que cada um tem da Igreja. Visões
positivas e negativas
Ajudar a compreender que a Igreja somos nós.
Meios e conteúdos:
Texto “Mas só nos vêem a nós” de João Luís César das Neves in Contos de Natal.
Excertos da carta do P. Kolvenbach à Assembleia de Nairobi.
Chave de leitura para saber se a graça foi alcançada:
Sinto-me o rosto visível da Igreja em qualquer parte em que me encontro.
Encontro em Maria o modelo de abertura ao Espírito e de entrega a Jesus e ao mundo que gostaria de
seguir
41
�
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Liturgia e celebrações | Liturgia y celebraciones
Subject
The topic of the resource
Liturgia | Liturgia
Música | Música
Espiritualidade | Espiritualidad
Bíblia | Biblia
Description
An account of the resource
Material para vivência celebrativa. Roteiros de celebrações, lucernários, ofício divino, novenas, tríduos, vigílias, canções, músicas, cifras, partituras, gravações.
Material para vivir la celebración. Itinerarios de celebraciones, lucernarios, oficio divino, novenas, triduo, vigilias, cantos, música, partituras, grabaciones.
Language
A language of the resource
es
pt
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Percurso de Acolhimento e Iniciação - Manual de Animadores
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
Equipe de Formação CVX-P
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
Outubro 2008
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã (CVX)
Description
An account of the resource
A equipe de formação da CVX-P elaborou um “guião”, dirigido aos animadores e guias, com um itinerário que agrupa um conjunto de propostas /marcos de crescimento para as primeiras duas etapas de caminhada de crescimento de um grupo – Acolhimento e Iniciação. <br /><br />A proposta servirá, igualmente, com as adaptações devidas, para grupos já com alguns anos de caminhada fazerem uma revisitação dos elementos essenciais do carisma CVX, avaliando o grau de conhecimento e de adesão do grupo e de cada um dos membros aos traços fundamentais do ser CVX. Este guião está organizado em 3 blocos: <br /><ul><li>1º bloco – Acolhimento</li>
<li>2º bloco – transição e primeira parte da Iniciação</li>
<li>3º bloco – Iniciação</li>
</ul>
Language
A language of the resource
pt-PT
Publisher
An entity responsible for making the resource available
CVX-P
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Guia
Source
A related resource from which the described resource is derived
Equipe de Formação CVX Portugal
Assessoria Internacional
Formação de comunidade
Iniciação CVX
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/addc6fd13ea3093969933932037170ce.pdf?Expires=1712793600&Signature=hYBU2woN9z4xrqD5CCCYUGecAFIaZjHSWrl0b7hsbuby%7EcD7mLh5-VrVklilHHcMNHHslgbu2RVhkV9o6ELMdQEEZYqbMGP4V83sceTcmTBoLxNS5WLGeCv-PsqPHEJf5V2VpM9ZRVvc3m3Km8TMejhKTeFMaFzraH9xoDu6ssFRSdV%7EVDwEvZj9bmo6Mzgz1iRoqQsMpmICb4CP575Q798lYx3mJUGg7fRdXkg4LgVe0CS-MLZN6WkcykUX%7EhkZVZYa0ueFdV2IOOKtBd4ycAzfay3RgsAfrzWvStqmtuaaX0jwKV54tAO7ze6beoZfFbEHcvuDkOyLh-RYCwUWQA__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
Language
A language of the resource
pt
es
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
Dublin Core
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Title
A name given to the resource
Comunidades de Vida Crista (CVX) - 2 : subsídios para a iniciação
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã (CVX)
Description
An account of the resource
1. Iniciação à oração. 2. Iniciação à comunidade.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
García, Ceferino
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Edições Loyola
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1988
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Texto
Contributor
An entity responsible for making contributions to the resource
Hortal, Jesús (trad.)
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo
Assessor CVX
Carisma CVX
Espiritualidade inaciana
Formação de comunidade
Reunião
-
https://d1y502jg6fpugt.cloudfront.net/42521/archive/files/2d84604a5fe9c8bc8a6e4eb7d263d2f8.pdf?Expires=1712793600&Signature=KmLwCsSiyU747Xl3ctGBeGhnbC26Po6cFzyxDHKx1WC0tBODnFD3HkHa0UjMfCup5t4zvqBlDjxWOdCc5tiyS4FyjMqlqFJHDUKyHXZIiVFcIfp5caPT6ilRekLjnd21noGtuLynZW5qmOoJ6%7E4SOuIyHJpyIS0iYDSS2KQk3bJqond5yD25q1zMv7AuzFZLZI4lKI6M-OjidJOKGoef3uNfjRsOYax66oS%7ECC7spC3o1WvmsSACOp4wVC6Dso%7E1K7Wj7uv9xleprZfzMzWAzIebyu%7ED9S5xhyTgs73Ed8KbMJbUB0Og4LD9J6R5fnIiAgPiHatPizhL6ID7XyjIVA__&Key-Pair-Id=K6UGZS9ZTDSZM
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Title
A name given to the resource
<span style="color:#aeb6bf;">[B]</span> <strong>Carisma e identidade</strong> <span style="color:#aeb6bf;"> | </span> <strong>Carisma y identidad</strong>
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã | Comunidad de Vida Cristiana
Description
An account of the resource
[pt] Carisma, vocação, identidade, estilo de vida, polinômio apostólico (DEAA - Discernir, Enviar, Apoiar, Avaliar).
[es] Carisma, vocación, identidad, estilo de vida, polinomio apostólico (DEAA - Discernir, enviar, apoyar, evaluar).
Language
A language of the resource
pt
es
Texto
Um recurso composto principalmente de palavras para leitura. Exemplos incluem livros, cartas, dissertações, poemas, jornais, artigos, arquivos de listas de discussão. Note-se que facsímiles ou imagens de textos ainda são do gênero Texto.
Dublin Core
The Dublin Core metadata element set is common to all Omeka records, including items, files, and collections. For more information see, http://dublincore.org/documents/dces/.
Title
A name given to the resource
Comunidades de Vida Cristã (CVX) : espiritualidade inaciana para leigos
Description
An account of the resource
1. Descrição de uma comunidade de Vida Cristã (CVX). 2. O processo de formação de uma CVX. 3. Vivência profunda de uma CVX formada. 4. Reuniões de uma CVX. As funções dentro de uma CVX. História das CVX.
Creator
An entity primarily responsible for making the resource
García, Ceferino
Publisher
An entity responsible for making the resource available
Edições Loyola
Date
A point or period of time associated with an event in the lifecycle of the resource
1986
Format
The file format, physical medium, or dimensions of the resource
PDF
Type
The nature or genre of the resource
Texto
Subject
The topic of the resource
Comunidade de Vida Cristã (CVX)
Contributor
An entity responsible for making contributions to the resource
Hortal, Jesús (trad.)
Coverage
The spatial or temporal topic of the resource, the spatial applicability of the resource, or the jurisdiction under which the resource is relevant
São Paulo
Assessor CVX
Comunidade de Vida Cristã - CVX /CLC
Estilo de vida CVX
Formação CVX
Formação de comunidade
Reunião